Tikvá Tikvá Boletim Informativo da Comunidade Israelita de Lisboa Fevereiro 2004 Shevat/ Adar - 5764 n º. 42 4 º. Ano Purim 5764 Purim 5764 1. Tikvá Fevereiro 2004.qxd 12.02.2004 14:16 Page 1ഊ2 TIKVÁ, Fevereiro 2004 FICHA TÉCNICA Director responsável: Esther Mucznik Director da redacção: Marcos Prist Conselho Editorial: Nuno Martins e Diana Ettner Coordenação Gráfica: TERRANOVA - Publicidade e Marketing, Lda. Impressão: Eurotom, Lda. Os textos assinados são da responsabilidade dos seus autores 2 Editorial Mensagem da Direcção 3 Em Março 4/5/6 Rostos da CIL 7 Espaço Aberto/ A CIL na TV 8/9 Centenário Sinagoga Shaaré Tikvá 10/11 Aconteceu no Mundo Carta dos Leitores 12/13/14 Aconteceu na CIL 15/16 E Dizia o Rabino... 17/18 As Nossas Actividades Israel em Foco 19/20 Israel em Foco 21 As Nossas Sugestões 22 Homenagens/Nahalot mensagem da direcção editorial índice O Segredo do Sucesso No último Tikvá, José Ruah anunciava em nome da Direcção a chegada do nosso novo Rabino Boaz Paz. Com efeito, faz pouco mais de 2 sema-nas que ele chegou a Portugal e se é naturalmente muito cedo para qual-quer tipo de balanço, podemos desde já fazer algumas observações: 1 - O Rabino Boaz Pash é um homem de trabalho: mal chegou, arre-gaçou imediatamente as mangas, contactou numerosas pessoas da Comunidade, a sua casa tem as portas abertas em permanência; não espera que venham ter com ele, vai ele ter com as pessoas. 2 - Educador nato e apaixonado, o Rabino elaborou um ambicioso plano de estudos que já está a ser posto em prática: as suas aulas, ou mais cor-rectamente as sessões de estudo, são profundamente estimulantes por-que não se limitam a transmitir conhecimentos, põem-nos a pensar, o que é a chave de toda a verdadeira educação. Para ele, a pergunta é sem-pre mais importante que a resposta, ou seja, é a procura individual, o estudo, o esforço de cada um que é a base de todo o conhecimento e de toda a sabedoria. 3- Acima de tudo, a sua visão do judaísmo é uma visão aberta e huma-nista, que inclui, não exclui. Mais ou menos praticantes, todas as pes-soas da Comunidade têm para ele, o mesmo peso e a mesma importân-cia. O seu objectivo é, tal como para a Direcção, uma comunidade coesa que perdure no tempo e resista à assimilação transmitindo de pais para filhos o sentimento e conhecimento, a tradição e a prática judaicas. Disse o Rav Boaz Pash que “O segredo do sucesso de um rabino é vir para uma comunidade com o objectivo de aí permanecer para sempre”. A sua permanência entre nós depende dele e da sua família, em pri-meiro lugar, mas talvez dependa ainda mais de nós todos, da nossa von-tade de corresponder ao seu esforço, da nossa capacidade de criar as condições para que esta comunidade se torne também a comunidade do Rabino Boaz Pash e da sua família. Este é o grande desafio que temos pela frente! Esther Mucznik Vice-Presidente da CIL Uma alegre edição ! Esta edição do nº 42 do nosso Boletim Tikvá chega a todos envol-ta do alegre espírito de mais uma comemoração de Purim que se apro-xima. As belas imagens e momentos mais recentes ocorridos em nossa Comunidade retratam nesta edição de facto o alegre momento da CIL que vive ainda a satisfação da recen-te chegada do nosso Rabino Boaz, do avanço das obras e da proximida-de das comemorações da nossa Sinagoga. Vivemos também a eufo-ria do crescimento das actividades já existentes e das várias outras que agora se iniciam e outras que estão por iniciar e finalmente, a boa expectativa da breve abertura do nosso futuro Maccabi Country Club, que será também de certo motivo de muita confraternização e alegrias para todos. Enfim, dias felizes que marcam o prenúncio da chegada da Festa de Purim. Assim como na Pérsia, os judeus lisboetas buscam a cada dia distintos caminhos para o fortaleci-mento do nosso judaísmo e a união de todos em torno de um objectivo comum: ser uma comunidade res-peitada, forte, coesa e cheia de boas perspectivas e novos projectos futu-ros. CHAG SAMEACH A TODOS ! Marcos Prist Director Executivo CIL 1. Tikvá Fevereiro 2004.qxd 12.02.2004 14:16 Page 2ഊTIKVÁ, Fevereiro 2004 3 GRANDE FESTA DE PURIM DA CIL Vamos juntos viver momentos de grande alegria com muita música, dança e diversão ! Sábado - Dia 6 de Março às 21h30 Delicioso Buffet , Baile de Máscaras e concurso de fantasias para jovens e adultos em Março Palestra com Alain Hayat Tema : “Purim, a fé na sociedade civil” Dia 3 de Março - 4ª feira - às 21h00 No Monte Olivete COMUNICAMOS OS HORÁRIOS DOS SERVIÇOS DE PURIM NA SINAGOGA : • 5ª feira - 4 de Março Jejum de Esther - Início : 5h46 Fim - 18h59 • Sábado - 6 de Março Arbit e Leitura da Meguila Esther - 19h30 • Domingo - 7 de Março Shachrit e Leitura da Meguilat Esther - 9h00 MOVIMENTO JUVENIL DOR CHADASH Convida os seus participantes e familiares para a sua FESTA DE PURIM E 2º ANIVERSÁRIO DO MOVIMENTO Domingo / Dia 7 de Março Das 15h00 às 18h00 na Vila Giralda Participação : 5 € PURIM 5764 NA CIL • União Portuguesa de Estudantes Judeus • Judeus Universitários de Espanha Juntos em Lisboa ! Actividade Especial Dia 20 de Março - às 19h00 Para jovens entre os 18 e 25 anos Grande Encontro UPEJ & JUE 1. Tikvá Fevereiro 2004.qxd 12.02.2004 14:16 Page 3ഊPela relevância da comunidade israelita entre nós e pelas diferenças entre o judaísmo e a religião católica, estivemos à conversa com o otorrinolaringologista Dr. Samuel Alenby Bentes Ruah, um dos mais destaca-dos membros da Comunidade Israelita em Portugal. «Tempo Medicina» - O judaísmo é um acervo não só de crenças religiosas, como também de costumes, cultura e estilo de vida. Ao fim de 40 séculos, ainda persistem essas regras? Dr. Samuel Bentes Ruah — Sem dúvida que sim. A nossa comunidade é conservadora e, assim, tem man-tido tradicionalmente, de pais para filhos, os ditames religiosos e os costumes próprios do rito sefardi e asque-nasi. Como é evidente, esta é a regra geral, havendo excepções próprias da evolução da sociedade. «TM» - Onde é que situa neste momento a pátria dos judeus? Dr. S.B.R. — A pátria oficial actual dos judeus, conside-rados num todo nacional e confessional é, desde há 50 anos, o Estado de Israel. Isto não impede, porém, que os milhões de judeus da diáspora, em todo o Mundo, não tenham no coração a nação em que nasceram e que legitimamente aceitam e defendem, sem a mínima dúvida, como sua. Sendo nós tão poucos em Portugal, um dos nossos rapazes morreu em combate, em Angola, defendendo a sua terra. «TM» - Apesar de Abraão ter sido o primeiro patriarca dos judeus, há quem defenda que a religião judaica só é con-siderada como tal depois de Moisés. Quem é que os judeus consideram ter sido o introdutor da religião no Mundo? Dr. S.B.R. — O primeiro judeu foi Abraão. Foi o primei-ro a argumentar com Deus, implorando o perdão para Gomorra. Moisés foi chamado por Deus, quando passa-va junto de uma sarça-ardente, que o incumbiu de libertar o povo judeu escravizado no Egipto. E ditou-lhe os cinco livros de Tora — a Bíblia — cerca de 1220 a.C., pouco depois do êxodo do Egipto. Moisés foi, portanto, o introdutor da religião judaica no seu povo. «TM» - Dada a situação política entre israelitas e palesti-nianos, é na diáspora que se preservam os princípios que enformam o judaísmo? Dr. S.B.R. — Não. A diáspora manteve por todo o Mundo e durante séculos, com variantes específicas relacionadas com os vários países onde se instalou e com interesse comum, a religião, os usos e costumes expressos na Bíblia. Actualmente, em que existe uma pátria judaica, é evidente que existem orientações reli-giosas que procuram unificar e manter as tradições. Em Israel coexistem actualmente dois grão-rabinos, um sefardi e um asquenasi, uma vez que não existe uma individualidade papal. A religião é a mesma, apenas varia em alguns ritos e costumes. 4 TIKVÁ, Fevereiro 2004 rostos da CIL Entrevista com Dr. Samuel Alenby Bentes Ruah Por Mário M. Oliveira - Revista “Tempo Medicina” «A diáspora manteve em todo o Mundo o judaísmo» 1. Tikvá Fevereiro 2004.qxd 12.02.2004 14:16 Page 4ഊ«TM» - Deus estabeleceu uma aliança com Abraão, na Terra de Canaã, e como sinal dessa aliança ordenou-lhe que todos os homens da sua tribo deveriam ser circunci-dados. Ainda se mantém essa prática entre os judeus? Dr. S.B.R. — A circuncisão é uma prática que se mantém desde Abraão e foi-lhe ordenada por Deus, a ele e a todos os seus descendentes. É sempre feita ao 8.º dia do nascimento, incluindo a um sábado se coincidir com o referido dia. Só pode ser adiada por razões médicas e dispensada se um irmão mais velho morrer por causa dessa prática (hemofilia). É considerada como um sinal obrigatório de lealdade e adesão ao judaísmo. «TM» - Enquanto religiosos, os judeus dividem-se entre ortodoxos, moderados e reformadores. Quais são os princípios fundamentais que separam estes três grupos? Dr. S.B.R. — No judaísmo há três grandes correntes: os ortodoxos, os moderados ou tradicionalistas e os refor-mistas. A ortodoxia significa seguir estritamente os prin-cípios religiosos e tradicionais do judaísmo. O reformis-mo foi criado por um alemão judeu, Israel Jacobion, que fundou uma sinagoga em Seesen. Mudou-se para Berlim e passou a exercer o culto em casa de Jacob Herz Beer. Em 1818, fundou-se em Hamburgo uma sinagoga com este tipo de rito, a que se chamou o Templo, com orações em hebraico e alemão. Os moderados seguem a religião ortodoxa, aligeirando-a, advogam a modifica-ção da tradição clássica, em conformidade com os cos-tumes e usos contemporâneos; os ortodoxos seguem a Halakhah, no seu contexto rabínico e bíblico. Os refor-madores submetem as leis e os costumes religiosos ao seu critério pessoal, tornando-os mais atractivos para as gerações actuais. «TM» - Nas sinagogas, as mulheres assistem aos ofícios religiosos numa área distinta da dos homens, com esta-tuto de inferioridade, uma vez que os judeus do sexo masculino ficam na área mais nobre, ou seja, junto à Tora, onde estão depositadas as leis sagradas. Quais são as razões que presidem a esta discriminação, sendo que em quase todas as religiões todos são iguais? Dr. S.B.R. — As mulheres, no judaísmo, não têm estatu-to de inferioridade. Muito pelo contrário, são sempre altamente consideradas, como filhas, mães, esposas e viúvas. São elas que acendem as velas na véspera da comemoração do sábado e educam os filhos na religião. A separação dos sexos vem já do uso e costume do Templo, é frequente noutras religiões e não só no judaísmo. As razões apontadas são várias: para que os solteiros não se sintam discriminados; para evitar a socialização, no sentido de dialogar fugindo à atenção do acto religioso, para evitar a atracção dos sexos. Possivelmente, para evitar contacto físico com mulheres impuras (menstruadas). «TM» - Como judeu, e simultaneamente médico, que opinião tem sobre a fertilização in vitro? Dr. S.B.R. — É consentida religiosamente. Deve ser feita, sempre que possível, com os componentes genéticos do marido e da mulher. Se o espermatozóide for de outro homem que não o marido, isso não é considerado adul-tério. «TM» - A Tora estabelece que «o homem não pode fazer as vezes de uma mulher». Qual é a posição do judaísmo perante o homossexualismo? Dr. S.B.R. — O judaísmo considera a homossexualidade como uma aberração e um pecado. «TM» - Qual é a posição do judaísmo sobre o aborto? Dr. S.B.R. — Os judeus aceitam o aborto, em condições especiais. Pode e deve fazer-se sempre que a vida da mulher correr perigo causado pela gravidez ou o seu estado psicológico o aconselhar. Pode fazer-se até ao 14.º dia do início da gravidez. Só se considera o feto como ser vivo quando a maior parte da cabeça aflora ao exterior. Não é permitido para uma gravidez indeseja-da. É aceite o aborto selectivo numa gravidez múltipla se, com isso, se puderem salvar as vidas de alguns dos fetos. TM - A conversão de alguns judeus ao cristianismo é tida como «a maior ilegalidade cometida», daí que tenham sido considerados «marranos». É através deste sentimen-to interiorizado, nascido da reconversão, que nasce o criptojudaísmo. Há muitos «marranos» em Portugal? Dr. S.B.R. — O conceito não está correcto. O «marrano» é o judeu converso, particularmente durante a Inquisição, e que o fez para salvar a vida. Mas, quase sempre, conti-nuando a praticar o judaísmo em locais isolados e em total secretismo, frequentemente no alto de montanhas, ou junto à fronteira espanhola, passando constantemen-te para cá e para lá, conforme corriam os ventos da opressão. É interessante notar que muitos desses conver-sos estão agora abertamente a voltar ao pleno judaísmo. Em Belmonte, construiu-se recentemente uma sinagoga, um cemitério, contratou-se um rabino e renovam-se totalmente os usos e costumes. Estando como estão dis-persos, é actualmente impossível saber qual é o seu número, tanto mais que muitos ignoram as sua ascen-dência e outros escondem-na, conhecendo-a. TIKVÁ, Fevereiro 2004 5 1. Tikvá Fevereiro 2004.qxd 12.02.2004 14:16 Page 5ഊ«TM» - Uma das regras do judaísmo é o casamento entre os seus membros. Isto ainda continua a acontecer em Portugal? Dr. S.B.R. — O casamento inter-religioso é um proble-ma mundial, em qualquer religião. Mesmo em Israel já existem casais palestinianos/judeus. É evidente que só se pratica nas franjas de pessoas para quem o apego à religião é fraco ou inexistente. Mas é quase sempre desaconselhável, pela diversidade dos problemas reli-giosos, sociais, culturais, profissionais ou económicos. O critério mantém-se entre nós. «TM» — O judaísmo proíbe o preservativo, o coito inter-rompido ou a abstinência. Como médico, concorda com estas proibições? Dr. S.M.R. — O judaísmo entende que a função sexual existe para dar prazer aos cônjuges e para procriação. Proíbe a perda de sémen. Condena, em absoluto, a abs-tinência sexual, e o marido é obrigado a dar prazer sexual e a manter essa prática com frequência. Admite o preservativo sempre que, por doença sexualmente transmitida (SIDA), se impõe esse meio, para evitar a suspensão da sexualidade. «TM» — Que tipo de relação é que os líderes da Comu-nidade Judaica têm com os governantes portugueses? Dr. S.B.R. — Não só os líderes como todos os membros da Comunidade têm constantes relações pessoais e pro-fissionais. Ainda agora, quando se celebrou o centená-rio da nossa sinagoga, ministros e membros do Governo estiveram presentes. «TM» — O cadáver, na religião judaica, é intocável, o que significa que não é sujeito a autópsia. Qual a razão desta posição tão radical? Dr. S.B.R. — O moribundo é extremamente respeitado e não deve ser incomodado seja de que forma for. O cadáver, religiosamente, não deve ser autopsiado, desde que isso não contribua para colher vantagens através do morto. Não deve atrasar-se o enterro ou enterramento mesmo de partes do corpo. Uma pessoa não pode fazer negócio permitindo a sua futura autóp-sia. Mas a autópsia é permitida se isso vai contribuir para salvar a vida de uma determinada pessoa, ou no caso de doença familiar a esclarecer. A autópsia de feto até 30 dias após o nascimento pode ser realizada, se isso contribuir para evitar futuros abortos da mãe. rostos da CIL 1. Tikvá Fevereiro 2004.qxd 12.02.2004 14:16 Page 6ഊTIKVÁ, Fevereiro 2004 7 espaço aberto Extracto da Intervenção do Deputado: João Rebelo Data: 28.01.2004 Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados Há datas e acontecimentos trágicos que não devem ser esquecidos. O Conselho da Europa e o Parlamento Europeu, através de uma intervenção do Presidente da Comissão Europeia, Romano Prodi, prestaram ontem homenagem a todas as vítimas do Nazismo através do Dia Oficial de Memória do Holocausto e de Prevenção de crimes contra a Humanidade, no dia em que se assinala a entrada das Tropas Russas em 1945 de Auschwitz. Hoje, passados mais de cinquenta anos dos acontecimentos do Holocausto é fundamental para nós relembrar e nunca esquecer... este é um tema que deve ser abordado com profunda seriedade, pois faz-nos reflectir sobre a crença cega na bondade da Humanidade. A CIL NA TV • Programa Fé dos Homens na RTP 2 Segunda-Feira, 4 de Março, 18h00 Tema: O Significado da Festa de Purim Programa mensal da Comunidade dedicado ao Judaísmo Português Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados O Anti-Semitismo não é um assunto recente, estando as suas marcas bem presentes e de uma forma inesquecí-vel ao longo da nossa história. No entanto, não se limi-ta ao passado... Hoje o pesadelo ainda não terminou, nomeadamente se tivemos presente as inúmeras manifestações de cres-cimento de Anti-Semitismo na Europa, nomeadamente, os repetidos ataques levados a cabo, designadamente, em França. Recentemente o Presidente françês Jacques Chirac apelou ao combate ao Anti-Semitismo. Uma das formas encontradas passa pelo apoio à melhoria de vida de bairros degradados dos muçulmanos residentes em França e pelo registo mensal de “todas as acções reco-nhecidas no país como actos de Anti-Semitismo” levado a cabo por uma Comissão ministerial liderada pelo Primeiro-ministro françês, Jean-Pierre Raffarin. Segundo o primeiro-ministro, as “mais pesadas penas” serão aplicadas àqueles que forem considerados culpa-dos de Anti-Semitismo ou Racismo e a cujos crimes se convencionou chamar “crimes de ódio”. A memória do Holocausto, que hoje recordamos, é assim a memória que nos permite dizer que o combate ao anti-semitismo e a todas as formas de perseguição racista é um combate incessante que nunca deveremos abandonar. Disse. 1. Tikvá Fevereiro 2004.qxd 12.02.2004 14:16 Page 7ഊ8 TIKVÁ, Fevereiro 2004 centenário da sinagoga N este ano do centenário, a Comunidade vai edifi-car um memorial em homenagem a alguns homens e mulheres cuja acção em prol da CIL ou do judaísmo foi decisiva. Este memorial será orga-nizado da seguinte maneira: A) Homenagens da CIL Rabinos: uma parte será dedicada aos principais rabi-nos que oficiaram na nossa Sinagoga. Beneméritos e doadores: serão homenageados os grandes beneméritos e doadores da nossa Comunidade: Personalidades: serão ainda homenageados nomes destacados do judaísmo português. Um espaço será igualmente reservado para personalidades que não sendo da CIL, tiveram um papel decisivo em prol da paz ou no salvamento de judeus B) Homenagens individuais: Em Memória de ... Acima de 10.000 € , doadores privados poderão ofere-cer o seu donativo em memória de entes queridos, cujo nome será afixado em placa, no mesmo memorial. Edições comemorativas do centenário • Tikvá Especial de Maio onde estarão registados em páginas de bronze a platina todos os doares das obras da Sinagoga (do maior ao mais pequeno) • Livro do Centenário contemplando uma parte histó-rica, outra de arquitectura e a lista de doadores em páginas de bronze a platina Os 100 Anos da Sinagoga Shaaré Tikvá 1904-2004 CENTENÁRIO DA SINAGOGA SHAAREI TIKVÁ Edificação de Memorial É favor enviar a sua contribuição para: Comunidade Israelita de Lisboa Rua do Monte Olivete, 16 R/C 1200-280 Lisboa Portugal Se preferir, pode fazer o seu pagamento através de transferência bancária para: NIB: 0007 0006 0000 5570009 02 Em ambos os casos, por favor identifique: Fundo Obras Sinagoga 1. Tikvá Fevereiro 2004.qxd 12.02.2004 14:16 Page 8ഊTIKVÁ, Fevereiro 2004 9 Assim vão andando as obras.... • Aguardamos os vossos comentários, sugestões e donativos! • Não deixe passar esta ocasião, única na sua vida, de participar de uma forma ou de outra na Comemoração do Centenário da sua Sinagoga! * As fotos apresentadas são uma colaboração de Sonia Bernfeld Foto 1 “Substituição da velha caixilharia do tecto” Foto 2 “Construção da nova biblioteca no 2º andar, do lado poente, no espaço do antigo apartamento em ruínas, onde poderão estar em segurança e em condições de acesso organi-zado, os numerosos livros da Sinagoga e da Comunidade.” 1. Tikvá Fevereiro 2004.qxd 12.02.2004 14:16 Page 9ഊ10 TIKVÁ, Fevereiro 2004 Um em cada 7 britânicos considera o Holocausto exagerado Em Janeiro, o Jewish Chronicle, conduziu através do ICM uma sondagem acerca da opinião britânica sobre o holo-causto. Assim, foram inquiridos 1007 adultos em Inglaterra, Escócia e País de Gales. Às diversas questões os resul-tados foram 37% dos inquiridos afirma que o povo judeu contribui positivamente para o desenvolvimento políti-co social e cultural da Grã-Bertanha, enquanto que 20% discordam. 18% pensa que os judeus têm muita influên-cia enquanto que 47% discordam. 53% concorda que o judeu britânico poderia ser primeiro-ministro tal como um membro de outra fé, enquanto que, se 18% discordam, 11% discordam fortemente. Por último, dos 15% que pen-sam que o holocausto foi exagerado, 10% pensam fortemente. As reacções a este inquérito não se fizeram esperar, o professor Robert Wistrich, chefe do centro para o estudo do anti--semitismo da universidade hebraica Vidal Sassoon disse: “Foi um resultado melhor do que muitos judeus britânicos esperavam. As classes mais preconceituosas são os pensionistas da classe trabalhadora em que mais do que um quarto acreditam que os judeus têm muita influ-ência e os jovens entre os 18 e os 24 anos, apesar de toda a educação sobre o holocausto que receberam.” • O Papa João Paulo II aceitou uma proposta dos Grandes Rabinos de Israel, Shlomo Amar e Yona Metzger, para promover uma campanha nas igrejas de todo o mundo contra o anti-semitismo. A campanha consistiria na dedi-cação de um dia por ano ao tema. • Três executivos israelianos estão entre os cinquenta empresários mais influentes do mundo no segmento de rede durante o ano de 2003, segundo a lista anual elaborada pela revista Network World. • O Parlamento da Grécia aprovou por unanimidade uma lei que dedica 27 de Janeiro o dia em memória aos judeus gregos mortos durante a ocupação nazista. • A imagem transmitida de Marte pela nave de exploração espacial norte-americana “Spirit”, lançada pela Nasa, só pode ser vista em todo o mundo graças às pesquisas de três cientistas israelenses do Instituto Tecnológico Technion, de Haifa, que trabalham para a HP nos EUA. Fonte : Site Alef Plantão aconteceu no mundo Luta contra o Anti-Semitismo Em Janeiro, o Senado italiano decidiu por unanimida-de apelar aos membros da União Europeia que recon-heçam o Hezbollah e o Hamas como organizações ter-roristas. Decidiu ainda dirigir-se a um centro de estudos da Universidade Hebraica de Jerusalém com o fim de elaborar e publicar um dicionário conjunto sobre os conceitos anti-semitas e assim desenraizar os precon-ceitos e as utilizações destes significados. Físicos israelianos descobrem técnica para provocar chuva Dois físicos da Universidade Hebraica de Jerusalém, os professores Yuri Feldman e Alexander Hein, afirmam ter descoberto um novo método para provocar chuva, eficaz, económico e não danoso para o meio ambiente: a elec-trificação das gotas de chuva das núvens, o que serviria também para dispersar a neblina. De acordo com os pes-quisadores após a aplicação deste método, Israel terá um crescimento de 25% na quantidade de chuva que cairá sobre suas fontes de armazenamento de água. 1. Tikvá Fevereiro 2004.qxd 12.02.2004 14:16 Page 10ഊTIKVÁ, Fevereiro 2004 11 O PRIX INTERNATIONAL DU DISQUE (2004) é atribuído a um CD gravado por Álvaro Cassuto. carta dos leitores Dr José Oulman Carp e a Direcção da CIL Eu recebi a triste notícia da passagem da Sra. Miriam Bitton, esposa do Sr. Ike Bitton na sua casa em Marengo Illinois. A Sra. Miriam faleceu no dia 26 de Janeiro, após passar por uma prolongada doença e foi levada ao des-canso no dia 29 de Janeiro. Eu falei com a sua filha, que chegou a tempo da Suíça para estar presente ao lado da mãe nos seus últimos dias. Cumprimentos Ralf Pinto Faro Cemetery Restoration Fund Inc. Venho parabenizar toda a Comunidade de Lisboa, pelo progresso que estão conseguindo. Desejo muito e muito mais sucesso, pois tive oportunidade de conhecê-la e frequentá-la anos atrás. Sou uma fã incondicional de Lisboa e da Comunidade. Norma K Nigri E m 27 de Janeiro de 2004, a Midem - a maior feira internacional da indústria discográfica que se rea-liza todos os anos em Cannes, França - atribuiu o PRIX INTERNATIONAL DU DISQUE, na categoria de estreia discográfica de música para orquestra, ao CD gravado pelo maestro Álvaro Cassuto com a National Symphony Orchestra of Ireland e dedicado à Quarta Sinfonia do compositor português Joly Braga Santos (1924-88). É este o mais importante galardão a que um CD edita-do no ano anterior pode aspirar, uma vez que o prémio é atribuído por um júri constituído por várias centenas de críticos musicais de países como a Alemanha, a Espanha, os Estados Unidos da América, a França, a Grã Bretanha, a Itália, entre outros. Este CD foi editado pela Marco Polo, uma etiqueta as-sociada à Naxos e considerada recentemente pelo New York Times como “the biggest selling classical label in the world”. Insere-se na edição discográfica da obra orquestral de Joly Braga Santos que Álvaro Cassuto gra-vou para aquela etiqueta com diferentes orquestras, entre as quais a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Bournemouth Symphony Orchestra, a Northern Sinfonia, a Orquestra do Algarve e, em 2003, com a National Symphony Orchestra of Ireland. Contactado pela revista Tikvá, o nosso correligionário Dr. Álvaro Cassuto considera-se muito honrado com esta distinção uma vez que, segundo referiu, “trata-se da consagração, ao mais elevado e vasto nível interna-cional, de um compositor português que infelizmente tem sido ignorado entre nós. Constitui, também, um aplauso internacional ao trabalho que tenho dedicado à difusão internacional da música portuguesa”. Na sequência deste prémio, a referida etiqueta disco-gráfica incumbiu Álvaro Casssuto de gravar as sinfonias de outro compositor português, Luís de Freitas Branco (1890-1955), com diferentes orquestras internacionais. 1. Tikvá Fevereiro 2004.qxd 12.02.2004 14:16 Page 11ഊ12 TIKVÁ, Fevereiro 2004 Festa de Tu Bishvat na Vila Giralda A Cil realizou no início do mês de Fevereiro a tradicio-nal comemoração de Tu Bishvat (o décimo quinto dia do mês de Shevat) - O Ano Novo para as árvores, dia em que comemoramos também a nossa conexão com Eretz Israel. Dezenas de pessoas, jovens, crianças e adultos estiveram presentes à Vila Giralda para comemorar com muita alegria esta data. Além do tradicional acto de se plantar novas árvores, o dia foi marcado por inte-ressantes actividades interactivas alusivas a datas, muita música, dança, regados ao também delicioso e tradicional piquenique com as várias espécies de frutas típicas desta comemoração. Para ilustrar e orientar ainda mais os presentes foi dis-tribuida uma “Hagadá de Tu Bishvat” com o roteiro e explicação completo desta data. Sicha Especial de Tu Bishvat O nosso novo Rabino Boaz Pash abriu as portas da sua casa para receber cerca de 30 pessoas que participaram activamente de um Seder Especial sobre a celebração da data de Tu Bishvat. Através da leitura uma “Hagadá” devidamente orientada pelo Rabino Boaz, todos pude-ram conhecer e reflectir sobre as tradições desta data. Todos puderam também conhecer algumas das can-ções desta festa, o que tornou este encontro ainda mais alegre e festivo. Tu Bishvat na CIL Guil Hazaav na “Casa do Leão” O Grupo Guil Hazaav foi convidado recentemente a se apresentar na “Casa dos Leões” em Carnaxide, local onde residem actualmente 3 das suas participantes e membros da CIL, as senhoras Emilia Ettner, Miriam Brodheim e Pessia Kolinski. O Guil Hazaav lá esteve então representado por 10 dos seus participantes (entre as quais as 3 acima já citadas) e sob a regência e acompanhamento de Marcos Prist apresentaram um vasto e variado repertório, com canções em hebraico litúrgicas e populares e outras em português. Todas as canções em hebraico foram traduzi-das e intepretadas por Marcos Prist aos vários residentes que ali estavam presentes a prestigiar este rico intercâm-bio que terminou com muita dança e alegria ao som da tradicional “Hora hebraica”. Foi uma tarde muito agradá-vel e de muita confraternização entre os presentes. 1. Tikvá Fevereiro 2004.qxd 12.02.2004 14:16 Page 12ഊTIKVÁ, Fevereiro 2004 13 aconteceu na CIL Actividade Especial do Guil Hazaav com a Embaixatriz da Nava Tevet Uma das muitas actividades realizadas pelo Grupo Guil Hazaav durante o mês de Janeiro foi abrilhantada com a simpática e agradável presença da Sra. Nava Tevet - Embaixatriz e Adido Cultural de Israel em Portugal que reali-zou uma interactiva palestra sobre a “Idade de Ouro” na sede da CIL no Monte Olivete. Após a palestra todos os presentes puderam tranquilamente apresentar e descrever uns aos outros várias fotos das suas famílias anteriores e posteriores aos seus casamentos, momento este muito descontraído e agradável que prolongou-se até ao momento do tradicional lanche das tardes deste tão simpático e já conhecido grupo da nossa Comunidade. Reinício das actividades do Dor Chadash em 2004 O Movimento Juvenil Dor Chadash de Lisboa reiniciou com força total as suas actividades no ano de 2004. Às vés-peras de comemorar o seu segundo ano de actividades, o movimento continua semanalmente a receber novos par-ticipantes e já conta com uma lista de cerca de 60 jovens, com uma frequência média semanal de quase 40 jovens por semana. No início do mês de Março realizará uma grande comemoração de Purim juntamente com a festa do seu 2º aniversário da qual participarão os jovens e os pais. Também neste dia será apresentada aos pais um histó-rico do trabalho e dos resultados até hoje obtidos com este grupo, bem como os objectivos e programas futuros. KVUTZÁ DE GARINIM ( 8 A 12 ANOS) KVUTZÁ DE TZEIRIM (13 A 15 ANOS) KVUTZÁ DE MATCHILIM (3 A 6 ANOS) 1. Tikvá Fevereiro 2004.qxd 12.02.2004 14:16 Page 13ഊ14 TIKVÁ, Fevereiro 2004 aconteceu na CIL RABINO ROÏTMAN HOMENAGEADO EM JERUSALÉM N o passado dia 29 de Dezembro realizou-se, em Jerusalém, no Centro Fanny Kaplan, uma sessão de home-nagem ao Rabino Paul Roïtman, que fundou e tem orientado desde 1980, a grande obra que é Torah Betsion Tsedek, de apoio às crianças da rua ou de famílias destruturadas pela droga ou outros flagêlos soci-ais. Assistiram à sessão cerca de 300 pessoas e entre elas o Grão-Rabino de Paris, David Messas, que se deslocou expressamente, o Cônsul de França, o antigo embaixador de Israel na Bélgica, Benjamim Kaplan filho do antigo Grão-Rabino de França e de Fanny Kaplan, Henry Amar (Director de Tsedek e dos Centros Fanny Kaplan). Como testemunho da gratidão dos membros da Comunidade Israelita de Lisboa que, no passado, beneficiou do valioso apoio de Roïtman, deslocaram-se a Jerusalém, Menahem e Evelyne Pariente, Rute Levy, Simão Dreiblatt, Samuel Marqués e sua mulher e Isabel e Samuel Levy, estes últimos vindos de Lisboa. O Rabino Roïtman que rece-be o nosso Tikvá reiterou o interesse na sua leitura. Durante a sessão foram projectados vários videos sobre Torah Betsion Tsedek e sobre a vida de Roïtman. Um grupo de jovens educandos cantou e dançou músicas do foclore israeliano. Torah Betsion Tsedek, através dos seus 31 centros em Israel, desde a sua fundação estendeu a sua acção a 30.000 jovens. Vive, essencialmente, dos donativos dos seus doadores. Nesse sentido voltamos a apelar aos nossos correligionári-os que até agora não se manifestaram, para enviar um contributo, ainda que modesto, para Torah Betsion Tsedek (conta 267039 no Mizrahi Bank, agência 402 Jerusalém). Será a vossa participação numa grande Mitsvah. Recepção ao Rabino O Presidente da Cil - José Oulman Carp convidou toda a Direcção da Comunidade para uma recepção de boas vin-das especial ao nosso novo Rabino Boaz Pash e a sua esposa - Sara Pash em sua residência, numa noite muito agra-dável que contou também com a presença do Prof. Dr. Moisés Ayash - Presidente da Mesa da Assembleia Geral da CIL, o Sr.Samuel Levy (Ex-Presidente da CIL) e de Gabriel Steinhardt - Coordenador do Projecto de implementação do futuro Maccabi Country Club Televisão de Israel visita a CIL Esteve presente durante o mês de Fevereiro em Lisboa - Arutz Tchelet - emissora de televisão de Israel que esteve a registar fotos e imagens da nossa Comunidade no âmbito do projecto itinerante que fazem pelas várias comuni-dades judaicas da diáspora. As imagens dos locais e actividades de interesse judaica que levaram de Lisboa serão em breve exibidas na televisão israelita. Rabino Roitman Público presente à homenagem Rabino (sentado ao cen-tro) é homenageado 1. Tikvá Fevereiro 2004.qxd 12.02.2004 14:16 Page 14ഊEstudar ! Este é nosso segredo. Nós estudamos sempre, sempre mesmo e em qualquer situação. E estudamos muito. Estudávamos quando detínhamos o poder e a independência política, no tempo dos reis e profetas. Estudávamos também sob a escravidão e a miséria, sem líderes e sem guias. Nos tempos mais luminosos ou mais sombrios, o estudo acompanhou-nos sempre! E todos. O rei (não dava um passo sem um livro na mão - fazia parte das suas vestes). O escravo, também, à sua maneira. Os inteligentes e os estúpidos, os sábios e os ignorantes, o povo, as pessoas simples, até a escrava atrás da mó. Todos estudavam, sem excepção. Cada um no seu nível. “Atém Niztavím Hayom Lifnei Hashem...” “Estais hoje perante o Eterno - dizia Moisés ao povo de Israel antes da entrada na Terra de Israel - “os chefes de tri-bos, os anciãos, todos vós, as mulheres, as crianças, os peregrinos, desde o lenhador até ao aguadeiro...” todos acei-taram a Torá. Para todos, a mesma promessa. O Ramba”m (Maimónides) não fazia nenhuma diferença: “todo o israelita é obrigado a estudar, o pobre e o rico, o saudável ou o doente e deficiente. Solteiro ou com mulher e filhos, velho com poucas forças...” (Halachot Talmud Torá 1:4) A Torá - que normalmente é parca em palavras - desta vez entra em detalhes: “Beshivtecha Beveitecha Uvelechtecha Baderech, Ubeshochbecha Uvekumecha...” (Sentado em casa, andando pelo caminho, ao deitar e ao levantar ...) Em resumo, é possível - e necessário - estudar a Torá de qualquer forma. Esta é nossa especificidade como Judeus. É o estudo que nos fez diferentes e especiais ao longo de todas as gerações. Na nossa primeira Galut (exílio) no Egipto, antes de Jacob e a sua família descerem, mandaram Yehuda como pio-neiro. Para quê? Para abrir uma “Yeshiva”, para construir uma escola, um lugar de estudo, antes dos restantes chegarem. Jacob, com a sua visão clara, compreendeu que para manter a cultura e o moral do seu povo no seio da sociedade egípcia -que era forte e influente - tinha de construir um instituto, para ele e os seus descendentes se poderem reunir. O nossa patriarca Jacob conhecia a base da força, o segredo da existência eterna, da existência que nunca quebra. Está aqui a magia. A força da sabedoria. Em Jerusalém vivia um velho estudioso que depois de testemunhar o caminho de numerosas gerações, concluiu: “o que é que acabará com o nosso povo não será a Epikorsut (ateísmo) - é a Ameraztut (ignorância)” Este é o maior perigo que nos ameaça, se não estudarmos, nós e nossos filhos, e então - Deus nos livre... TIKVÁ, Fevereiro 2004 15 e dizia o Rabino... 1. Tikvá Fevereiro 2004.qxd 12.02.2004 14:16 Page 15ഊE aqui chegamos à altura das desculpas. Fechem os olhos por um segundo e pensem numa desculpa. Temos dezenas: cansaço, fome, trabalho, casa, crian-ças, etc. etc, todos temos uma lista cumprida de desculpas. Mas no fundo é tudo uma questão de prioridades. Se achar realmente importante vai achar uma maneira de par-ticipar. Se achar que não é tão importante - então o problema é sério. O que nos liga ao Judaísmo? O que faz de nós Judeus? Já estou a ouvir as explicações sobre a mãe judia e a herança. Mas a minha pergunta tem a ver com ser Judeu de consciência, ser judeu por opção e não só por causa da genética familiar. A consciência adquire-se e o mérito do esforço tem mais valor do que o que vem pela genealogia. Portanto, dirijo-vos um grande apelo: Há agora uma oportunidade e como bons homens de negócios temos de a aproveitar. É a hora certa de ligar para o Rabino (21 387 69 04) e declarar: “Bom dia Rabi, quero estudar... tenho mais dois amigos... vamos marcar uma hora...” Não tenha vergonha, os nossos sábios ensinaram-nos que “ o tímido não estuda” (Tratado de Avot 2:5). Ter vergo-nha é uma característica óptima só que não faz parte da Torá. Pode-se estudar tudo, Tana”ch (Bíblia), Moral, História, Halacha, Talmud, Mishna, Filosofia ou Cabala. Mesmo se não ficarmos a saber tudo, pelo menos experimentamos um pouco de tudo. Para melhor perceber a minha men-sagem, aí vai uma pequena anedota..... Um rapaz Judeu entra no Jockey Club. Quer apostar. Está vendo de longe um rabino que chega às cocheiras. Estranho, ficou curioso. Foi até lá e viu que o rabino punha as as mãos na cabeça de um dos cavalos e murmurava algo. Interessante. O rapaz vai e aposta 10 $ neste mesmo cavalo. O cavalo ganha a corrida. Com os 100$ que ganhou, o rapaz foi novamente para a cocheira e viu o rabino outra vez com as mãos na cabeça do cavalo e a murmurar. Novamente o rapaz aposta e ganha. Vendo que era algo muito bom e rentável, prosseguiu aumentando a soma até aos 10,000$. Correu para as cocheiras, anotou o número do cavalo e fez a grande aposta. Mas, desta feita infelizmente o cavalo, para além de não ganhar a corrida, sequer conseguiu acabar a prova, e decidiu devolver a sua alma para o Criador no meio da corrida... Chorando, o rapaz aproxima-se do rabino e começa a reclamar: “Por quê? O que ocorreu de errado?” E o rabino reage: “Este é o problema deste nova geração... mal sabe diferenciar entre a “Beracha” e o “Kadish”... Tem comentários? Desacordos? Dúvidas? Escreva-me: rabino@cilisboa.org Rabino Boaz Pash 16 TIKVÁ, Fevereiro 2004 e dizia o Rabino... 16 TIKVÁ, Julho/Agosto 2003 Tikvá Anuncie aqui… 1. Tikvá Fevereiro 2004.qxd 12.02.2004 14:16 Page 16ഊTIKVÁ, Fevereiro 2004 17 TIKVÁ, Fevereiro 2004 17 Grupo Guil Hazaav-Ano II (Idade de Ouro) as nossas actividades Coral Etz Chaim (Coral Musical Representativo da CIL) Ainda não participa neste simpático e agradável grupo??... Não perca mais tempo! Actividades Especiais Permanentes (música, ginástica, palestras, passeios...) Para adultos a partir dos 60 anos Encontros semanais às 4ª s feiras das 15h30 às 17h00, sede no Monte Olivete. Participação: 5 € Movimento Juvenil Dor Chadash de Lisboa-Ano II A cada semana um novo participante! Mais de 50 jovens já participam! Agora só falta você! Actividades todos os domingos, das 15h00 às 18h00, na Vila Giralda, Rua de Inglaterra, 19 – Estoril Jovens e crianças a partir de 4 anos Participação: 5 € por semana PORTAS SEMPRE ABERTAS UM CLUBE PARA TODOS ABRE BREVEMENTE Mais informações pelo tel.: 21 393 11 30 Das 14h00 às 17h00 ou pelo e-mail secretaria@cilisboa.org CLUB HOUSE Venha viver momentos muito agradáveis e descontraí-dos, sem necessitar de uma bela voz.... Inscreva-se já!!! Participe! Início dos ensaios para as Comemorações dos 100 anos da Sinagoga Para adultos entre os 20 e 60 anos. Encontros semanais: das 19h30 às 21h00, na sede no Monte Olivete. Participação: 5 € União Portuguesa de Estudantes Judeus super actividades mensais para jovens entre 21 e 30 anos Aguarde ... UPEJ Em breve na CIL ... MACABI COUNTRY CLUB PROJECTO ATIDEINU GAN IELADIM Pré - Escola para crianças entre os 2 e 6 ANOS Em breve Aguarde novas informações !!! Interessados devem contactar a nossa secretaria 1. Tikvá Fevereiro 2004.qxd 12.02.2004 14:16 Page 17ഊ18 TIKVÁ, Fevereiro 2004 as nossas actividades O sabor da paz No último dia de Janeiro juntámos um grupo de ami-gos, judeus e não judeus, fomos ao restaurante pano-râmico do Sheraton “provar o sabor da paz” e... gostá-mos. Apesar de ser noite de Sporting-Porto, encontrá-mos a casa cheia: judeus, muçulmanos, turistas e mui-tos desconhecidos. Afinal, os jantares dos “Chefes pela Paz” foram objecto de uma ampla divulgação na media impressa, na TV e até na net e não é de estranhar que muita gente tenha aderido a esta experiência gastronó-mica com um objectivo não lucrativo mas muito nobre. Contaram-nos que, no total, foram servidos 400 janta-res, 60 dos quais a correligionários nossos. A sala pro-porcionava uma vista única sobre Lisboa, a comida estava deliciosa e até o momento musical que nos pro-porcionou uma cantora vinda especialmente de Israel ajudou ao sucesso da iniciativa. O que prova que uma boa ideia é meio caminho andado para o sucesso. Parabéns aos simpatiquíssimos chefes, a Patrícia Bensaúde e à Associação de Cultura Portugal Israel, ao Sheraton e a todos os que estiveram envolvidos. Gabriel Steinhardt Israel em foco Grupo de Estudos sobre a Parashá da semana Todas as 6ª s feiras, às 18h00. Coordenação : Alain Hayat CHUGUIM DE IVRIT (CURSOS DE HEBRAICO) Aulas para adultos e crianças Coordenação : Rabino Boaz Pash Interessados devem contactar a nossa secretaria Participe dos Serviços Religiosos na nossa Comunidade. Venha e traga toda a sua família ! 6ªs feiras às 19h00 Sábados às 9h00 SEUDÁ SHILISHIT Zmirot (canções) e a tradicional refeição de Shabat Todos os Sábados-Das 17h00 às 18h00 No Monte Olivete e resol-mos for-emente o algu-hegar a não só alquer de cri-do com decisão “Linha egendo m feito demos 1 colo-Negev, rece ativa s ter 1. Tikvá Fevereiro 2004.qxd 12.02.2004 14:16 Page 18ഊA MARCAR PASSO Ao analisarmos os recentes progressos dos líderes locais na sua tentativa de resolver o conflito que envolve Israel e os palestinianos, ou a ausência deles, somos forçados a reconhecer que se está a marcar passo. Pior que isso, ainda recentemente fui forçado a reconhecer numa conversa com um amigo, que até tem havido alguma regres-são no caminho para a almejada paz. Sintetizando, vejamos apenas alguns aspectos práticos que nos levam a chegar a essa triste conclusão: Após quase três anos de mandato como primeiro-ministro, Ariel Sharon não só viu o seu país mergulhar numa dura crise económica como não registou qualquer progresso significativo para a resolução do conflito, revelando uma certa falta de criatividade no plano diplomático. Tudo leva a crer que a “Cerca de Segurança” não será construída de acordo com o seu plano original e, seja pela pressão dos americanos ou da aguardada decisão judicial do tribunal internacional de Hague, ficará confinada aos limites da “Linha Verde” de 1967, deixando “de fora” vários colonatos importantes e desprotegendo algumas zonas sensíveis do território nacional. O escândalo de corrupção em que se encontra alegadamente envolvido tem feito títulos desagradáveis nos jor-nais de Israel e não só, como recentemente pudemos comprovar aqui em Portugal. Finalmente, o seu mais recente plano (a dois anos) de evacuar 17 dos 21 colonatos existentes na Faixa de Gaza, transferindo-os para o norte do deserto do Negev, ameaça seriamente a sua popularidade junto dos seus eleito-res. A hipótese de um acordo (“hudna”) com o Hamas parece definitivamente posta de parte e nem os Estados Unidos nem Israel acreditam nos ténues e dúbios esforços da Autoridade Palestiniana para acalmar a situação. A tentativa de intervenção Egípcia no processo foi posta de parte, depois do Ministro dos Negócios Estrangeiros deste país ter sido “corrido à sapatada”, sob a passividade dos seguranças palestinianos, durante uma visita a uma mes-quita em Jerusalém. O recém-eleito Primeiro-ministro palestiniano, Ahmed Qurei (Abu Ala), independentemente das suas qualidades pessoais, tem-se revelado impotente para resolver o que quer que seja, quer sob o ponto de vista do processo polí-tico quer no referente à segurança interna, que não controla. Importantes financiamentos continuam a ser transferidos do Irão e do Hizballah para os bolsos dos terroristas dos movimentos mais extremistas, tais como as Brigadas de Al-Aqsa, a Jihad Islâmica e o Hamas. Segundo algumas fontes, a única dificuldade que estes “operacionais” sentem é a de receber o armamento contrabandeado pois este é por vezes retido pelos homens do antigo chefe de segurança da Autoridade Palestiniana, Muhammad Dalan, que aparentemente prepara a sua própria força militar com um objectivo incerto. Uma vez abandonada a ideia de Israel de o expulsar, Yasser Arafat continua insensível às necessidades e ao deses-pero do seu povo, cada vez mais pobre e miserável, coerente apenas na sua estratégia de manter o caos total. Ele sabe que o mundo ocidental não vai querer assumir-se responsável por três milhões de palestinianos politicamente controlados por movimentos terroristas e que Sharon não pode tomar as decisões unilaterais que pretende face aos fragmentos de uma sociedade palestiniana “em colapso”. Assim sendo, a verdade é que, bem ou mal, Israel tem resistido à Intifada e aos atentados bombistas mas, por estranho que pareça, ver-se-à obrigada a assumir o desafio de tentar reconstruir uma sociedade palestiniana cujos próprios líderes políticos pretendem destruir. Será possível? GABRIEL STEINHARDT TIKVÁ, Fevereiro 2004 19 Israel em foco 1. Tikvá Fevereiro 2004.qxd 12.02.2004 14:16 Page 19ഊA EUROPA E O ANTI-SEMITISMO (texto que será publicado na Revista Tempo) O anti-semitismo consiste numa estrutura de crenças hostis face aos Judeus enquanto comunidade, manifes-tando- se em acções de violência e discriminação, cujo principal objectivo é segregar ou destruir os Judeus enquanto Judeus. Ao longo da História, o anti-semitismo foi-se manifes-tando como um processo destrutivo, que atingiu o auge na Europa do Holocausto, em que seis milhões de Judeus foram brutalmente exterminados. A Europa sabe bem o que é o Holocausto, dado existi-rem ainda europeus que testemunharam este trauma. No entanto há ainda na Europa quem ouse duvidar e chegue mesmo a negar tal flagelo. Nos últimos três anos, temos vindo a assistir a um aumento de actos de anti-semitismo, como os ataques bombistas contra sinagogas e escolas judaicas (Turquia e Tunísia). Grave é também o apoio dado, por parte dos imigrantes e dos círculos de extrema-esquerda e extre-ma- direita na Europa, a tais acções sob o pretexto de que não se trata de actos de anti-semitismo mas de manifestações contra Israel (novo anti-semitismo?) Na Europa têm sido difundidos, via satélite, programas claramente anti-semitas, como os da TV árabe Al-Manar, repetindo as falsas e hediondas acusações de que os Judeus usam sangue de crianças cristãs para pre-parar o pão ázimo da Páscoa. Não é de estranhar que instituições judaicas sejam ata-cadas após tais incitações. Quando questionados sobre os motivos do ataque a uma escola judaica em França, os seus autores afirma-ram ter sentido um apelo, quando ouviram na TV o repórter mencionar que “o exército judaico havia morto jovens palestinianos”, em vez de “o exército israelita matara terroristas”. Quanto à União Europeia, os resultados da recente son-dagem da Comissão Europeia espelham a forma distor-cida como as perguntas foram formuladas, pois não focaram a situação do Médio Oriente, destacando ape-nas o Estado de Israel. A condenação por parte de dirigentes europeus, como Prodi, não impediu que esta sondagem fosse fortemen-te mediatizada na comunicação social durante vários dias. Outra “gaffe” europeia foi o arquivamento do recente relatório sobre anti-semitismo, preparado pelo Centro Europeu de Monitorização do Racismo e Xenofobia, “silenciado simplesmente porque os resultados são politicamente incómodos” (Inês Pedrosa, in Única de 06/12/03). Gostaria de mencionar com satisfação que, neste relatório, no capítulo dedicado a cada um dos países europeus, é referido que em Portugal não existe tradição de anti-semitismo nem de agressões anti-semi-tas. (www.antisemitism.org.il) A crítica à política do Governo de Israel é legítima e pode manifestar-se sob diversas formas (artigos, mani-festações, decisões parlamentares, etc), mas chegar à culpabilização colectiva de Israel ou dos Judeus é pura incitação ao anti-semitismo. A Europa tem obrigação moral, política e histórica de assegurar que esse mal não ressurja. Recentemente começa a ter maior consciência do problema e a tomar medidas nesse sentido (ex. obrigatoriedade de minis-trar aulas sobre o Holocausto em todas as escolas fran-cesas). Mas tal não é suficiente. O anti-semitismo baseia-se em processos destrutivos. Chegou o tempo de nos concentrarmos em processos construtivos e fomentar a tolerância e a igualdade. A Europa tem de tomar medidas concretas e imediatas: educar as novas gerações nas escolas sobre o Holocausto e criar leis que definam o que são activida-des anti-semitas, bem como as sanções a aplicar-lhes. Só no âmbito desta união de esforços e vontade políti-ca é que a Europa e o Mundo civilizado poderão ter a consciência tranquila, sabendo que fizeram o máximo para combater o cancro do anti-semitismo. Shmuel Tevet Embaixador de Israel 20 TIKVÁ, Fevereiro 2004 Israel em foco 1. Tikvá Fevereiro 2004.qxd 12.02.2004 14:16 Page 20ഊTIKVÁ, Fevereiro 2004 21 Exposições A pintora LAURA CESANA, em ocasião das comemorações dos 100 anos da Sinagoga vai realizar em Lisboa, nos próximos meses, uma série de exposições antológicas das “fases hebraicas” da sua pin-tura: desde obras de 1978 inspiradas na festa das luzes até às obras recentes reproduzidas no seu livro bilingue Vestígios Hebraicos em Portugal-viagem de uma pintora. Estejam atentos às datas e lugares no boletim semanal da CIL ou ligam para o atelier da artista (21 849 37 48). A primeira exposição terá lugar entre 2 de Março a 20 de Abril no MUSEU DA CIDADE - Sala de Destaque Livros • IMPASSES - Prof. Fernando Gil e Prof. Paulo Tunhas Coisas Vistas, coisas ouvidas Danielle Cohen Public. Europa América - Bibl. das Ideias € 20,50 - 2ªedição, Nov 2003 Um importante livro a não perder, pois debate problemas muito actuais posteriores ao 11 de Setembro: o “siste-ma” dos pensamentos únicos do anti-americanismo, anti-sionismo, o islamismo. Uma análise dos comportamen-tos actuais em relação ao Ocidente, alvo de uma “djihad” global actuando em muitas frentes, da finança interna-cional e do terrorismo. As controvérsias sobre o Iraque. Tomam partido pelo Ocidente, particularmente pelos Estados Unidos e Israel, sem, contudo deixarem de ser críticos onde isso se justifica. A 2ª parte do diário de uma israeliana de Jerusalém de 15 a 27/4/2002 • Meia-Noite ou o Princípio do Mundo de Richard Zimler, o autor de “O Último cabalista de Lisboa” - Editora Gótica. A história de John Zarco Stewart, filho de uma judia portuguesa e de um escocês, dos coloridos mercados do Porto, às somnolentas plantações do Sul da América, do judaísmo que John descobre na juventude à Africa mítica, é um livro muito belo. • A ENCRUZILHADA Portugal, a Europa e os Estados Unidos de João Marques de Almeida e Vasco Rato Uma interessante e documentada análise das relações transatlânticas, em particular depois da crise aberta com a guerra no Iraque - Editora Bertrand VISITE O SITE OFICIAL DA CIL! Conheça as super novidades da nossa “Secção Interactiva” com a sondagem do mês, humor, receitas da culinária judaica, músicas judaicas, as últimas notícias de Israel e imagens do Muro das Lamentações em tempo real !!! Mais ainda haverá outras surpresas. Aguardem e fiquem atentos... Visite! Divulgue! Faça o seu registo e dê a sua opinião! www.cilisboa.org as nossas sugestões 1. Tikvá Fevereiro 2004.qxd 12.02.2004 14:16 Page 21ഊ22 TIKVÁ, Fevereiro 2004 homenagens F E V E R E I R O Parabéns a... Aniversariantes Dov Goldrajch 04 Rivka Grozovinski 06 David Bernfeld 07 Marcia Horn Albuquerque 08 Ester Benezra Alcântara 09 Igor Catran 09 Isak Jafe Azriel 14 Yvete Davidofe 16 Avinoam Rosenberg 18 David Botelho 18 Mery Ruah 19 Zina Lieberman 20 Dany Prist 21 Jona Joanes 24 Marcos Prist 24 Maria Antonieta Santos 25 Ana Bekerman 26 Miriam Glasberg 28 Jaime Samuel Joanes 28 SHEVAT Sábado 14/02 22 René Leon Aberlé 22 Oscar Haas 23 Shoshana Broder 25 Esther S.Marques 25 Rubin Burstin 26 Jaime Buzaglo 27 Joshua Benoliel 27 Rachel Rosa Abdelá ADAR Sábado 21/02 1 Jacob Levy Azancot 3 Salomão M.Seruya 4 Fortunata Roffe 4 Desidério Davidofe 4 Caroline e Salomão Benoliel 4 Thea Sequerra 5 Herman Levin Sábado 28/02 7 Esther Vera Seruya 7 Jacques Romano 8 Leopold Abolnik 8 Abraham M. Esaguy 8 Aron Assor 9 Alexandre Albagli 10 Salomão Azavey Azancot 10 David Tuati 10 Sara Benodis 10 Rosy Cassuto 11 Peter Joseph Frankel Sábado 06/03 13 Mazaltob Laredo Sequerra 13 Abraham Laredo 13 Semtob Sequerra 13 Josef Assor 13 Olga Draiblate 14 Leonor Esayag 14 Ruben Bendraó Ayash 14 Alegra Cohen 14 Abraham Setou 16 Salomão Benoliel 16 Carolina Benoliel 17 Tony Cassuto 17 Marcos Augusto Esaguy 17 Esther Moskovitz 17 Salomão Querub 18 Erich Neumann Efraim Bar Isaac 18 Moisés Benazra 18 Maks Azriel 19 Isaac Joshua Levy Sábado 13/03 20 Esther Marques Haim 22 Lev Ben Michael 22 Abraham Levy 23 Isaac Hayat 23 António Azancot 23 Paul Beldock 23 Krysla Broder 25 David Querub 26 Lydia Segre Basola 28 Luna Esaguy Sábado 20/03 27 Jacob Assor 28 Marcos Levy Ayash 28 Rafael Marques 28 Simy Wartenberg NISSAN 1 Ursel August 2 Luna Cardona Sta Ana Leite 3 Hannah Sequerra 3 Jaime Issan Bendrao 4 Salomão Benoliel 4 Szayndla Burtin nahalot Mazal Tov! Os nossos parabéns e os votos de muitas felicidades a todos! Visite o nosso site em www.cilisboa.org e participe da nossa sondagem mensal ! Os resultados serão publicados mensalmente em nosso Boletim Tikvá! CASAMENTO Miguel Sousa Daniel, filho do Sr. Manuel Sousa Daniel da CIL e Liat Naftali, da Cidade do México, vão celebrar casamento no próximo dia 16 de Março de 2004 - 23 de Adar - Ulam Ner Yossef - em Yerushalaim. Em boa hora Mazal Tov u be Siman Tov. Para as sempre bem vindas felicitações e berachot NOTA DE FALECIMENTO Sra. Miriam Bitton - Z´L ( 26/1 - 3 de Shevat - 5764) esposa do estimado Sr. Isaac “Ike”Bitton Presidente Fundador do Faro Cemetery Restoration Fund Apresentamos as nossas sentidas condolências à Família enlutada Participe nestas homenagens. Actualize os seus registos junto da nossa secretaria através do tel. 21 393 11 30 - de 2ª a 5ª feira - das 14h00 às 17h00 horas. secretaria@cilisboa.org 1. Tikvá Fevereiro 2004.qxd 12.02.2004 14:16 Page 22ഊTIKVÁ, Fevereiro 2004 23 1. Tikvá Fevereiro 2004.qxd 12.02.2004 14:16 Page 23ഊEnvie os seus textos e sugestões para TIKVÁ até ao dia 30 de cada mês. Rua do Monte Olivete,16 r/c.esq. 1200-280 Lisboa e-mail:tikva@cilisboa.org Donativo para assinatura Nome Morada Código postal Localidade Assinatura anual, € 30 euros (11 números) para os não membros da CIL em Portugal Assinatura anual, € 50 euros (11 números) para assinantes no estrangeiro Distribuição Gratuita para os membros da CIL A quem se dirigir Horário de funcionamento da Secretaria Segunda a Quinta-feira, 9h00 às 17h30 Sexta-feira e vésperas de festas Judaicas das 9h00 às 13h00 Horário de almoço das 13h00 às 14h00 Atendimento ao público Segunda a Quinta-feira, 13h00 às 17h30 Os espaços para reuniões devem ser agendados com aviso prévio, mínimo de 48 horas Tesouraria Acácia Dourado tesouraria@cilisboa.org Telf. 213 931 134 Atendimento de Segunda a Quinta-feira, das 10h00 às 13h00 Director Executivo Marcos Prist director@cilisboa.org Movimento Juvenil Dor Chadash dorchadash@cilisboa.org Rabino Boaz Bash rabino@cilisboa.org Secretária Estrella Assayag secretaria@cilisboa.org Visite o nosso site: www. cilisboa.org Tikvá Tikvá Telefone 213 931 130 Fax 213 931 139 1. 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