Mensagem da Direcção

Caros Correligionários,

A débil situação financeira da nossa comunidade é a prioridade da nova direcção desde a sua tomada de posse. Fez-se uma análise o mais exaustiva possível com os elementos disponíveis e chegou-se rapidamente à conclusão que a situação não se compadece com “analgésicos” mas necessita de um tratamento frontal.

Para dar uma ideia da gravidade, saibam que as nossas receitas ordinárias, isto é, o somatório das quotas e dos donativos não cobrem sequer os salários do pessoal afecto ao normal funcionamento da nossa comunidade.

Para fazer face a esta situação insustentável temos assistido, nos últimos anos, à degradação e utilização de recursos financeiros, como os depósitos a prazo, e à venda de património da Comunidade.

Perante este cenário duas vias são possíveis: a primeira é reduzir os serviços que a CIL proporciona, em consonância com as receitas disponíveis, ficando assim impossibilitada de assegurar a existência de um rabino e/ou de uma pessoa como o Marcos Prist (que tem, quanto a nós, exercido uma qualidade de trabalho inquestionável). A segunda via passa por dar a palavra a todos os membros da comunidade para que, através da revisão substancial das suas contribuições e quotas, nos dêem os meios necessários para assegurar os serviços que pretendemos oferecer a todos.

Estou certo que compartilha da nossa opinião que os recursos financeiros disponíveis (depósitos a prazo) e a rentabilização do nosso património imobiliário devem assegurar, no mais curto de espaço de tempo possível, as obras urgentes que a nossa Sinagoga necessita assim como a reabertura do Centro Israelita, local por excelência de reunião da nossa Comunidade, com toda a dignidade e animação do passado e que seja motivo de orgulho de todos nós mas, sobretudo, seja a garantia para as gerações vindouras de um ponto de referência da nossa cultura e individualidade.

Acreditamos que toda a comunidade, e você em particular que lê estas linhas, nos irá apoiar neste grande e ambicioso projecto com o seu contributo e aceitação que a revisão das quotas é indispensável para o nosso futuro como Comunidade.

Desde já o meu obrigado.

Charles Arié
Director Financeiro

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