Eleita a nova direcção da CIL

Domingo, 6 de Outubro de 2002, 15h

ELEITA NOVA DIRECÇÃO NA CIL

Teve lugar no passado Domingo, 6 de Outubro, a assembleia geral mais concorrida dos últimos anos na nossa comunidade. O primeiro ponto da ordem de trabalhos iniciou-se com a apresentação, pelo Presidente demissionário, Dr. Samuel Levy, do relatório  de actividades e contas da anterior direcção, relatório que foi amplamente discutido e aprovado por larga maioria. Entre os assuntos que mereceram um debate mais aceso, estiveram os problemas da educação religiosa e o papel do rabino, a questão da casherut, e os problemas financeiros, entre outros. Nos aspectos mais positivos da anterior gestão salientou-se a contratação de um Director Executivo profissional para a CIL, cujo importante papel na organização e dinamização comunitária foi destacado. O segundo ponto da ordem de trabalhos foi dedicado à eleição da única lista candidata, encabeçada pelo Dr. José Oulman Carp e que constitui, uma grande renovação, não apenas nos nomes que inclui, mas na idade e representatividade comunitária.

A lista foi eleita com base num programa que foi apresentado pelo Dr. José Oulman Carp com os votos favoráveis da esmagadora maioria dos presentes.

Esther Mucznik

Board / Direcção

Objectivos e programa

União, mobilização e motivação da comunidade (jovens e menos jovens)

Incrementar o trabalho de organização e dinamização comunitária, levado a cabo pelo Director Executivo da CIL, Marcos Prist.

Resolver a curto prazo o problema do Centro Israelita. Criar um clube com sede própria, para promover a reunião social, cultural e recreativa dos membros da CIL, eventualmente nas instalações do Centro Israelita.

Associar os membros da comunidade ás actividades e decisões da direcção, através da organização de reuniões comunitárias mais frequentes, quer gerais, quer temáticas; da instituição de um Conselho Consultivo de membros representativos da CIL; do melhoramento do Tikvá para se tornar de facto um elo de ligação comunitária. 

Educação religiosa

Promover a educação religiosa sem a qual a comunidade desaparecerá a médio prazo, estimulando a liderança espiritual da comunidade e levando a cabo uma educação nos valores da religião, de acordo com as tradições da Comunidade.

Serviços e Actividades

Incrementar a oferta de actividades e de serviços comunitários, nomeadamente os serviços religiosos na Sinagoga, em torno dos objectivos comuns e conglomerar no seu seio novos membros.

Gestão Financeira e Imobiliária

Planear profissionalmente a gestão financeira da CIL e do seu património imobiliário e, através de inversões deste último, garantir fundos para fazer frente aos custos correntes e extraordinários da instituição. Inverter a grave tendência deficitária dos exercícios dos últimos anos, que tem vindo a ser coberta com a “delapidação” do património. No prazo de seis meses, apresentar à AG uma proposta para a quotização dos seus membros e/ou eventuais custos dos serviços requisitados.

Organização Administrativa

Incrementar a reorganização, já em curso, de todos os serviços administrativos da CIL por forma a que possam servir os seus membros da melhor forma.

Papel institucional da CIL e o seu envolvimento civil e religioso

Reforçar o papel institucional da CIL, na defesa dos interesses dos seus membros e reforçar o seu envolvimento no meio e no país, dialogando e interagindo com as autoridades e instituições civis e religiosas. Estar em permanente contacto com Israel e com o mundo judaico em Portugal e no estrangeiro. A criação, a prazo, da Federação das Comunidades Judaicas em Portugal insere-se neste objectivo.

Património histórico judaico

Manter e recuperar o nosso património histórico (sinagoga, cemitério), incluindo a instalação de um museu judaico, envidando todos os esforços para que o grosso do esforço financeiro para este fim seja suportado pelo Estado português, assim como por instituições judaicas internacionais vocacionadas nesse sentido.

Estatutos

Apresentar à AG no prazo de um ano uma reformulação dos estatutos da CIL, tendo em conta a nova Lei de Liberdade Religiosa, redefinindo a sua missão, valores e objectivos.

Grupo Guil Hazaav - Espírito Jovem

Com força total ! É assim que se define o início das actividades do simpático e recém criado Grupo Guil Hazaav que em apenas 03 actividades já conta com cerca de 15 participantes com idade a partir dos 60 anos. Senhores e senhoras que chegaram de coração aberto, cheios de vontade e com o espírito juvenil e que vem participando intensamente das actividades musicais, sociais e até físicas desenvolvidas com este grupo. O Guil Hazaav prepara-se agora para sua primeira apresentação artística que ocorrerá na Festa de Chanuká da Cil, no início de dezembro. As actividades ocorrem quinzenalmente, às 4ª feiras - das 15:30 às 17:00 na sede em Monte Olivete. As inscrições seguem abertas. Participe e desperte o jovem que há dentro de si !

Comemoração de Simchat Thorá na CIL

Foi com muita alegria e animação que comemorou-se no final do mês de setembro a Festa de Simchat Thorá da CIL. Após o serviço de Arbit, dezenas de pessoa, entre as quais crianças, jovens e adultos cantaram e dançaram alegremente, reverenciando e honrando a Thorá, como manda esta data. Para encerrar a noite, todos saborearam um delicioso jantar.

Portugal-Israel - Casos de Sucesso Empresarial

O Ministro da Economia, Carlos Tavares entregou os prémios de sucesso empresarial às empresas que se destacaram nas suas relações comerciais com Israel, numa cerimónia que teve lugar no dia 08/10/02, pelas 18h30 na Associação Comercial de Lisboa. O evento, organizado pelo departamento comercial da Embaixada de Israel e pelo Icep Portugal - Investimento Comércio e Turismo, pretende promover e aplicar o conceito de diplomacia económica ao incentivar as trocas comerciais entre os dois países, através da conjugação de sinergias entre a via diplomática e económica. Ao nível da importação e representação de empresas israelitas foram galardoadas as seguintes empresas: Irricampo e Hubel Comercial (irrigação), Henrique Fiel Lourenço (frutos tropicais), M. Medina Têxteis e Visater (químicos), Lusis, Compta, Pahldata e Edisoft (telecomunicações e software), TAV (consultadoria), Medeuropa (cápsulas para diagnóstico) e SVEP(pulseiras electrónicas). Entre as empresas a ser galardoadas devido ao seu volume de exportação para Israel encontram-se: a SPEM e Edilasio Carreira da Silva (moldes), a Ricardo Gallo e Atlantis (vidro e cristais respectivamente), Amorim (cortiça), SONAE (plásticos), TEMA (mobiliário), Conservas Portugal-Norte, FITOR (têxteis), SANINDUSA (materiais de construção) e Manuel Marques Herdeiros (cutelaria). O prof. Abecassis Empis , nomeado pelo então ministro Mariano Gago para corresponder a uma inciativa israelita de promover as relações tecnológicas entre os dois países, foi a individualidade laureada pelo seu papel de elo de ligação entre empresas dos dois países, sobretudo no sector da biotecnologia. Estiveram presentes cerca de 150 pessoas na cerimónia, entre elas o presidente da Câmara de Comércio Israel Portugal, Sr Michael Itzhar, o vice- presidente da Câmara de Comércio Portugal-Israel, Sr Oulman Carp, homens de negócios, representantes do ministério da economia, membros da comunidade
israelita e individualidades.

Presidente da Fisesp visita Lisboa

O Presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo, Natan Berger e sua esposa estiveram de à Lisboa no início do mês de outubro. Apesar de tratar-se de uma viagem turística, o líder comunitário encontrou-se com o Director Executivo da CIL- Marcos Prist e sua esposa Lilian Prist, num agradável jantar, no qual puderam trocar impressões e informações a respeito das respectivas comunidades em que actuam.

Educação Moral e Religiosa Católica fora do Currículo Escolar

Na sequência de numerosos protestos de diversos sectores da sociedade portuguesa, o Presidente da República Dr. Jorge Sampaio, promulgou o decreto-lei de revisão do Ensino Básico, retirando a Educação Moral e Religiosa das 25 horas que compõem o currículo escolar do 1º ciclo. Esta passará assim a ser extra-curricular, a pedido dos pais, como está contemplado na Lei de Liberdade Religiosa. Na realidade, em Portugal, onde a separação do Estado com a Igreja data da Revolução Republicana, em 1910, e onde foi recentemente aprovada a Lei de Liberdade Religiosa que consagra essa mesma separação, a decisão governamental de inclusão no currículo escolar da Religião e Moral para além de representar um retrocesso na liberdade religiosa, era claramente inconstitucional.