Tikvá n.º 57, 6º ano
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TIKVÁ BOLETIM INFORMATIVO DA COMUNIDADE ISRAELITA DE LISBOA N º 5 7 | 6 º A n o
F e v e r e i r o / M a r ç o d e 2 0 0 6
S h e v a t / A d a r 5 7 6 6
O Massacre dos Judeus em Lisboa
1506 5 0 0 A N O S 2006
Mais um ano do
nosso Tikvá com
muito o que contar!
Esta edição de nº 57 poderia ter como
destaque o facto de marcar o 6º aniversário
desta publicação, facto que nos
enche de muita alegria e orgulho. Porém
com tantos acontecimentos ocorridos na
nossa CIL e no mundo neste últimos 2
meses e a considerar ser esta uma época
de várias celebrações no nosso calendário
judaico, ficou-nos até um bocado difícil de
definir um foco central e que talvez pudéssemos
considerar "mais importante".
O resultado disto, esperamos ter sido a
publicação de uma edição recheada de
temas importantes e interessantes e de
certeza quem ganhará com isto são os
nossos queridos leitores que aguardam
com ansiedade agora bimestralmente a
chegada do nosso Boletim Tikvá.
No entanto, pelo significado e peso histórico
na história do judaísmo em Portugal,
na Península Ibérica e até no mundo e por
marcar 500 anos do seu trágico acontecimento,
acreditamos que o MASSACRE
DOS JUDEUS EM LISBOA DE 1506, seja
um tema e uma data digna de maior registo
nesta edição que traz também a alegria
das recentes celebrações de TU BISHVAT
e PURIM na CIL, o importante momento
da assinatura do protocolo entre a
CIL e a AJC (American Jewish Committee)
também ocorrido recentemente em Lisboa
e muitos outros a destacar.
Traz também o lamentável e covarde assassinato
do jovem Ilan Halimi em França,
facto que só nos torna mais preocupados
com o crescente recrudescimento do
anti-semitismo naquele país e na Europa
e finalmente esta edição comemorativa
traz a todos o nosso compromisso com as
próximas grandes celebrações judaicas
que iniciam com a sagrada lembrança da
saída do povo Judeu no Egipto e as outras
também importantes que se seguirão.
Parabéns Tikvá!
Que tenhas uma longa vida!
PESSACH SAMEACH UCASHER a todos!
Marcos Prist
Director Executivo CIL
E D I T O R I A L
Finanças da Comunidade
Respostas a algumas questões
Estamos próximos da realização de mais uma Assembleia
Geral da CIL, momento em que finalmente e
após um grande empenho e trabalho realizado ao
longo destas 2 últimas gestões, serão aprovadas de
forma histórica e inédita as contas do exercício anterior
de 2005, absolutamente dentro do prazo estatutariamente
definido. Não menos inédita será a apresentação
do Orçamento para o exercício de 2006, solicitação
esta de alguns dos nossos correligionários e
que teremos agora a satisfação de atender sempre da
forma mais clara e transparente possível, forma esta
pela qual tem sido pautado o nosso trabalho nesta
área financeira e em todas as outras.
Entretanto apesar de este facto ser motivo de grande
importância e satisfação o mesmo não faz com que
diminua a nossa constante preocupação no que toca
a actual "saúde financeira" da nossa Comunidade e à
sua perspectiva futura, este sim o grande objectivo e
desafio que enfrentamos nesta área.
Estou convicto que, grande parte dos membros desta
Comunidade, desconhecem em absoluto as características
dos fundos e da gestão financeira da mesma.
Será que as quotas que os sócios pagam são capazes
de suportar a vida que hoje temos na Comunidade?
As páginas do Tikvá não são propriamente o melhor
enquadramento para responder a esta pergunta de
forma detalhada.
Mas gostaria de aproveitar esta oportunidade, antes
da Assembleia Geral, na qual a Direcção esclarecerá
os presentes de todos os detalhes relativamente a
esta questão para, pelo menos, vos esclarecer que
actualmente o valor das quotas dos sócios da CIL paga
somente uma percentagem (cerca de 26%) das
nossas despesas.
Então como sobrevivemos? Pela simples razão de que
há pessoas que valorizaram e valorizam a existência
desta Comunidade viva, a tal ponto que foram e são
capazes de deixar parte significativa dos seus bens à
mesma, como felizmente e quase que por milagre
ainda continua a ocorrer.
Quanto tempo vamos poder viver este milagre de sobrevivência?
Será que a solução é fecharmos a Sede
e não termos quaisquer tipo de actividades para podermos
manter exclusivamente abertos, o Cemitério
e a Sinagoga com os € que os sócios nos pagam?
Um dia a Comunidade vai, toda junta, ter de tomar
uma decisão.
Ronald Brodheim
Vice-Presidente da CIL
2 Tikvá 57 • Fevereiro/Março
FICHA TÉCNICA Director Esther Mucznik Chefe
de Redacção Marcos Prist Colaboradores Camila
Welikson, Diana Ettner, Gabriel Steinhardt,
Henrique Ettner, Nuno Martins e Samuel Levy
Concepção e produção gráfica Raimundo Santos
C A R T A S R E C E B I D A S
Tikvá 57 • Fevereiro/Março 3
Prezados Leitores e Assinantes lembramos que desde a edição de nº 52,
o nosso Boletim Tikvá passou a ser publicado com peridiocidade bimestral
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E S P E C I A L
Vai fazer exactamente 500
anos, nos dias 19, 20 e 21
de Abril, que um cataclismo se
abateu sobre Lisboa. Durante
três dias, em nome de um fanatismo
sanguinário, entre 2 a 4
mil pessoas - segundo os cronistas
da época - perderam a
vida numa matança sem precedentes
em Portugal.
Como vozes que teimam em
emergir de entre a poeira da
História, cronistas como Damião
de Góis e Samuel Usque
deixaram relatos detalhados
dos motins sangrentos.
Contam os testemunhos que
tudo terá começado na Baixa,
no dia 19 de Abril de 1506, um
domingo, na Igreja de São Domingos,
quando alguém gritou
ter visto o rosto do Cristo crucificado
iluminar-se inexplicavelmente
no altar. Em redor,
gente que rezava pelo fim da
seca prolongada que grassava
pelo país clamou que era milagre.
Entre eles, um cristãonovo
(judeu convertido à força)
terá tentado explicar que a
luz que emanava do crucifixo
era apenas um reflexo de um
raio de sol que entrava por
uma fresta. Terão sido as suas
últimas palavras. Arrastado
para a rua, o marrano e um
irmão seu foram espancados
até à morte. Os seus corpos
mutilados foram arrastados para
o Rossio e queimados em
frente dos Estaus - onde décadas
depois foi instalada a Inquisição.
Eles eram apenas os
primeiros de entre os milhares
de mortos - anussim, judeus
portugueses, homens, mulheres
e crianças, assassinados
em três dias sangrentos.
Incitada por frades dominicanos,
a multidão que entretanto
se aglomerara decide partir em
direcção da Judiaria, gritando
"morte aos judeus" e "morram
os hereges". As incompreensíveis
cenas de violência que se
deram a seguir fazem parte de
um pedaço da história de Portugal
que a História resolveu
esquecer.
Texto adaptado
do blogue Rua da Judiaria
Amatança que ocorreu lá, em
Lisboa:
Estando eu fora da cidade, contaram-
me dias depois ao regressar
que os dois não podem ser comparados,
tendo em comum apenas
a crueldade e a extrema dor1. O
que me contou um ancião é o que
a seguir relato.Na noite de Páscoa
os cristãos encontraram marranos2
sentados à mesa com pão
ázimo e ervas amargas, seguindo
os rituais da Páscoa, e trouxeramnos
perante o rei, que ordenou
que fossem eles encarcerados na
prisão até que a sentença fosse
determinada. Naquela altura havia
fome e seca pelo reino, e os
cristãos juntaram-se e disseram:
"Porque faz o Senhor isto a nós e
à nossa terra senão por causa da
culpa dos judeus?" E as suas palavras
foram ouvidas pela Ordem
dos Pregadores também chamados
Dominicanos, que se concentraram
em encontrar um ardil com
que ajudar os cristãos. Então um
deles levantou-se na sua casa de
oração e pregou palavras ásperas
e amargas contra a semente de
Israel. E eles planearam um artifício
e fizeram um crucifixo oco com
uma abertura atrás, e vidro na
frente, e por lá passavam uma vela,
dizendo que a chama emergia
do crucifixo, enquanto o povo se
prostrava e gritava: "Vede o grande
milagre! Este é um sinal de que
Deus julga pelo fogo toda a semente
de Israel!"
Um marrano foi lá que não ouvira
estas palavras e, na sua inocência,
disse: "Era melhor que fosse
um milagre de água e não de fogo,
pois com a seca é de água
que precisamos!"
Os cristãos, cujos desígnios eram
funestos, levantaram-se e disseram:
"Olhai, que zomba ele de
nós!" A multidão de imediato o pegou
e matou. Quando o seu irmão
ouviu, veio e disse: "Infortúnio, ai
meu irmão, quem te matou?" E
um de entre a multidão ergueu a
espada, cortou-lhe a cabeça e a
atirou sobre o corpo do irmão. Depois
disto todos os frades se levantaram
levando consigo os paus
de Jesus Cristo3. Foram eles pelas
ruas da cidade e proclamaram:
"Quem matar algum da semente
de Israel terá 100 dias de absolvição
no mundo vindouro!" E de
entre a multidão surgiram homens
armados de espadas e durante
três dias mataram quatro mil almas.
Arrastavam e traziam para a
rua os corpos para os queimar.
Mulheres grávidas foram atiradas
das janelas, os seus corpos recebidos
pelas pontas das lanças, os fetos
caindo a muitos pés de distância.
E outras crueldades semelhantes
e abominações que não
quero aqui contar.
Aos magistrados de Lisboa não se
pode culpar, nem aos seus nobres
e líderes, porque tudo isto foi feito
apesar deles. Eles próprios foram
tentar salvar judeus, mas por
causa do tamanho da multidão
não o puderam fazer, pois quase
lhes puseram as mãos neles também,
e eles tiveram de fugir para
salvar as próprias vidas."
Salomão Ibn Verga
in Sefer Shebet Yehudah, Livro do Ceptro de
Judá, escrito em Portugal pouco depois do
massacre de Lisboa mas publicado apenas
em 1550, em Constantinopla, pelo seu filho,
Yosef Ibn Verga.
1 Salomão Ibn Verga alude aqui aos dois
massacres: o ocorrido dentro de Lisboa e
o subsequente que se alastrou pelas
áreas rurais circundantes.
2 "Anussim" no hebraico original do texto,
expressão que literalmente quer dizer
"os forçados". Termo aplicado aos judeus
portugueses forçados a converter-se ao
catolicismo.
3 referência pejorativa aos crucifixos.
(texto traduzido do original hebraico)
Associação Portuguesa de Estudos Judaicos
SESSÃO COMEMORATIVA DO
CENTENÁRIO DA MATANÇA
DOS CRISTÃOS NOVOS DE LISBOA
Sábado 29 de Abril, 21h | Hotel Tivoli
Com a participação de:
• Prof. Yoseph Kaplan da Universidade Hebraica de Jerusalém
"O Massacre dos Judeus de Lisboa de 1506"
• Prof. Elvira Mea da Universidade do Porto
"O Tempo do Engano: 1496-1550"
• Richard Zimler - Escritor
"O Pogrom de Lisboa no olhar de um escritor"
O Kaddish de Ravel será interpretado ao violino
pelo Maestro Max Rabinovitch
COLOCAÇÃO
DE UM MEMORIAL
NO LARGO DE S. DOMINGOS
A CIL solicitou ao Sr. Presidente
da Câmara de Lisboa a colocação
de um memorial às vítimas
do massacre de 1506,
no Largo de S. Domingos.
Aguardamos com expectativa
uma resposta positiva.
4 Tikvá 57 • Fevereiro/Março
500 anos
1506-2006
O MASSACRE DE LISBOA
Tikvá 57 • Fevereiro/Março 5
Testemunho de
Salomão Ibn VerVon dem Christeliche/Streyt, ga
kürtzlich geschehe/jm.
M.CCCCC.vj Jar zu
Lissbona/ein haubt stat in
Portigal zwischen en christen
und newen chri/sten oder
juden , von wegen des
gecreutzigisten [sic] got."
Panfleto anónimo, impresso na
Alemanha (presumivelmente poucos
meses depois do massacre de
Lisboa). O "progrom" de 1506
contra os judeus de Lisboa é descrito
em detalhe e as matanças
contadas ao pormenor. A gravura
do frontispício mostra os corpos
mutilados e envoltos em chamas
de dois judeus portugueses, dois
irmãos, os primeiros a morrer
num massacre que vitimou mais
de 4 mil pessoas.
(Gravura reproduzida aqui a partir de uma
cópia gentilmente cedida pelo Hebrew Union
College. O original, encontra-se na Houghton
Library, Harvard University)
Posted by Nuno Guerreiro arquivado em
História, Anti-semitismo, Judeus Portugueses,
Kaddish
6 Tikvá 57 • Fevereiro/Março Tikvá 57 • Fevereiro/Março 7
A C O N T E C E U N A C I L
A Shoah
evocada no
parlamento
português
Pela primeira vez na sua
história, o parlamento português
prestou uma homenagem
à memória das vítimas do Holocausto,
no passado dia 27 de
Janeiro, data comemorativa do
dia em que foi libertado o campo
de extermínio de Auschwitz,
pelas tropas soviéticas, no ano
de 1945. Este dia foi proclamado,
pelas Nações Unidas, dia de
memória e de homenagem às vítimas
do Holocausto e a Assembleia
da República portuguesa
decidiu, por proposta da CIL, associar-
se a essa comemoração
mundial. Sob a presidência do
Dr. Jaime Gama, Presidente da
AR, os representantes de todos
os grupos parlamentares
tomaram a palavra evocando o
Holocausto e frisando a necessidade
de não esquecer. O momento
mais simbólico teve lugar
no final da sessão com o hemiciclo
todo de pé num minuto de
silêncio em homenagem às vítimas
do Holocausto.
Antes do início da sessão foi inaugurada
no edifício do parlamento,
uma exposição da autoria da diplomata
Manuela Franco, dedicada
à acção de Aristides de Sousa
Mendes, o cônsul português que
em 1940 salvou muitas vidas das
garras de Hitler.
Viena é uma comunidade de
cerca de 14.000 membros,
com quatro Sinagogas, quatrocentos
jovens, quatro escolas, dois
cemitérios e vários Rabinos. Foi o
Estado Austríaco que financiou a
100% a reconstrução da maior
Sinagoga de Viena na Seitenstettengasse,
assim como o museu e
outros memoriais lembrando os
terríveis tempos da II Guerra
Mundial e, também, em homenagem
a Mahler, Jung, Freud etc.
Em Erev Shabat, a Sinagoga, que
também tem duas galerias para as
senhoras, estava cheia, mas sem
jovens. Shabat a mesma coisa.
Curiosidade: a Teba está junto ao
Ehal que contém 18 Livros Sagrados,
alguns muito antigos (Idade
média).
Sábado à tarde visitámos Viena
antiga, os dois museus Judaicos,
um dos quais contém os vestígios
de uma Sinagoga do século XII. À
noite jantámos na enorme biblioteca
de Viena, um autêntico museu,
com livros do século XV até
ao século XX todos com folhas de
papel em algodão. A Assembleiageral
reuniu representantes de 41
comunidades, da Rússia, a maior
parte dos Países da Europa de Leste
e UE. A abertura contou com a
presença da Comissária dos Assuntos
Externos, a Sra. Benita Ferrero
Waldner, que falou muito claramente
da posição da UE sobre o
anti-semitismo, o anti-sionismo, a
questão do Irão e da recente eleição
do Hamas. Foi votada a próxima
eleição de um novo 'Board of
Governors' em substituição do actual.
A EJC (European Jewish
Congress é um braço europeu do
World Jewish Congress).A confraternização
foi grande e inteirámonos
todos dos problemas respectivos
das nossas comunidades.
José Oulman Carp
Jantar inter-religioso
no Rotary Clube de Lisboa
No passado dia 1 de Março, teve
lugar um jantar do Rotary, no Hotel
Meridien, no qual estiveram representadas
as diferentes comunidades
religiosas em Portugal, -
bahai, budista, evangélica, hindu,
islâmica, israelita, assim como a
igreja católica. Um representante
de cada confissão religiosa usou
da palavra, num ambiente geral
de agradável confraternização.
Visita de Solidariedade
No passado dia
18 de Fevereiro
a CIL recebeu
na sua Sinagoga
a visita
do Dr. José Ribeiro
e Castro -
Presidente do
CDS/PP (Centro
Democrático Social - Partido
Popular) em sinal de repúdio pelas
recentes declarações negacionistas
do Embaixador do Irão em
Portugal sobre o Holocausto e em
solidariedade com a Comunidade
Judaica Portuguesa.
Presidente da CIL na Assembleia Geral do
Congresso Judaico Europeu
Mais uma vez, conforme também
ocorreu no ano passado,
a tarde de Inverno foi abençoada
com um sol maravilhoso e uma
temperatura muito agradável que
sempre combinam muito bem com
o belíssimo espaço do nosso Maccabi
Country Club. Também um
espírito jovial de participação e de
integração das pessoas das distintas
faixas etárias, marcaram mais
uma vez o passado dia 12 de Fevereiro,
quando dezenas de pessoas
estiveram reunidas para momentos
muito divertidos e de grande
confraternização para a comemoração
de mais um TU BISHVAT da
CIL. O programa teve como atracção
principal uma grande "Gincana
de bases", com várias actividades
simultâneas, coordenadas pelos
madrichim do Dor Chadash, onde
adultos, jovens e crianças juntos e
distribuídos em vários grupos tiveram
de "enfrentar" os desafios das
várias tarefas distintas alusivas à
data e outras de diversão e entretenimento.
Todos os grupos participaram
com muito empenho e
cumpriram com espírito de muita
união e desportividade todas as tarefas.
Seguiu-se então o tradicional
momento da plantação quando
o nosso Maccabi ganhou duas novas
árvores e várias outras belas
plantinhas semeadas pelas nossas
crianças. Antes do delicioso
lanche característico desta data,
houve tempo ainda para a entrega
do prémio ao melhor grupo da
tarde e para o vencedor do
Concurso de Cestas de Frutas que
neste ano foi a nossa querida Esther
(Teté) Ruah. Para fechar a
tarde uma grande harkadá - roda
de danças folclóricas de Israel, dirigida
pela Lilian Prist.
Mais fotos desta festa podem ser vistas
em http://www.cilisboa.org/activities.
htm
Grupo NDS de Israel em Lisboa
Em cada um dos dias 21, 22 e 23 de Março realizaram-
se, na nossa Sinagoga ofícios de Shaharit
com a participação de cerca 40 pessoas. Tratavase
de pessoas que participavam na reunião do
grupo inglês de alta tecnologia NDS (telecomunicações
por satélite) que se realizou em Lisboa
nesses dias. O grupo emprega cerca de 3.000 pessoas,
das quais 800 em Israel e organiza estas
reuniões cada 2 anos em cidades diferentes (o
ano passado em Barcelona). De cada vez vêm
10% dos efectivos de cada delegação. Portanto, de
Israel, vieram 80 pessoas. Afim de providenciarem
refeições casher aos delegados, contrataram
uma empresa de catering israelita que, trouxe tudo
(equipamento de cozinha em contentores com
um mês de antecedência e ainda os cozinheiros) e
a supervisão de casherut foi feita pela D. Sara Pash
que veio propositadamente para o efeito. Todos
os delegados puderam, assim, ter as suas refeições
casher no Hotel Meridien de Lisboa.
Samuel Levy
Tu Bishvat
na CIL
A C O N T E C E U N A C I L
8 Tikvá 57 • Fevereiro/Março Tikvá 57 • Fevereiro/Março 9
Nos dias 10 e 11 de Março, esteve
em Portugal uma delegação
de alto nível do American
Jewish Committee (AJC), conduzida
pelo seu Director Executivo, Mr.
David Harris e pelo Director para
os Assuntos Internacionais, Mr. Jason
Isaacson, com vista a assinar
um protocolo de cooperação com a
Comunidade Judaica Portuguesa.
A assinatura do Acordo teve lugar
num jantar organizado pela CIL,
no restaurante Tágide, em Lisboa,
na presença de cerca de sessenta
correligionários e da delegação
que integrou também a mulher de
David Harris, Giulietta e Marta
Mucznik, do Gabinete de Bruxelas.
Depois da intervenção inicial de
boas vindas de José Oulman Carp,
Presidente da CIL, tomou a palavra
o Director Executivo do AJC, que
apresentou a organização americana
e explicou os termos do acordo,
enfatizando a importância da unidade
do mundo judaico. Em significativa
e comovente nota pessoal,
David Harris lembrou que a sua
mãe, originária da Alemanha, foi
uma das muitas refugiadas que
nos anos 40 passaram por Portugal,
a caminho dos EUA, tinha
então 18 anos. Ao saber que o seu
filho vinha a Portugal, ela pediu-lhe
que, em seu nome, agradecesse ao
povo português a hospitalidade
que lhe salvou a vida.
O AJC aproveitou a ocasião para
se avistar com altas individualidades
do Estado e do Governo
português, nomeadamente com o
Primeiro-ministro, José Sócrates
que o recebeu, em conjunto com
os representantes da CIL, durante
perto de uma hora. Foi também
recebido pelo Embaixador de Israel,
Aron Ram e pela Ministra-
Conselheira da Embaixada americana,
Adrienne O'Neal. Realizouse
igualmente um encontro com
cerca de 20 intelectuais, académicos
e jornalistas portugueses para
uma troca de impressões sobre
questões da actual situação internacional,
que hoje estão na ordem
do dia das relações transatlânticas,
nomeadamente, o perigo
causado pelas ambições nucleares
do Irão e os novos desenvolvimentos
no Médio-Oriente, em
particular no processo de paz israelo-
palestiniano.
Acordo de Cooperação
entre a CIL e o American
Jewish Committee
Quem é o American
Jewish Committe
O American Jewish Committee
(AJC) foi criado em 1906 por um
pequeno grupo de judeus americanos,
preocupados com a situação
das populações judaicas da
Rússia, vítimas de pogroms e perseguições
de todo o tipo. Logo
nessa época, esse grupo chegou à
conclusão de que para proteger os
judeus não só na Rússia, como
em todo o mundo, a melhor forma
seria de contribuir para um mundo
no qual todos os povos teriam
direito ao respeito e à dignidade.
Cem anos depois, essa missão
fundadora continua a guiar os esforços
do AJC para promover sociedades
democráticas e pluralistas,
onde todas as minorias sejam
respeitadas. Para além da
sua sede em Nova Iorque e em
Washington, esta última mais virada
para os assuntos internacionais,
o AJC tem 33 delegações
nos E.U.A e 18 espalhados pelo
mundo. A sua acção centra-se essencialmente
em torno dos seguintes
objectivos:
• Combate ao anti-semitismo e a
todas formas de fanatismo
• Promoção do pluralismo e dos
valores cívicos
• Protecção dos direitos humanos
e combate à sua violação
• Defesa do direito de Israel a viver
em paz e segurança com os
seus vizinhos
• Salvaguardar e reforçar a vida
judaica
Cerca de 120 pessoas, estiveram
reunidas na sede
do nosso Maccabi Country
Club, no passado dia 12 de
Março para comemorar a tradicional
Festa de Purim do Dor
Chadash. O dia muito agradável
e ensolarado, que já anunciava
a chegada da Primavera,
teve início no campo de futebol
com a apresentação da peça
teatral alusiva a Purim encenada
pelas crianças do movimento
juvenil. A seguir o Grupo de
Danças Hamaccabi, sob a coreografia
de Lilian Prist, apresentou
3 belas danças. Seguiu-
se, de forma muita alegre
e intensa, o tradicional baile e
concurso de máscaras, no qual
concorreram cerca de 40 candidatos,
com prémios entregues
para várias categorias.
Para fechar o dia um grande
lanche com direito a Oznei
Aman e outras delícias preparadas
com carinho pela querida
Bekinha Assor. No dia seguinte,
à noite, após o Taanit
(jejum) de Esther, teve lugar
na nossa Sinagoga a Leitura da
Meguilat Esther que contou
também com a presença de
dezenas de pessoas que vieram
mais uma vez testemunhar
o relato de Purim e repugnar
o nome do maquiavélico
ministro da Pérsia que tentou
aniquilar o nosso povo.
5766 na CIL
Festa de Purim
no Dor Chadash
Terça-feira, 14 de Fevereiro de 2006
Ouvi a triste notícia na rádio,
quando ia a caminho da Shehunat
Hatikva, um dos últimos redutos
da vivência iemenita castiça,
na cidade, onde esta manhã eu tinha
um encontro.
Todos a conheciam como cantora nacional,
com sua inconfundível voz de
alto, com a sua pronúncia impecável
da língua hebraica, que os professores,
incapazes de a imitar, apontavam
aos alunos como a verdadeira
pronúncia da nossa língua. Eram os
seus "ayin" guturais, os "het" palatais,
segundo os especialistas, os verdadeiros
sons desses fonemas, na
primitiva língua hebraica. Shoshana
nasceu em 1923, na cidade de Damar,
no Iémen. Daí lhe vinha também
o nome de família.
Tinha apenas um ano de idade quando
a família teve que fugir das perseguições
dos árabes para o então território
do Mandato Britânico na Palestina.
Contava a Shoshana que só por
um milagre ela chegou viva a Erets
Israel. Durante a longa e atribulada
caminhada de Damar para Aden, ela
adoeceu gravemente. A mãe dela,
que tinha muitos filhos, dificilmente
podia tratar dela. Sem médicos, sem
medicamentos, a não ser as famosas
e tradicionais curas caseiras das mulheres
iemenitas, todas pensavam
que iria morrer durante a viagem. Foi
isso que as outras aconselhavam à
mãe dela. "Para que a levas?. Precisas
de todas as tuas forças para tratar
das outras crianças. Esta só tem
um ano. Não vai resistir. Deixa-a ficar
aqui." A mãe não teve coragem para
a abandonar em Aden. Trouxe-a juntamente
com os irmãos, cuidou dela
como pode, e Shoshana viveu ainda
82 anos. Foi premiada com o "Prémio
de Israel", o mais alto galardão de
um país que não tem ainda condecorações,
em reconhecimento do muito
que fez pela Pátria dos judeus.Ainda
em garota cantava com a mãe em
casamentos e outras festas. Depois
estudou canto e arte dramática. Mas
não foi só na música que ela contribuiu
para o esforço comum dos fundadores
do Estado de Israel.
Um dia o poeta Moshe Wilenski escreveu
para ela uma canção sobre
as papoilas - "Calaniot".
Para essa canção, na voz de Shoshana
Damari, estava reservado um papel
importante na história da independência
de Israel. Ela cantava num local
nocturno, nas traseiras do qual a Haganá
- a milícia armada da resistência
judaica contra as tropas mandatárias -
tinha um esconderijo secreto.
Os soldados ingleses tinham como
missão localizar todos os esconderijos
secretos da resistência e prender
os conspiradores. Os soldados
usavam então boinas vermelhas,
da cor das papoilas.
Quando eles entravam no local onde
Shoshana cantava, ela terminava rapidamente
a canção que estava a
cantar e mudava logo para a mais famosa,
"Calaniot", com todo o volume
que a sua potente voz lhe permitia.
Essa era a senha para os conspiradores
esconderem rapidamente tudo
quanto os pudesse denunciar, antes
que os "boinas vermelhas" se lembrassem
de fazer uma busca por detrás
dos bastidores. Para os israelitas
de então, "Calaniot" e a Shoshana
Damari foram um símbolo da resistência,
que se transmitiu para as gerações
seguintes. Esta manhã, era a
canção mais ouvida em todas as estações
de rádio. Que sua alma ditosa
goze da vida eterna.
P.S: Milhares de pessoas desfilaram
perante o féretro da diva exposto no
átrio, profusamente decorado com
papoilas, do teatro HaCamery, em
Telavive. Shoshana foi sepultada no
Cemitério Velho da Rua Trumpeldor,
em pleno centro desta cidade,
fundada há apenas 97 anos.
Inácio Steinhardt
I S R A E L E M F O C O
Muito se criticaram os serviços
secretos de Israel por não terem
previsto atempadamente a
vitória eleitoral do Hamas nas eleições
do passado mês de Janeiro.
Quanto a mim, nada mais injusto.
Pelo contrário, quer-me parecer
que o próprio Hamas não previu
nem desejou vir a ter maioria no
Parlamento e muito menos formar
o novo governo da Autoridade Palestiniana.
Por estranho que pareça,
esta situação é-lhe extremamente
incómoda: afinal, na oposição,
era mais fácil criticar o Fatah
por ser corrupto e ineficaz, vangloriando-
se orgulhosamente dos
"heróis do suicídio" e da violência
verbal sem contenção. Ainda tentou
uma coligação mas, entre ser
minoria governamental e poder criticar
livremente de fora, o Fatah
optou aparentemente pela segunda
hipótese. O Hamas vê-se assim
na difícil posição de ter de assumir
posições responsáveis e oficiais em
nome do povo da Palestina. Os
árabes cristão e os muçulmanos liberais
temem que a região se "fundamentalize"
numa segunda
Teerão. A União Europeia e, principalmente,
os Americanos, pressionam
com o corte dos fundos, indispensáveis
para a continuação do
apoio popular, se o Hamas não se
retratar de algumas acções e posições
mais extremistas. E o governo
provisório de Israel faz a única coisa
que pode fazer, por muito que
provavelmente o lamente: corta
também os fundos monetários de
apoio (uma forma óbvia de exercer
pressão) e declara que, enquanto o
Hamas não reconhecer o Estado de
Israel e não alterar na sua Carta as
declarações bélicas que preconizam
a sua destruição... não há parceiro
para negociações de paz. E
no Hamas começam a aparecer os
primeiríssimos sinais de cisão. Uns
que não vão mudar nunca a sua
posição radical; outros que vão dizendo
que, afinal, Israel é mesmo
um facto inegável - e por isso os
textos da Carta acabam por não fazer
sentido - e a alguns judeus até
será permitido ficar em Israel.
Seja como for, fica-se com a desagradável
impressão que entre
a vitória do Hamas e o desaparecimento
de Ariel Sharon (por ora
apenas da cena política) a luz ao
fundo do túnel da paz parece cada
vez mais ténue.
É com pena que observamos que a
grande oportunidade que parece
ter sido criada com a fundação do
partido sharonista Kadima, e a
eminente eleição neste mês de
Março de Ehud Olmert para o cargo
de primeiro-ministro, possa não vir
a ser tão bem aproveitada quanto
seria de esperar se se mantivesse
o status quo israelo-palestiniano.
Tudo leva a crer que o Kadima, hoje
liderado por Olmart - considerado
moderado e competente mas
bem menos carismático do que
Sharon - ganhe as eleições com
uma maioria relativa mas confortável.
Os eventuais parceiros de coligação
poderão vir a ser o Partido
Trabalhista e outro pequeno partido
de esquerda, mantendo assim
de fora do centro de decisão os
partidos religiosos, os ultranacionalistas
e o Likud de Benjamim Nethaniahu.
O slogan eleitoral deste
último, "Forte contra o Hamas",
que só pode ser interpretado como
um bater de porta, até pode estar
certo, mas certamente que não levará
a negociações de paz nos
próximos quatro anos.
Vamos prever que os fundos Europeus,
americanos e outros vão
acabar por chegar, de uma forma
ou de outra, às mãos do Hamas.
Vamos prever que o Hamas irá
evitar nos próximos tempos que o
seu nome seja associado a actos
de sangue e terror. Infelizmente, é
provável que o Fatah volte a assumir
esse papel, e caso contrário,
não vai faltar quem o faça. Vamos
prever que, mais tarde ou mais cedo,
com mais ou menos segredo,
alguém em Israel se vai sentar numa
mesa de negociações com alguém
do Hamas. Mas para que
possamos comer os frutos que no
final de 2005 pareciam estar a ficar
maduros, teremos antes mais
de rezar com fervor e optimismo,
cada um ao seu Deus claro, por
uma reviravolta na mentalidade do
Hamas e porque os resultados das
eleições de um lado sejam tão positivos
como os resultados das
eleições do outro.
Gabriel Steinhardt
10 Tikvá 57 • Fevereiro/Março Tikvá 57 • Fevereiro/Março 11
Tecnologia
Israelita
No dia 20 de Fevereiro às 20h, o
'Jornal da Noite' da SIC foi para o
ar num novo estúdio, emoldurado
por paredes de croma e câmaras
com sensores de infravermelhos,
de forma a permitir a criação de
cenários virtuais. Assim, onde à
vista desarmada parece existir
uma parede verde, em casa o espectador
vê
o globo terrestre
a 3
dimensões,
uma megaredacção
de 2000 m2 ou, em resumo, o
que os produtores quiserem que
as pessoas vejam. Note-se que na
realidade o estúdio tem 165 m2 e
toda esta tecnologia é Israelita.
Fonte: Newsletter da Embaixada de Israel
DAS ELEIÇÕES
DE UM LADO
E DO OUTRO
Artigo escrito em Fevereiro
A Dama das Papoilas
Shoshana Damari
faleceu hoje em Tel Aviv.
Essa que fez de mim Judeu Errante
Do espírito, a torrente caudalosa,
Dos vendavais irmã tempestuosa,
- Trago-a em mim vermelha, triunfante!
No meu sangue rubis correm dispersos:
- Chamas subindo ao alto nos meus versos,
Papoilas nos meus lábios e florir!
Florbela Espanca, "Mocidade"
A C O N T E C E U N O M U N D O
Programa Belga de indemnização
"Solidarité 3000"
Pagamento global pela Bélgica
para sobreviventes da Shoah
No âmbito do programa belga de indemnização "Solidarité 3000",
requerimentos até EUR 3.000, se o requerente tiver sido perseguido
por causa de sua descendência judaica e puder comprovar que
residiu na Bélgica em algum momento entre o 1° de Maio de 1940
até o fim da ocupação nacional-socialista, e não tiver recebido pagamentos
de indemnização da Bélgica e/ou por causa da Lei da
Restituição da República da Alemanha, ou tiver recebido apenas
pagamentos de menos de EUR 3.000, - através destes programas.
O pagamento será no máximo de EUR 3.000 - dependendo, se
houver indemnizações anteriores da Bélgica e/ou da Alemanha.
Formulários em francês e holandês, assim como demais informações
poderão ser obtidos na:
Fondation du Judaïsme de Belgique - Avenue Drucpétiaux 68
B-1060 Bruxelles (Tel. +32-2-538 45 00/Fax: +32-2-534 30 32)
Os formulários de requerimento, com ajuda de tradução para
alemão e inglês, podem ser encontrados também na página electrónica
da Anlaufstelle der Israelitischen Kultusgemeinde Wien -
www.restitution.or.at
Os Judeus no mundo
De acordo com novos dados publicados pelo Professor Sérgio
de la Pérgola, da Universidade Hebraica de Jerusalém, o número
de judeus a viver em Israel e no resto do mundo atinge
os 13 milhões. Eram 12.645 milhões em 1970. Actualmente
vivem 7.755 milhões de judeus fora de Israel, este número
era de 10 millhões en 1970.
Fonte - Universidade Hebraica de Jerusalém - Professor Sérgio de la Pérgola. - Fevereiro 2006
A26 de Fevereiro, 200 mil pessoas
respondendo ao apelo
de várias organizações judaicas e
anti-racistas, manifestaram-se pelas
ruas de Paris em homenagem a
Ilan Halimi, um jovem de religião
judaica de 23 anos, torturado durante
mais de três semanas e assassinado
por motivos raciais.
Muitos políticos de destaque em
França participaram na manifestação,
incluindo o ministro do interior
Nicolas Sarkozy, Simone Veil,
ex-ministra da saúde, Lionel Jospin,
ex-primeiro ministro, líderes
de grupos de direitos humanos,
sindicatos, associações de estudantes,
associações judaicas e
muçulmanas.
Ilan Halimi, vendedor numa loja
de telemóveis em Paris, foi raptado
por um "gang" auto denominado
"Gang dos Bárbaros", chefiado
por Yusuf Fofana. Durante mais
de três semanas, Ilan foi mortalmente
torturado e humilhado, enquanto
o "gang" exigia à sua
família um resgate de 450 mil euros,
sob o pretexto de que "todos
os judeus são ricos, e caso não o
sejam, a comunidade judaica
une-se para ajudar". Raptado à
saída do seu trabalho no dia 29 de
França sob o choque
de crime anti-semita
12 Tikvá 57 • Fevereiro/Março Tikvá 57 • Fevereiro/Março 13
Janeiro, Ilan Halimi foi encontrado
no dia 13 de Fevereiro agonizante,
nu, algemado e com sinais
de queimaduras e golpes, numa
estação de comboios da periferia
da capital gaulesa.
Segundo o ministro francês do Interior,
Nicolas Sarkozy, o crime
praticado contra o jovem judeu
foi um "acto claramente racista e
anti-semita", revelando que no
local utilizado pelos sequestradores
foram encontrados vários
documentos de carácter "islamista
e propaganda salafista". Detido
e torturado, durante todo o tempo,
na cave de um prédio social,
todos os residentes do bairro,
maioritariamente magrebinos,
afirmaram à polícia que não suspeitaram
de nada. No entanto, a
polícia deteve mais de 13 pessoas,
entre os quais o porteiro do
prédio, todos acusados de cumplicidade
no rapto.
Yusuf Fofana, estratega do rapto,
refugiou-se na Costa do Marfim,
mas foi localizado pela polícia
francesa, que entretanto emitiu
um mandato de captura internacional,
e aguarda a extradição.
Poucos meses após os motins
que incendiaram a região parisiense,
consequência da morte
acidental de dois assaltantes magrebinos
que se refugiaram num
posto de alta tensão, a comunidade
muçulmana de França teme
que seja intensificada a amálgama
já bem patente na sociedade
francesa, onde o islão, segunda
religião de França, é frequentemente
associado a criminalidade,
vandalismo e violência.
PNN Portuguese News Network
País 1970 2005 %
EUA 5,4 milhões 5,280 milhões -2%
Israel 2,582 milhões 5,235 milhões + 103 %
Rússia 808.000 235.000 - 71 %
França 530.000 494.000 - 7 %
GB 390.000 298.000 - 24%
Canadá 286.000 372.000 + 30 %
Alemanha 30.000 115.000 + 283 %
Argentina 282.000 185.000 - 34 %
Uzbequistão 103.000 5000 - 95 %
Irão 72.000 11.000-20.000 - 85 %
Ucrânia 777.000 84.000 - 89 %
África do Sul 118.000 73.000 - 38 %
Austrália 65.000 102.000 + 57 %
Ilan Halimi Z´L
No último sábado de Fevereiro
foi dita uma ascabá em memória
do jovem Ilan Halimi. O Presidente
Chirac e o Primeiro-ministro
Villepin assistiram a uma
cerimónia que se realizou em
sua memória na Sinagoga da
Rue de la Victoire, em Paris.
14 Tikvá 57 • Fevereiro/Março Tikvá 57 • Fevereiro/Março 15
OS ASSASSINOS
DA MEMÓRIA
Abraham Lopes Cardozo
Z´L: Mizmor le-David
C O N T A N D O A N O S S A H I S T Ó R I A
Orabino Abraham Lopes Cardozo,
hazzan emérito da Sinagoga
Portuguesa de Nova
Iorque e reconhecido pelos seus
esforços na preservação da música
tradicional dos judeus portugueses
da Diáspora, morreu na
passada terça-feira, dia 21 de Fevereiro,
aos 91 anos de idade.
Lopes Cardozo faleceu num hospital
de Manhattan, em Nova
Iorque. Abraham Lopes Cardoso
foi responsável pela condução
musical dos serviços litúrgicos da
sinagoga portuguesa de Manhattan,
Shearith Israel - a mais antiga
sinagoga dos Estados Unidos,
fundada em 1654 - entre 1946 e
1984, altura em que se reformou.
Nascido a 27 de Setembro de
1914, o rabino Abraham Lopes
Cardozo era descendente de uma
longa linha de rabinos e músicos
da comunidade de judeus portugueses
de Amsterdão. O seu bisavô,
o lendário rabino David
Lopes Cardozo (1808-1890), foi o
último líder espiritual da comunidade
de Amsterdão a fazer os
sermões de Shabbat integralmente
em português. O pai do rabino
Abraham, Joseph Lopes Cardozo -
morto no campo de concentração
de Sobibor em 1943 -, era músico,
foi maestro do coro de rapazes
da Sinagoga Portuguesa de
Amsterdão e cantor durante
o Santo Serviço
(o nome ainda hoje dado
pelos judeus sefarditas
holandeses à liturgia
de Shabbat).
Abraham Lopes Cardozo
prosseguiu a longa
tradição rabínica e musical
familiar, primeiro
na Sinagoga Portuguesa
de Amsterdão e posteriormente
na Nederlandsch
Portugeesch Israelietsch
Gemeente Zedek Ve-
Shalom, a congregação de judeus
portugueses de Paramaribo, Suriname,
nas Antilhas Holandesas, e
em Nova Iorque, onde acabou por
se fixar em 1946. Grande parte da
sua família pereceu no Shoá. Em
1940, quando o exército nazi invadiu
a Holanda, Abraham Lopes
Cardozo estava já no Suriname. O
seu irmão Arie Lopes Cardozo foi
capturado em 1941, pouco tempo
antes dos seus pais e do seu
irmão mais novo, Ies, deportado
no dia do seu casamento, a 26 de
Maio de 1943. Nenhum deles sobreviveu
aos campos de extermínio.
Reformado oficialmente desde
1984 das suas funções de hazzan
da Sinagoga Portuguesa de
Nova Iorque, o rabino Abraham
Lopes Cardoso continuou até ao
fim da sua vida empenhado em
perpetuar a tradição musical dos
judeus sefarditas portugueses,
compilando várias colecções de
edição restrita. Em 2000 foi
condecorado pela coroa holandesa
com o título de Cavaleiro da Ordem
de Oranje Nassau, pelo seu
trabalho de preservação cultural.
A mesma condecoração tinha sido
em tempos conferida ao seu avô.
Em 2004, Abraham Lopes Cardozo
gravou em Israel aquele que é
considerado o maior registo da
tradição musical dos judeus portugueses,
num CD intitulado
"The Western Sephardi Liturgical
Tradition as Sung by Abraham
Lopes Cardozo", editado pelo
Centro de Estudos de Música Judaica
da Universidade Hebraica
de Jerusalém. Abraham Lopes
Cardozo foi enterrado ontem, dia
22 de Fevereiro, no cemitério da
comunidade de judeus portugueses,
em Manhattan.
Extraído do Blog A Rua da Judiaria
Uma menininha entrou no seu
quarto e foi buscar o mealheiro,
um velho frasco de geleia, ao local
onde o escondia, no armário.
Deitou o conteúdo no chão e
contou-o cuidadosamente. Contouo
três vezes, o total tinha que ser
exacto, não havia margem para erros.
Voltou a colocar as moedas
cuidadosamente no frasco e enroscou
a tampa. Saiu pela porta das
traseiras e andou os 6 quarteirões
até à farmácia.
Aguardou pacientemente que o farmacêutico
lhe dispensasse alguma
atenção mas ele estava demasiado
ocupado. Arrastou os pés para fazer
uma chiadeira. Nada. Aclarou a garganta
com o som mais horrível que
conseguiu. Nada! Finalmente tirou
uma moeda do frasco e atirou-a para
cima do balcão. Resultou!
"O que é que queres?", perguntou o
farmacêutico num tom aborrecido.
"Estou a conversar com o meu
irmão que vive noutra cidade, não
o vejo há anos", disse sem esperar
pela resposta.
"Bem, eu quero falar consigo por
causa do meu irmão", respondeu a
menininha no mesmo tom aborrecido.
"Ele está muito, muito doente e
eu quero comprar-lhe um milagre!"
"Como?", disse o farmacêutico.
"Ele chama-se André e tem alguma
coisa má a crescer dentro da cabeça.
O meu pai diz que só um milagre
o pode salvar agora. Portanto,
quanto custa um milagre?"
"Nós não vendemos milagres aqui,
menininha. Lamento mas não te
posso ajudar", disse o farmacêutico
numa voz mais suave.
"Ouça, eu tenho dinheiro para pagar.
E se não for suficiente arranjo
o resto. Diga-me só quanto custa".
O irmão do farmacêutico era um
homem elegante e bem vestido.
Olhou para a menina e perguntoulhe:
"De que tipo de milagre precisa o
teu irmão?"
"Eu não sei", respondeu-lhe com os
olhos cheios de lágrimas. "Só sei
que ele está muito doente e que
precisa de ser operado. Mas o meu
pai não tem dinheiro, por isso eu
quero usar o meu".
"Quanto tens?" perguntou o irmão
do farmacêutico.
"Um euro e quinze cêntimos", respondeu
a menininha numa voz
quase inaudível.
"Bem, que coincidência" disse o homem.
"Um euro e quinze centos é
exactamente o que custa um milagre
para irmãozinhos.
Ele pegou no dinheiro com uma
mão e com a outra coçou a testa e
disse: "Leva-me a tua casa. Eu
quero ver o teu irmão e falar com
os teus pais. Veremos se tenho o
milagre que precisas".
Aquele homem bem vestido era o
Dr. Carlon Armstrong, um famoso
neurocirurgião. Realizou a operação
de graça e passado pouco tempo
o André estava de volta a casa,
com saúde.
A mãe e o pai estavam felizes a
conversar sobre a sequência de
acontecimentos que os tinha levado
até ali. "Aquela cirurgia" disse a
mãe, "foi um verdadeiro milagre.
Pergunto-me quanto teria custado".
A menininha sorriu. Sabia exactamente
quanto custava um milagre.
Um Euro e quinze cêntimos… mais
a fé de uma criança. Nas nossas vidas,
nunca sabemos de quantos
milagres necessitaremos.
Um milagre não é a suspensão da
ordem natural, mas a acção de
uma ordem superior. E é isto!
Uma bola é uma esfera, sem princípio,
sem fim. Mantêm-nos juntos
como o nosso círculo de amigos.
Mas o tesouro que ela esconde é o
tesouro da amizade. Sabemos que
manterá a bola a rolar.
Texto original em inglês:
The Miracle sugerido por Vera Korn
e traduzido por Henrique Ettner
M O M E N T O D E R E F L E X Ã O
O MILAGRE
Tikvá 57 • 16 Tikvá 57 • Fevereiro/Março Fevereiro/Março 17
ANTI-SEMITISMO CRIOULO
As eleições presidenciais cabo-verdianas do passado
mês de Fevereiro trouxeram à cena política de
Cabo Verde a velha questão do anti-semitismo. Naquela
antiga colónia portuguesa não existe uma Comunidade
Judaica, existem sim cabo-verdianos descendentes
de cripto-Judeus e de Judeus marroquinos e gibraltinos
que desembarcaram nas ilhas crioulas em
meados do século XIX. Benoliel, Cohen, Wahnon, Levy,
Benrós, Anahory, entre outros, são nomes comuns
entre a população cabo-verdiana.
Um dos candidatos às eleições, o antigo primeiro-ministro
Carlos Wahnon Veiga, é neto de James Levy
Bentubo Wahnon, um comerciante de nacionalidade
britânica, mas natural de Cabo Verde, filho e neto de
Judeus Lisboetas e Gibraltinos. Alguns órgãos de comunicação
social ligados
ao PAICV, o partido que
está actualmente no poder
e que apoiou o candidato Pedro Pires, solicitaram
ao Povo para que não votasse em Carlos Veiga, por este
ser Judeu....
Esta atitude foi claramente condenada por membros da
Igreja Católica, nomeadamente pelo órgão cristão de
formação e informação Terra Nova, que prontamente,
quer através do seu editorial, quer através de artigos
de opinião, denunciou os ataques anti-semitas como
sendo um atentado à democracia cabo-verdiana. O
Tikvá publica excertos de dois artigos publicados naquele
jornal no passado mês de Fevereiro.
Nuno Wahnon
O anti-semitismo tornou-se
mais agressivo depois das eleições
António Barbosa da Silva*
Tanto durante as duas campanhas eleitorais, como depois
das eleições de Janeiro e Fevereiro, circularam algumas cartas
electrónicas na Internet de conteúdo fascista e antisemítico.
Parece que a intenção dos autores dessas cartas
é, em primeiro lugar, a de denegrir a pessoa e a integridade
moral do Sr. Dr. Carlos W. Veiga, chamando-o, entre outros
nomes, de judeu porco, de explorador económico do
povo cabo-verdiano, etc., negando-lhe tanto o direito de ser
cabo-verdiano como o de ser nosso presidente, incitando,
ao mesmo tempo, os cabo-verdianos a desprezá-lo e a
odiá-lo, baseado nos argumentos seguintes:
- Os seus antepassados vieram como emigrantes para Cabo
Verde, e portanto não são autóctones.
- Os pais dele e ele são judeus e todos os judeus são amaldiçoados
por terem crucificado o nosso senhor Jesus Cristo.
- Os judeus são terroristas e responsáveis por todo o mal
que os palestinos árabes estão a sofrer hoje, etc.
Estes falsos e hediondos argumentos servem para pôr em
causa a candidatura do Sr. Dr. Carlos Veiga. Por isso, quero
perguntar: é isto uma sementeira do fascismo consumado
entre nós? Independentemente de como cada um responder
a esta pergunta pertinente, o conteúdo das referidas
cartas propagandas e fascistas serve para prejudicar o
Sr. Dr. Carlos Veiga, quer como pessoa, quer como cidadão
cabo-verdiano e político. Este estratagema é racista, fascista
e diabólico. (...)
Devemos, portanto, estar sempre vigilantes para que ninguém
use o seu direito à liberdade de expressão para negar
a outros os seus inalienáveis direitos humanos, por exemplo,
o de ser respeitado na sua dignidade humana e usufruir
da segurança pessoal e protecção contra difamação,
como o caso em questão ilustra.
* Professor de Ética e Filosofia de Ciências
na Universidade Stavanger, Norge (Norway).
Editorial
Frei António Fidalgo de Barros
Anti-semitismo? Sim, e com todas as letras. Em Cabo
Verde? Sim, em Cabo Verde, neste nosso país que desde
sempre, foi tido como um maravilhoso "laboratório"
onde povos de vária proveniência se encontraram e se
harmonizaram, fazendo esquecer origens e proveniências,
quer do norte quer do sul, quer do este quer do
oeste. Foi preciso que viessem as presidenciais de 2006
para nos desenganarmos e assistirmos, espantados, a
ataques imbecis contra cabo-verdianos de origem judaica,
como se estivéssemos em plena era nazi, com novos
Himmlers, novos Eichmanns e outros próximos colaboradores
do Fuhrer, prontos a organizar a prisão dos que
não sejam do grupo dos "melhores filho", e são, por
exemplo de origem judaica (!!!), e mandá-los definhar
em campos de concentração. (...)
Pois bem, na mesma altura em que o mundo livre e
democrático faz a memória do 60º aniversario do holocausto,
no qual 6 milhões de judeus, foram dizimados,
pelos homens de Hitler, eis que alguém que nos últimos
anos esteve à frente de um importante departamento
de ensino e espera agora sentar-se numa cadeiras
do Parlamento cabo-verdiano, escreve artigos em
jornais on line (a liberdade de expressão não tem limites
mas é só para os novos "Donatários" destas ilhas),
hostilizando, desprezando e insultando cabo-verdianos
de origem judia.
Conclusão: tudo leva a crer que se instalou no poder um
partido de natureza perversa e ameaçadora, cujos desígnios
estão ainda por desvendar. Contra os seus propósitos,
há que cerrar fileiras e lutar até ao fim. Até que o
barco da democracia volte de novo a singrar com segurança
os mares destas ilhas.
P.S. Que bom pensar que Jesus Cristo era judeu, bem como
sua mãe, seu pai adoptivo, seus apóstolos e todos os seus
primeiros discípulos!
A G E N D A E S P A Ç O A B E R T O
ASSEMBLEIA
GERAL
DOMINGO
9 DE ABRIL 2006, 15h00
Espaço Cultural e Biblioteca
Dr. Elias Baruel
na Sinagoga de Lisboa
Rua Alexandre Herculano, 59
L i v r o s
A Conspiração contra a América
Philip Roth
Dom Quixote, 2005
O que teria acontecido nos EUA e no mundo
se o célebre aviador anti-semita,
Charles Lindbergh, se tivesse apresentado
às eleições em 1940 e tivesse derrotado
Franklin Roosevelt? Partindo deste cenário
hipotético, Philip Roth, um dos mais
premiados escritores
americanos, conta o
que foi para a sua
família e para um
milhão de famílias judias
em todo o país, a
vida durante os anos
ameaçadores da presidência
de Lindbergh.
O Fantasma de Hannah Mendes
Naomi Ragen
Editora Replicação, 2005
As fascinantes memórias
de Hannah Mendes - a
"Senöra", a indómita
mulher de negócios do
Renascimento, fugida à
Inquisição - são descobertas
pelas suas descendentes
actuais, duas
jovens de Manhattan.
Através da sua versão ficcionada,
a autora conduznos
ao ambiente do séc.
XVI na Europa, e dá-nos conhecimento do
terror da Inquisição, primeiro em Espanha,
com os Reis Católicos e mais tarde em Portugal.
Les debuts du Bne Akiba en Europe.
L'action | Paul Roitman
Documentos reunidos
por sua filha Betty Roitman.
O livro inclui um capítulo sobre Portugal.
O livro pode ser encomendado pela
Internet no endereço comercial do jornal
ACTUALITÈ JUIVE , www.actujboutique.fr
Informações gerais s/ a Actualité Juive no site
www.actuj.net ou tel: 00 331 43 60 20 20
Dulce lo vivas | Ana Bensadón
Colecção MR Cocina - Grupo Planeta
Prólogos de Juan Mari Arzak
e Rabino Benito Garzon .
Ana Bensadón tem estado a
realizar uma viagem às suas
origens para seleccionar os
melhores legados gastronómicos,
de uma riqueza incalculável.
Mulheres de países distantes
como Canadá, Venezuela, França,
Marrocos também partilharam as suas receitas
e as dos seus antepassados para
criar assim, pela primeira vez, esta completa
e cuidada compilação, reveladora de
uma herança cultural fascinante.
Grandes Mentiras - Demolindo
os mitos da Propaganda de Guerra
Contra Israel | David Meir Levi
Director do Israel
Peace Iniciative
Introdução de
David Horowitz
Via Occidentalis
Editora Lda
Av. Do Brasil,
88 - 4º Esq.
Tel: 91 974 3431
occidentalis
@netcabo.pt
R E L I G I Ã O
18 Tikvá 57 • Fevereiro/Março
A S N O S S A S S U G E S T Õ E S
A CIL NA TV
RTP 2
3 de Abril - 2ª Feira - 18h30
Fé dos Homens
O Massacre dos Judeus
de Lisboa de 1506
Eventual mudança no horário da emissão
é de total responsabilidade da emissora.
Participe nos Serviços Religiosos da nossa Comunidade
A partir de 1 Abril - novo horário ! 6ªs feiras às 20h00 Sábados às 9h00
Venha e traga toda a sua família !
Quer estudar Talmud ou saber mais
sobre esta obra fundamental da nossa Torá?
Venha saber mais sobre ciclo mundial DAF YOMI
De 2ª a 5ª feira - às 08h30 na nossa Sinagoga.
Grupo de Estudos sobre a Parashá da semana
Todas as 6ªs feiras na Sinagoga. Aberto a todos.
A partir de 1 de Abril - novo Horário - às 19 horas
Coordenação: Alain Hayat
PRODUTOS CASHER LE PESSACH 5766
Caro Correligionário
É com imensa satisfação que comunicamos a todos que a Loja Corte Inglês em Lisboa
terá este ano novamente a disposição a partir do início do mês de Abril um Stand completo
com produtos CASHER LE PESSACH, inclusive carne.
* A CIL não se responsabiliza pela comercialização, distribuição e qualidade destes produtos que são da inteira responsabilidade do seu distribuidor.
Tefilá da véspera - 4ª F - 12 Abril às 8h30 seguida de siyum massehet para os behorot
(primogénitos)
• 1ª Noite - 4ª F - 12 Abril às 20 hs
• 1º Dia - 5ª F -13 de Abril - Tefilá às 9hs - Minchá às 20 hs
• 2ª Noite - 13 de Abril às 20h30
• 2º Dia - 6º F - 14 Abril - Tefilá às 9h - Minchá às 19h30
Cabalat Shabat (chol ha moed) - 14 Abril às 20 hs
Chabat chol hamoed 15 de Abril Tefilá às 9 hs - Minchá às 20 hs - saída às 20h58
• Véspera 7º dia - 3ª F - 18 de Abril às 20 hs
• 7º Dia - 4ªF - 19 de Abril Tefilá às 9hs - Minchá às 20 hs
• 8º Dia - 19 de Abril - Arbit às 20h30
• 8º Dia - 5ª F - 20 de Abril Tefilá às 9hs - Minchá às 20:00 - Saída às 21h05
Tikvá 57 • Fevereiro/Março 19
Actividades Sociais e Culturais
Movimento Juvenil Dor Chadash de Lisboa - Ano V
A cada semana um novo participante! Mais de 80 jovens já participam. Agora só falta você !
Actividades todos os domingos, das 15h30 às 19h00 no Maccabi Country Club
Jovens e crianças a partir dos 3 anos | Participação: 5 € por semana
Descontos especiais na compra de senhas antecipadas
Coral Etz Chaim - Ano IV Coral Musical representativo da CIL
Para adultos entre os 20 e os 60 anos
Encontros semanais - às 3 ª e 5ª feiras, das 19h30 às 20h30 - Monte Olivete
UPEJ - União Portuguesa de Estudantes Judeus
Super actividades mensais para jovens entre os 18 e 30 anos
LEHAKAT HAMACCABI GRUPO DE DANÇA ISRAELI
NÃO PERCAM! TODOS OS DOMINGOS DAS 12h00 ÀS 13h30 - NO MACCABI
JOVENS DOS 12 AOS 25 ANOS
Mais informações e inscrições através da nossa secretaria.
Participe nas actividades e eventos da nossa Comunidade, pois a nossa Comunidade é você.
A S N O S S A S A C T I V I D A D E S
20 Tikvá 57 • Fevereiro/Março
Grupo Guil Hazaav - Ano IV (Idade de Ouro)
Não perca mais tempo ! Venha participar connosco !
Actividades Especiais Permanente (música, ginástica, palestras, passeios ...)
Para adultos a partir dos 60 anos | Encontros semanais às 4ªs feiras, das 15h30 às 17h00
Sede no Monte Olivete | Participação: 5,00 €
Tikvá 57 • Fevereiro/Março 21
MACCABI COUNTRY CLUB
3ª a 6ª Feira - Das 9h00 às 17h00
Tel: 21 9111188 - Tratar com Rosina | maccabi@netcabo.pt
H O M E N A G E N S
Participe nestas homenagens. Actualize os seus registos junto da nossa secretaria através do tel. 21 393 1130
de 2ª a 5ª feira - das 14h00 às 17h00 | administrativo@cilisboa.org
22 Tikvá 57 • Fevereiro/Março
ANIVERSÁRIOS
MARÇO
Ester Ruah 1
Zeev Grozovinski 2
Sheley Anne Porton 2
Clara Ruah 2
Sonia Huli Bernfeld 4
Isaac Chazan 4
Manuel Joaquim de Jesus 4
Micael Schartzman Steinhardt 4
Rosy Rosenthal 12
Vivian Bernfeld 13
Elie Alain Hayat 14
Pedro Banon de Jesus 14
Tommy Lederer 16
Daniela Schliesser 17
Sara Mucznik 18
Lívia Cohen Catran 19
Rafael Arié 19
Erich Brodheim 21
Lucia Cohen Catran 22
Lici Botbol 23
Daniel Bento 25
Issac Bitton 31
Miriam Brodheim 31
ABRIL
John Kahn 4
Estrella Assayag 8
Maya Koshét 12
Noy Koshét 12
Lucia Amram 16
Ruth Kahana Geyer 17
Diana Kolinski 17
Tal Yarkoni 17
Moritz Abolnik 24
Ruth Arons 26
Joana Sequerra Amram 27
MAIO
Ralph George Bernfeld 4
Mª Teresa Pereira Alves Dias 5
Diana Ettner 5
David Kolinski 6
Nella Maissa 7
Abraham Guerra 15
Amália Garcia Stieglitz 15
Howard Tenenbaum 15
Ronald Brodheim 18
Robert Sternberg 18
Ana Sofia Joanes 21
Saghi Koshét 26
Miguel Benoliel Kadosch 27
Tatiana Prist 27
Ben Atzmon 29
Ana Regina Alexandre 30
Paula Holly
NASCIMENTO / BRIT MILÁ
Alexandre Grossman - nasceu no Dia 3 de Fevereiro, 5 de Shevat.
Filho de Marina e Guilherme Grossman
Brit Milá - Dia 12 de Fevereiro - 14 de Shevat
Mazal Tov !! Os nossos parabéns e os votos de
muitas felicidades a todos!
NOTA DE FALECIMENTO
É com profundo pesar que comunicamos o falecimentos de:
Amélia Ezaguy Coimbra Z´L (Q.D.T)
23 de Janeiro de 2006 / 23 de Tevet de 5766.
Myriam Mayper Z´L (Q.D.T)
29 de Janeiro de 2006 / 29 de Tevet de 5766 na Califórnia.
Foi enterrada no Hebron Cemetery - Queens, New York
Malgorzata Kaczor Wirth Z´L (Q.D.T)
13 de Fevereiro de 2006 /15 de Shevat de 5766
Sophia Buzaglo de Paiva Rapozo Z´L (Q.D.T)
26 de Março de 2006 / 26 de Adar de 5766
Apresentamos as nossas sentidas condolências às Famílias enlutadas
Desejamos muito sucesso ao amigo e colaborador João Carlos Souza
Paula que seguiu para Israel no mês de Janeiro para um KIBUTZ
GUIUR onde poderá concluir a sua tão sonhada conversão.
Be atslachá Rabá !
N A H A L O T
Sábado 18/03 Moisés Benazra 18
Maks Azriel 18
Erich Neumann Efraim Bar Isaac 18
Isaac Joshua Levy 19 VEADAR
Esther Marques 20
Haim Lev Ben Michael 22
Abraham Levy 22
Isaac Hayat 23
António Azancot 23
Paul Beldock 23
Krysla Broder 23 VEADAR
Sábado 25/03 David Querub 25
Alexander Krausz 25 VEADAR
Lydia Segre Basola 26
Jacob Assor 27
Marcos Levy Ayash 28
Rafael Marques 28
Simy Wartenberg 28
Luna Esaguy 28 VEADAR
Sábado 25/03 Ursel August 1 NISSAN
Luna Cardona Sta Ana Leite 2
Sábado 01/04 Hannah Sequerra 3
Jaime Issan Bendrao 3
Salomão Benoliel 4
Szayndla Burtin 4
Samuel Liebermann 5
Leonardo Araújo 5
Jacob Wainsteim 5
Jaime Sabat Azancot 6
Isaac Assor 6
Leon Sorin 7
Golda Katzan 8
Haim Levy 8
Pacifico Esaguy 8
Asha Marques 9
Deborah Mª de Lurdes Ayash 9
Mercedes Benodis 9
Sábado 08/04 Isaac Holly 10
Elias Azancot 11
Salomé Blumberg 11
Rev. Abraham Castel 12
David Kolinski 13
Isaac José Benoliel 13
Judah Leão Pimenta 14
Samuel Tiano 14
Esther S.Sequerra 14
Josef Friman 16
Alfred Feist 16
Mazaltob Assor 16
Rebeca Benoliel 16
Sábado 15/04 Henry Karro 18
Ellen Nachmann 19
Leonor Benoliel 20
Fritz Loewenthal 20
Siegfried Weinberg 20
Simy Bensusan Castel 20
Leonor Benoliel 20
Salomão Alves Levy 22
José Bentes Ruah 23
Sábado 22/04 Samuel Dreiblatt Sequerra 24
Carlota Arons 24
Simy Cohen Kadosh 24
Rachela Lakeland 24
Ester Droznik Bensimon 24
Liba Goldrajch 25
Mery Azancot 27
Lice Buzaglo Seruya 28
Raquel Ruah 30
Abrahão Sorin 30
Sábado 29/04 Max Korn 1 IYAR
Rosica Davidof 2
Jacob José Levy 4
Joana Edith Singer 4
Maria Matilde Del Negro Feis 4
Moisés Aron Nojmark 5
Louis Aberlé 5
Haim Bendelac 7
Sábado 06/05 Rabi Menahem Diesendruck
Bar Abraham 8
Salvador Sabah Azancot 8
Ruben Esaguy 8
Esther L. Adrahi 8
Dário Azancot 8
Shemtob Ruah 9
David L. Adrahi 11
Simantob Fresco 12
Sapese Noymark 14
Arão Benarus 14
Ledicia Assayag Drozdzinski 14
Abraham Helazar 14
Mazal Tov !!
Os nossos parabéns e os votos
de muitas felicidades a todos !
TIKVÁ
Envie os seus textos e sugestões para TIKVÁ até ao dia 30 de cada mês.
Rua do Monte Olivete, 16 r/c. esq. 1200-280 Lisboa | e-mail:tikvá@cilisboa.org
A quem se dirigir
Horário de funcionamento da Secretaria
Segunda a Quinta-feira, das 9h00 às 17h30
Sexta-feira e vésperas de festas judaicas, das 9h00 às 13h00
Horário de almoço
das 13h00 às 14h00
Atendimento ao público
Segunda a Quinta-feira, das 13h00 às 17h30
Os espaços para reuniões devem ser agendados
com aviso prévio, mínimo de 48 horas
Tesouraria
Maria João Geraldes
tesouraria@cilisboa.org
Telf. 213 931 134
Atendimento de Segunda a Quinta-feira, das 10h00 às 13h00
Telf. 213 931 130 | Fax 213 931 139
Director Executivo
Marcos Prist
director@cilisboa.org
Movimento Juvenil Dor Chadash
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Secretária
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Visite o nosso site: www.cilisboa.org
Direcção
Presidente Jose Oulman Carp
Vice-Presidente Esther Mucznik
Vice-Presidente Ronald Brodheim
Tesoureiro José Salomão Ruah
Secretário Eva Ettner
Vogal efectivo Clara K. Cassuto
Vogal efectivo Charles Arie
Vogal efectivo Sonia Hulli Bernfeld
Vogal efectivo Arnaldo Grossman
Vogal Suplente Salomão Kolinski
Vogal Suplente Vera G. Ferreira
Assembleia Geral
Presidente Moisés Bendrao Ayash
Vice-Presidente Mordechai Atsmon
1º Secretário Nuno Wahnon Martins
2º Secretário Diana Ettner
Conselho Fiscal
Presidente Samuel Tuati
Vogal Efectivo David Bentes Ruah
Vogal Suplente Guilherme Grossman
Presidente Honorário
Dr. Samuel Ruah