Aconteceu no Mundo

Grã-Bretanha: 386 túmulos profanados num cemitério judaico

LONDRES - Mais de 380 túmulos foram profanados no cemitério judaico de Plashet d'East Ham, a leste de Londres. A polícia considera a hipótese de um ataque racista, mas afirma não ter encontrado prova de "antisemitismo organizado", porque não foi encontrado nenhum "graffiti".

Antisemitismo na Europa: "Velhos Demónios; novos debates"

Realizou-se em Nova York, de 11 a 14 de Maio, no Centro de História Judaica, um colóquio no qual cerca de quarenta universitários, jornalistas, escritores e intelectuais se interrogaram sobre a actual vaga de antisemitismo na Europa. No final de quatro dias de debates apaixonados, formou-se um consenso para constatar a emergência de uma nova forma de antisemitismo, apesar deste se alimentar dos velhos estereótipos. " O ódio mais persistente da história, tomou formas muito diferentes ao longo dos séculos. O antisemitismo da antiguidade, da cristandade ao mundo muçulmano; o antisemitismo racista de de direita e o antisemitismo anticapitalista de esquerda; e finalmente o de hoje que utiliza, explora e se dissimula por trás do antisionismo. Pode evidentemente ser-se crítico de Israel e do seu governo sem ser antisemita, mas todos os antisemitas atacam Israel." disse Leon Wieseltier, escritor americano. O jornalista do jornal Die Zeit, Josef Joffe vai mais longe afirmando que o "antisemitismo clássico europeu desapareceu. Hoje os judeus são acusados de incarnar o imperialismo e o colonialismo e a perversão da humanidade". Por sua vez, o filósofo francês Alain Finkelkrault afirma que a aliança "entre a esquerda progressista europeia e o islamismo radical, é portadora de um antisemitismo virulento. Em nome da luta contra o fascismo e o racismo, em nome das vítimas, o antisemitismo muçulmano é tolerado e aceite. Os judeus já não são atacados em nome da sua identidade, mas como opressores, inimigos da humanidade, os nazis de hoje." Os participantes no colóquio sublinharam ainda "o silêncio e a ambiguidade dos intelectuais europeus", alertando para o facto de que "o antisemitismo foi frequentemente o prelúdio aos períodos mais sombrios da história". (Le Monde, extractos de um artigo de Eric Leser)

Turismo no Iraque fará sucesso entre israelitas

extraído da Folha Online

O Iraque e os seus cinco mil anos de história, considerado o berço da civilização, deverá ser, a partir de Setembro, a nova opção turística dos israellitas. A queda do ditador Saddam Hussein e as novas regras a serem implantadas no território iraquiano poderão abrir espaço também para os turistas israelianos, que antes eram proibídos de entrar no país. A idéia de fazer turismo no Iraque é do historiador Arieh Itzhaki, 58, que já se prepara para levar o primeiro grupo de visitantes à ex "terra de Saddam". O país que já abrigou uma das maiores comunidades judaicas do Médio Oriente, estimada em 100 mil pessoas, não tem relações com Israel desde a fundação do Estado judeu, em 1948. Itzhaki disse que o roteiro de viagem é composto por oito dias e sete noites, ao custo de US$ 800. A viagem inclui vários pontos de grande importância para o judaísmo: a Sinagoga de Bagdad, a cidade de Ur — local de nascimento do patriarca Abraão —, os parques arqueológicos do império da Babilónia, museus e palácios iraquianos.

Cientista israelita cria método para gerar células de insulina

Especial para o Morashá.com

Cientistas da Universidade de Tel Aviv anunciaram a descoberta de um novo método para gerar células humanas que produzem insulina, o que será, dentro de alguns anos, um grande alívio para crianças e jovens diabéticos. A descoberta foi feita pelo professor Shimon Efrat e uma equipe de pesquisadores que cooperaroi com os seus estudos, nos EUA, informou um porta-voz da universidade. O processo acompanhado pelos especialistas proporcionará uma fonte abundante de células para transplante, aos que sofrem da doença, actualmente incurável. As células de insulina, testadas em ratos de laboratório, poderão ser administradas dentro de alguns anos, se for encontrada uma forma de evitar que o sistema imunológico dos doentes as rejeite. Os pesquisadores valeram-se de células primárias do fígado de fetos humanos, que podem propagar-se facilmente em tecidos de cultivo, e modificaram-nas introduzindo no organismo o gene responsável pelo desenvolvimento das células que produzem a insulina. As células criadas por meio da engenharia genética produzem cerca de um terço da insulina que criam as do pâncreas, segundo os pesquisadores. O transplante dessas células para ratos diabéticos conseguiu reduzir o elevado nível de açúcar no sangue, e mantê-lo a um nível normal durante sete meses. Calcula-se que 5% dos seres humanos sofrem da doença no mundo e por isso estão expostos a doenças cardíacas, enfartes, insuficiência renal, cegueira e, em casos graves, amputação de membros. O diabetes juvenil, conhecido como "tipo 1", afecta 10% desses doentes e é causado pela auto-destruição das células produtoras de insulina no pâncreas. O "tipo 2" é o do diabetes que afeta geralmente maiores de 45 anos devido à incapacidade do organismo de reagir às células de insulina, e isso costuma ser associado à obesidade e à vida sedentária, própria da vida moderna.

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