Mensagem da Direcção
Israel: 55 Anos de Independência
No próximo dia 7 de Maio, comemora-se o Yom Ha’Atzmaut, o Dia da
Independência de Israel. Festa de alegria e de legítimo orgulho para todos os
judeus dentro e fora de Israel, este ano ela é também motivo de preocupação
devido à permanente situação de tensão e violência provocada pelos atentados
terroristas e pela instabilidade geral da situação no Médio-Oriente, à
degradação da situação económica e social. Também fora de Israel o clima
antisionista e antisemita não para de crescer: nos média europeus Israel é
acusado de fomentar o terrorismo internacional e o “lobby” judaico americano de
instigar à guerra. Em França, na Bélgica e noutros países, os judeus são vítimas
de ataques e acções contra sinagogas, cemitérios, de ameaças e maus tratos nas
escolas e ruas, face ao silêncio e à passividade oficiais. Mais uma vez Israel e
o mundo judaico servem de bode expiatório a uma situação geral de instabilidade,
violência e crise que ultrapassa em muito o conflito israelo-palestiniano.
Mas nem tudo são nuvens escuras. A queda do regime de Saddam Hussein para
além de representar o fim de uma ditadura sanguinária, poderá ser também o
início de uma nova era no Médio oriente. Com efeito, os 55 anos de independência
do Estado de Israel mostram-nos que não haverá resolução do conflito israelo
palestiniano, nem paz no Médio-Oriente enquanto houver países árabes a alimentar
o ódio e a violência contra Israel, instigando, armando e financiando os
movimentos fundamentalistas e terroristas palestinianos.
A queda de Saddam representa, assim, um obstáculo a menos na resolução do
conflito. Esperemos que o mundo árabe seja capaz de tirar lições para uma
mudança da sua política face a Israel que permita chegar a um acordo político
global que traga a paz, o desenvolvimento e o bem estar a todos os povos da
região.
Esther Mucznik