Humor Judaico
Um jovem de uma família muito religiosa, que se tinha mudado para os Estados
Unidos, volta à Polónia uns anos mais tarde para visitar a família.
- Onde está a tua barba? - pergunta a mãe.
- Mãe, na América ninguém usa barba.
- Mas continuas a respeitar o Shabat, não continuas?
- Mãe , negócios são negócios. Na América, toda a gente trabalha em Shabat.
- Mas, ainda comes kasher!
- Mãe, é difícil preservar a kasherut na América.
A velha senhora hesita um momento e, depois, num longo suspiro pergunta:
- Shloime, diz-me uma coisa: ainda és circuncidado?
Quatro vendedores encontram-se num comboio e começam a jogar cartas.
- Sugiro que nos apresentemos - diz um deles - O meu nome é Silva.
- Eu sou Cardoso - diz o segundo.
- Martinez - diz o terceiro.
- Eu também sou Cohen - completa o quarto.
Dois judeus, um rico e um pobre, estão a rezar numa sinagoga de Brooklyn.
- Perdoa-me, Senhor! - brada o rico. - Quem sou eu? Sou um desgraçado, um nada!
- É isso mesmo, Senhor! - diz o pobre - Perdoa-me! Eu também sou um nada!
O rico olha-o com desprezo:
- Vejam lá, quem quer ser nada!
Um muçulmano emigrou para a América, trabalhou arduamente e acumulou uma grande
fortuna. Ao morrer, deixou dito no seu testamento que a herança de cem milhões
de dólares deveria ser dividida em partes iguais entre os seus três melhores
amigos: um católico, um protestante e um judeu. Havia apenas uma cláusula: cada
herdeiro teria de depositar cem dólares no caixão antes deste ser enterrado.
O católico depositou os seus cem dólares no caixão. O protestante fez o mesmo. O
judeu retirou os duzentos dólares e colocou um cheque no valor de trezentos.
Pinie Katz, fabricante de móveis, vai passar férias a Nova York. Na volta contou
todas as suas aventuras ao sócio.
Vê só, uma noite saímos com o meu primo de Brooklyn e mais duas amigas dele.
Quando acabámos de jantar, ele foi-se embora com a namorada e deixou-me sozinho
com a amiga. Como eu não falo inglês e ela não falava ídiche, entendemo-nos com
desenhos num guardanapo.
Primeiro, desenhou-me um casal a dançar. Eu entendi. Tomamos um táxi e fomos
dançar numa discoteca. A seguir desenhou-me uma garrafa. Aí eu pedi um whisky ao
empregado. Depois desenhou um prato. Pedi um excelente jantar. Agora vem o
incrível: ela radiante, desenhou uma cama e olhou-me bem firme.
Até hoje me pergunto como adivinhou que sou fabricante de móveis!
Selecção de Sara Mucznik
"Do Eden ao Divã: Humor Judaico"
Coordenação de Mocyr Scliar