Tikvá n.º 62, 7º ano
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Uma edição com muito
para contar
O nosso Tikvá na sua edição de nº 62
chega com vários e importantes temas
a serem lembrados e reflectidos. Podíamos
começar por lembrar a passada,
mas recente comemoração de mais
uma grandiosa e alegre celebração de
Chanuka na nossa comunidade, momento
este bem ilustrado nesta edição.
Já a seguir lembrarmos a chegada de
mais um "Ano novo das Árvores" - Tu
Bishevat, data que de certeza não será
menos comemorada na CIL (fica prometido
para próxima edição) e sobre a
qual para já trazemos material explicativo
especial.
Esta edição marca também dois tristes
episódios da nossa história judaica
contemporânea: Hashoá e o sequestro
dos jovens soldados em Israel. O primeiro
marcado pela celebração em todo
o mundo e logicamente também em
Portugal do 27 de Janeiro - DIA MUNDIAL
DA LEMBRANÇA DO HOLOCAUSTO
e o outro infelizmente bem mais recente
em termos históricos, marcado pela
lembrança e tristeza de que passado
mais de meio ano, nada ou pouco se sabe
sobre os três jovens soldados sequestrados
em pleno território israelita,
restando sempre entretanto a forte esperança
de que regressem com vida
aos seus lares e as suas famílias.
Temos ainda muito para contar sobre o
Judaísmo no mundo, a despedida do
inesquecível Ted Kollek e principalmente
os importantes e recentes factos
ocorridos na querida Comunidade
Judaica do Porto.
Enfim…só nos resta dizer que esta
edição foi como sempre feita com muito
carinho para si. Esperemos que a aprecie!
Marcos Prist
E D I T O R I A L
Aristides de Sousa Mendes
Um grande português!
No programa em curso "Os Dez Maiores Portugueses",
foi votado o nome Aristides de Sousa Mendes. Esta
votação causou surpresa em muita gente, porque os
valores que nortearam a sua acção não são aparentemente
aqueles que estão mais em voga.
A. S. Mendes era cônsul em Bordéus quando tem início
a segunda Guerra Mundial. As tropas de Hitler avançam
rapidamente sobre a França e multidões de homens e
mulheres desesperados afluem ao consulado, implorando
um visto para Portugal. Mas pela Circular 14, Salazar
proibira a concessão de vistos a "estrangeiros de nacionalidade
indefinida ou em litígio, os apátridas, ou judeus
que tenham sido expulsos do seu país de origem ou do
país de onde são cidadãos". Aplicar esta circular seria
condená-los à morte nos campos de extermínio nazi.
Aristides de Sousa Mendes sabia o risco que corria. Mesmo
assim, a 16 de Junho de 1940 decide dar vistos a todos
os refugiados que o pedissem: "A partir de agora,
darei vistos a toda a gente, já não há nacionalidades,
raça ou religião". Com a ajuda dos seus filhos e sobrinhos
e do Rabino Kuger, carimba passaportes, assina vistos,
usando até simples folhas de papel. "Se há que desobedecer,
prefiro que seja a uma ordem dos homens
do que a uma ordem de Deus." Desobedecendo a Salazar
dá cerca de 30 mil vistos a refugiados de todas nacionalidade,
incluindo a cerca de dez mil judeus
De volta a Portugal, foi punido, privado das suas
funções diplomáticas e enviado para a reforma. Sem
meios para sobreviver e com 12 filhos, frequenta a Cozinha
Económica israelita e vê-se obrigado a recorrer à
solidariedade da Comunidade judaica de Lisboa, que o
ajuda com uma pequena renda mensal, e a alguns judeus
que ele salvara e que se tinham refugiado nos
EUA. Em Portugal, toda a gente lhe vira as costas e A.
S. Mendes acaba por morrer só e doente, a 3 de Abril de
1954.
Em 1961, o YAD VASHEM planta vinte arvores em sua
memória, em Jerusalém, e em 1966, é-lhe atribuído
o título de "Justo entre as Nações". Em Portugal foi
preciso esperar até 1987 para a República Portuguesa
iniciar o seu processo de reabilitação.
Aristides de Sousa Mendes é o homem que só e
contra as ordens do seu governo mais vidas humanas.
Tem pois um lugar profundamente merecido
entre os "Dez Grandes Portugueses". A nossa gratidão
como judeus e como seres humanos poderá fazer
dele o maior dos "Grandes Portugueses".
Esther Mucznik
Vice-Presidente
2 Tikvá 62 • Janeiro/Fevereiro
FICHA TÉCNICA Director Esther Mucznik Chefe de
Redacção Marcos Prist Colaboradores Camila Welikson,
Diana Ettner, Gabriel Steinhardt, Henrique
Ettner, Nuno Martins e Samuel Levy Concepção
e produção gráfica Raimundo Santos
Tikvá 62 • Janeiro/Fevereiro 3
Dear José Oulman Carp,
Please forgive that my writing of Portuguese is
not good enough for my response to your recent
email.
On behalf of my mother and brothers, I would like
to express our deep sense of gratitude for
your condolences.
This is indeed a very difficult time for us. We loved
Sebastião very dearly and will always miss
him. Now he will continue to live on in our minds.
I hope to be able to bring my father's ashes back
to Cabanas de Viriato where he may forever rest
in peace.
I have been to Portugal many times but I very
fondly remember my visit in 1995, for the Homenagem
Nacional a Aristides de Sousa Mendes,
at which time I had the great pleasure to meet
many members of the Comunidade Israelita de
Lisboa. Their truly warmhearted hospitality will
always be appreciated and remembered by me,
as is this moment.
With my very best regards,
--
Sebastian Mendes
Associate Professor of Art
FI-107 Department of Art
Western Washington University
Bellingham, WA 98225-9068
m e n s a g e m d a d i r e c ç ã o C A R T A S R E C E B I D A S
OHolocausto foi uma tragédia
única e inegável. Decorridas
várias décadas, a matança sistemática
de milhões de judeus e
de outras pessoas continua a
chocar-nos. O facto dos nazis
conseguirem conquistar adeptos,
apesar do seu carácter profundamente
depravado, continua
a infundir temor. E, acima
de tudo, subsiste a dor: nos sobreviventes
idosos e em todos
nós, membros da família humana,
que fomos testemunhas dessa
descida à barbárie.
A recordação constitui uma homenagem
aos que pereceram;
mas também desempenha um
papel crucial nos nossos esforços
para conter a tendência da crueldade
humana. Mantém-nos vigilantes
perante novos surtos de
anti-semitismo e outras formas
de intolerância. Além disso,
constitui uma resposta essencial
aos que sustentam erradamente
que o Holocausto não aconteceu
ou que foi exagerado.
O Dia Internacional em Memória
das Vítimas do Holocausto é um
dia em que devemos reafirmar a
nossa adesão aos direitos humanos,
uma causa que foi brutalmente
profanada em Auschwitz bem
como pelos genocídios e atrocidades
cometidos desde então.
Devemos também fazer algo
mais do que recordar; devemos
velar por que as novas gerações
conheçam essa parte da história.
Devemos aplicar as lições do Holocausto
ao mundo actual e fazer
tudo o que estiver ao nosso alcance
para que todos os povos
gozem da protecção e dos direitos
que a ONU defende. Neste
Dia Internacional, reitero o meu
firme empenho em cumprir essa
missão e apelo a todos a nos
unirmos nesta busca conjunta em
prol da dignidade humana.
ONU aprova resolução condenando
a negação do Holocausto
O mundo responde ao Irão e 103 países aprovam a resolução condenando
a negação do Holocausto e reafirmando a sua existência. A votação
ocorreu na Assembleia-Geral da ONU. Apenas o Irão protestou e
votou contra. A proposta apresentada pelos Estados Unidos foi co-patrocinada
pelos 103 países que votaram a favor. A resolução "condena
sem reservas qualquer negação do Holocausto" e convoca todos os
países membros a rejeitarem qualquer forma de negação do Holocausto
como evento histórico, no seu todo ou em parte e a rejeitar qualquer
actividade com essa finalidade.
AComunidade Israelita de Lisboa realizou
uma cerimónia especial por ocasião do Dia
da Memória do Holocausto. O encontro ocorreu
no próprio dia 27 de Janeiro - data oficial - na
Biblioteca Elias Baruel da Sinagoga que contou
com presença de dezenas de pessoas entre os
quais convidados, membros e simpatizantes da
CIL. Entre os convidados destacamos as
ilustres presenças do Embaixador de Israel -
Sr. Aaron Ram juntamente com a sua esposa
Edna Ram e membros do corpo diplomático, o
Padre Peter Stilwell da Igreja Católica, o Dr.
Abdool Vakil e o Sheik David Munir da Comunidade
Islâmica, a Arq. Ana Castro Freire - Assessora
do Presidente da CML e o Deputado
José Rebelo do CDS.
"I Like Israel"
Uma mega-manifestação teve lugar na Alemanha (Berlim),
no passado dia 28 de Janeiro - exactamente um dia
depois das comemorações do dia oficial de Memória do Holocausto
(dia 27 de Janeiro). Este mega-evento pretendeu
chamar a atenção para a negação do Holocausto e para o
anti-semitismo recentemente expressos pelas autoridades
iranianas. A ideia surgiu de uma organização não-governamental
alemã sediada em Munique - ILI (I Like Israel) presidida
por Lio Sukarevitch e que pretende mobilizar amigos
e apoiantes de Israel, constituindo iniciativas similares
noutras capitais europeias, nomeadamente em Portugal.
Fonte: Depart. Político e Relações Públicas - Emb. Israel em Lisboa
"Dia do Judaísmo" na Polónia
O `Dia do Judaísmo', instituído pelo Papa João Paulo II
na Igreja Católica da Polónia, contou com serviços religiosos
conjuntos e workshops sobre a influência cultural
da religião. O 10º Dia Anual do Judaísmo celebrado em
Gdansk, reuniu delegados da igreja católica e da comunidade
judaica polaca. Stanislaw Krajewski, representante
do American Jewish Committee em Varsóvia e autor
de diversos livros sobre as relações judeo-polacas,
disse à Rádio da Polónia: `Este é um evento muito significativo,
talvez o único dia nacional que é observado
pelas igrejas de todo o país. Isto mostra a dimensão universal
da religião judaica para a Cristandade, em especial
a importância dos judeus na história da Polónia`.
Fonte: JTA
Família muçulmana que salvou judeus
do Holocausto é homenageada
Uma família muçulmana que salvou 26 judeus dos
nazis, levando-as em segurança para as montanhas da
Albânia Central foi homenageada com o `Courage to
Care Award`. A distinção foi conferida postumamente a
Mefail e Njazi Biçaku, no Dia Internacional do Resgate,
17 de Janeiro na cidade de New York e recebida pelos
seus familiares Muhamet Biçaku, Elida Hazbiu e Qemal
Biçaku, dois dos quais vieram da Albânia.
Fonte : ADL
"Irão quer imitar Hitler",
afirma Grão Rabino Rabino de Israel
O grande rabino ashkenaze de Israel, Yonah Metzger,
afirmou em Roma, que o Irão quer imitar o líder nazi
Adolf Hitler ao atacar Israel e pediu à comunidade internacional
que reaja à ameaça representada pelo país
persa. Metzger participava numa reunião para o diálogo
judaico-cristão organizado pela comunidade católica
Santo Egídio na capital italiana. " Dirijo-me a vocês para
advertir contra quem tenta imitar Hitler atacando o
Estado de Israel, e actualmente a ameaça vem do Irão.
Peço aos chefes de Estado de todo mundo que reajam
agora contra aqueles que ameaçam o meu povo e o
meu país. Não reagir seria um pecado grave", disse. O
presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad já pôs em
dúvida mais de uma vez o Holocausto e diz que Israel
"deve ser varrido do mapa".
27 DE JANEIRO - DIA INTERNACIONAL DA MEMÓRIA DO HOLOCAUSTO
4 Tikvá 62 • Janeiro/Fevereiro Tikvá 62 • Janeiro/Fevereiro 5
E S P E C I A L H O L O C A U S T O
Resolução 60/7 da ONU de 1/11/05
Mensagem do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon
por ocasião da segunda celebração do Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto
(27 de Janeiro de 2007)
CIL realiza cerimónia especial
Mais fotos em www.cilisboa.org/activities.htm
6 Tikvá 62 • Janeiro/Fevereiro Tikvá 62 • Janeiro/Fevereiro 7
Um sobrevivente do Holocausto
com 77 anos de idade celebrou
a sua Bar-Mitzvah, em Roma
Samuel Modiano, membro da comunidade, nasceu em
Rodes, Grécia. Aos treze anos foi feito prisioneiro no campo
de Auschwitz, o que o impediu de celebrar a sua Bar-
Mitzvah. Perdeu 60 membros da família no Holocausto.
No passado mês de Janeiro, na Grande Sinagoga de Roma
e na presença de centenas de membros da comunidade,
completou, ao mesmo tempo que o seu neto, o que
não tinha feito como resultado dos terríveis eventos durante
a sua juventude. "É um belíssimo exemplo da tradição
judaica a bater dentro do coração de cada Judeu",
disse o Rabino-Chefe de Roma, Ricardo DiSegni, no final
do serviço. "O momento mais emocionante foi quando o
Samuel descobriu o braço para enrolar os Tefilin, expondo
o número tatuado." Depois da Shoah, Modiano emigrou
para o Congo onde se tornou comerciante. Devido a
instabilidade social naquele país, estabeleceu-se em Roma.
DiSegni partilhou a história de Modiano com os muitos
convidados que vieram celebrar, contando-lhes como
ele foi conduzido, junto com a sua família, para os campos
de concentração. Modiano agradeceu à Comunidade
Judaica por o acompanhar nesta ocasião especial.
Itália condena dez nazis
por massacre de 1944
A Itália condenou dez ex-integrantes da tropa de choque
nazi à prisão perpétua por terem participado no pior massacre
da Segunda Guerra Mundial ocorrido em solo italiano.
Os réus, todos eles na faixa dos 80 anos, foram julgados
in absentia por um tribunal militar em La Spezia. Acredita-
se que todos vivam na Alemanha. O tribunal considerou-
os culpados das mortes de centenas de moradores da
cidade de Marzabotto, perto de Bolonha, e duas vilas vizinhas,
Grizzana e Monzuno. "Este julgamento foi alcançado
em nome do povo italiano e de acordo com a lei depois de
um julgamento muito difícil", disse o chefe do tribunal militar,
Vincenzo Santoro, de acordo com informações da
agência France Press. O número de mortos é estimado em
mais de 700, com alguns registos indicando mais de 1,8
mil. As vítimas - que foram mortas entre 29 de Setembro
e 5 de Outubro de 1944 - incluíam cerca de 300 mulheres
e 40 crianças com menos de dois anos de idade, além de
cinco padres. Uma testemunha, Gianfranco Lorenzini, que
tinha 13 anos na época do massacre, disse que os nazis
"atiravam recém-nascidos para o ar, matavam-nos com
metralhadoras e violavam as mulheres." No total, 17 pessoas
foram acusadas, mas sete foram absolvidas.
Khaled Abd al-Wahab, um camponês tunisino falecido
em 1997, é o primeiro árabe designado candidato
à distinção de "Justo entre as Nações" atribuída
pelo Yad Vashem. O pedido de atribuição desta distinção
foi submetido pelo Dr. Robert Satloff, um judeu
americano especialista em questões políticas árabes e
islâmicas, no seguimento dos seus trabalhos sobre
árabes que teriam salvo judeus durante o Holocausto.
O testemunho prestado por uma mulher judia salva por
Al-Wahad, é o centro deste pedido. Anny Boukris, de 73
anos, habitante de Los Angeles, contou como Abd al-
Wahab a tinha retirado do seu esconderijo, junto com
24 pessoas da sua família, e os tinha escondido na sua
quinta até ao fim da ocupação alemã. Anny Boukris, na
altura com 11 anos, explicou que Adb al-Wahad tinha
posto em risco a sua própria vida ao impedir que um
oficial alemão violasse a sua mãe. Felizmente para ele,
Satloff conseguiu obter este testemunho preciso, apenas
algumas semanas antes da morte de Anny Bourkis.
Deslocou-se então à quinta e interrogou testemunhas
que confirmaram a declaração. Numa entrevista ao
Haaretz, Satloff disse que esperava que esta pesquisa
contribuísse para quebrar a "Conspiração de Silêncio"
que no mundo árabe circunda a questão da protecção
de judeus durante o Holocausto. Satloff, especialista
em questões do Médio Oriente e director do Washington
Institute for Near East Policy, começou as suas pesquisas
em 2001 após o ataque ao World Trade Center.
"O atentado determinou a minha escolha de combater
a negação do Holocausto no mundo árabe, porque na
minha opinião é uma das fontes de mal-entendidos entra
o Ocidente e o Islão."Satloff estima que os métodos
tradicionais de ensino do Holocausto " foram à falência"
no mundo árabe. "Procurei uma nova abordagem e
pensei que, se encontrássemos árabes que tivessem
salvo judeus durante o Holocausto, esta seria a resposta
mais falante perante a sua negação". Foram identificados
até agora mais de 21.000 Justos entre as
Nações, entre os quais cerca de 60 muçulmanos que
efectivamente salvaram judeus, a maior parte originários
da Bósnia e da Albânia. Não há um único árabe
entre eles. Segundo Satloff, "mais de meio milhão de
judeus habitava a África do Norte durante a ocupação
dos nazis e dos seus aliados. Foram alvo das mesmas
perseguições que os judeus europeus, excepto quanto
à solução final. Não é lógico que neste contexto não se
tenha encontrado um único árabe que tenha salvo um
judeu." A resposta a este enigma foi encontrada no decurso
da pesquisa. Statloff conseguiu identificar alguns
itinerários pessoais : "Havia histórias espantosas. Imãs
de Alger publicaram na época uma fatwa que proibia os
muçulmanos de fazer parte da partilha das propriedades
retiradas ao judeus. Algumas pessoas arriscaram
as suas vidas para salvar judeus ".
Amiram Barkat para Haaretz
Reconhecimento do primeiro árabe
"Justo entre as Nações"?
E S P E C I A L H O L O C A U S T O
27 DE JANEIRO - DIA INTERNACIONAL DA MEMÓRIA DO HOLOCAUSTO
Por motivos diferentes, muitas mulheres optam por
interromper a gravidez, abortando o feto que têm em seu
ventre. Há certas ocasiões em que as razões que as levam
a esta decisão são de carácter económico,
porque o casal, ou a pessoa, considera que não
tem os meios necessários para manter a
criança que iria nascer, tomando em conta as
exigentes necessidades que a nossa sociedade
impõe aos seus membros. Outras pessoas
optam pelo aborto porque consideram
que emocionalmente não podem enfrentar
todas as implicações que significa trazer um
ser humano a este mundo. Certas sociedades
modernas estimulam o controlo da natalidade
por considerarem que não podem solucionar
os problemas que um aumento de população
representa. Um dos métodos de controlo é o
aborto.
Toda a mulher deve poder decidir por si própria o que
deseja fazer com o seu corpo. O Talmude afirma:
"Úbar yérej imó", que significa que o feto faz parte do corpo
da mulher e por isso carece de individualidade própria.
Por exemplo, no caso da conversão de uma mulher grávida
ao judaísmo, a conversão é igualmente válida para o
bebé quando nasce.
O Talmude considera também o facto do feto poder
ameaçar a vida da mãe. Em tal eventualidade, interrompemos
a gravidez para salvar a vida da mãe. Rambam
[rabino Moshe ben Maimon, conhecido como Maimonides
(1135-1204)] menciona que o feto pode ser
considerado como rodef (perseguidor) nos casos em
que ponha em perigo a vida da mãe. Segundo outras
apreciações [outros comentadores e talmudistas] se
conclui que não se pode qualificar o feto de rodef por
este carecer de vontade própria e não ter a faculdade
de poder escolher livremente a sua conduta.
Agora, podemos afirmar que o feto é uma criatura à parte
e independente da sua mãe? Ou talvez considerar o feto,
antes do seu nascimento, como uma espécie de órgão
adicional da mãe. O Talmude ensina que se lhe proporciona
uma alma ao embrião no momento da
concepção. É claro que, segundo o Talmude, o
feto possui individualidade e, por isso, é um
ser aparte da mãe, e não pode ser considerado
como um outro órgão da mesma forma.
O Talmude refere-se ao embrião durante
os primeiros quarenta dias de gestação
como mayá beamá, que quer dizer
"simplesmente água'. Podemos deduzir que
até este momento não se considera o embrião
como um ser humano em todo o sentido.
Mas tão pouco se implica que deixemos de apreciar
que estamos frente a uma vida humana em
potência.
O factor determinante é sem dúvida a saúde e o bemestar
da mãe.
Nos casos em que o feto tem deficiências genéticas a nossa
tradição desaconselha o aborto porque não existe a certeza
da falha que se aprecia não pode ser corrigida no futuro.
E que diferença terá para nós o conceito de vida de
um ser que tem deficiências com um que não tem?
Teremos sempre em conta os efeitos negativos que um
bebé nestas circunstâncias pode trazer para à mãe, se a
mãe afirma e decide que não quer dar à luz um filho com
sérias deficiências mentais ou físicas e isso será motivo
para o seu desespero, aqui se pode pensar na possibilidade
de fazer um aborto, pois a nossa responsabilidade
primária tem a ver com a saúde e o bem estar do ser humano
integro, que neste caso é a mãe.
In "Reflexões Sobre o Aborto" (1991)
Luz - Textos e Depoimentos (Âncora, 2001)
Acircuncisão masculina pode reduzir
para metade a taxa de infecção
com o vírus da sida, concluem dois ensaios
clínicos envolvendo milhares de
pessoas em África, que confirmam os
resultados de estudos anteriores. Na
prática, os resultados comprovam que
os homens circuncidados têm um risco
50 por cento mais baixo de contrair
o HIV. E que a circuncisão de rapazes
e homens poderá ajudar a evitar milhares
de novos contágios e mortes por
sida no continente mais flagelado pela
doença.
Os estudos foram realizados no Uganda
e no Quénia e envolveram oito mil
homens heterossexuais. No Quénia, o
estudo revelou uma quebra de 53 por
cento de novas infecções com o HIV
entre os homens sujeitos à operação.
No Uganda, a investigação concluiu
que houve uma redução de 48 por
cento no mesmo grupo.
Os investigadores explicam que a
remoção cirúrgica do prepúcio ajuda
a reduzir a hipótese de infecção
porque a pele que cobre a glande
contém células que o vírus conseguirá
infectar mais facilmente. Por
outro lado, depois da circuncisão, a
pele por baixo da glande torna-se
menos sensível e menos sujeita a
ferimentos que facilitam o contágio.
Já em Julho deste ano dois investigadores
da Organização Mundial da
Saúde (OMS), através da revisão de
vários estudos, calculavam que "a
circuncisão masculina poderia evitar
seis milhões de novas infecções e salvar
três milhões de pessoas na África
subsariana nos próximos 20 anos".
Ontem, em declarações à BBC, o responsável
pelo combate à sida na OMS
considerava os resultados dos ensaios
um "avanço científico significativo",
mas sublinhava que a operação cirúrgica
não seria a solução milagrosa
nem pode substituir as actuais estratégias
de combate à doença. Não
se pode passar a mensagem de que os
homens ficam protegidos da doença.
Este deverá ser "uma forma de actuação
importante" a juntar aos restantes
meios de prevenção, defendeu.
M O M E N T O D E R E F L E X Ã O
Aborto: Uma Perspectiva Judaica
Resultados de dois ensaios clínicos
Circuncisão pode reduzir para metade infecção com HIV
14.12.2006 - 09h01 Joana Ferreira da Costa (PÚBLICO)
Por ocasião do Referendo sobre o aborto um artigo do saudoso Rabino Abraão Assor (Z’ L) sobre este tema.
8 Tikvá 62 • Janeiro/Fevereiro Tikvá 62 • Janeiro/Fevereiro 9
E S P E C I A L T U B I S H V A T
Tu Bishvat, o 15
de shvat no calendário
judaico,
é o dia que assinala
o início de
um "Ano Novo das
Árvores." Essa é a estação
na qual os primeiros
brotos das árvores na
Terra Santa emergem do
seu sono invernal, e começam
um novo ciclo de produção
frutífera. O dia do Ano Novo
das Árvores, no calendário judaico,
é definido pelo próprio
nome da festa: as letras hebraicas
tet e vav, que formam o Tu,
têm valor numérico 9 e 6; como
9+6= 15 significa que se comemora
no 15º dia do mês Shvat.
É o ano novo das árvores em
referência ao cálculo do dízimo
dos frutos, que devia ser entregue
aos Levitas na época do
Templo, numa jornada festiva
(Deut. 14;22-29) Tu Bishvat
era visto como um precursor da
primavera. Com a Golá, a Diáspora
judaica, passou a ser celebrado
enfatizando a nossa conexão
com Israel.
COSTUMES DA FESTA
Celebramos o dia de Tu Bishvat
comendo frutas, especialmente
"Os Sete Tipos" que são destacados
na Torá em seu louvor à
fartura da Terra Santa: trigo,
cevada, uvas, figos, romãs,
azeitonas e tâmaras.
Neste dia, lembramos que o
"Homem é uma árvore do campo"
(Devarim 20:19), e reflectimos
sobre as lições que podemos
extrair da nossa análoga
botânica. Há diversas formas de
comemorar este dia tão especial.
Reflectir sobre a imensidão
dos milagres encontrados na
natureza, já é um forte motivo
para celebrar a data de Tu Bishvat.
Preservar a natureza, plantar
árvores, transmitir amor e
cuidados com as plantas,
também é positivo. Mas
comemoramos o aniversário
das árvores agradecendo
ao Criador pelas bênçãos
que nos envia fornecendo-nos o
sustento e abençoando todas as
Suas criaturas através da ingestão
de novos frutos, conforme
o costume askenazita, sefaraditas
ou de outra das comunidades
do Povo de Israel.
OKeren Kayemet Le'Israel (K.K.L) foi fundado
no ano 1901, tendo por objectivo
adquirir terras e assim permitir o retorno
do povo judeu à sua pátria ancestral.
Durante os últimos 100 anos, o Keren
Kayemet Le'Israel não mediu
esforços para desenvolver a Terra
de Israel, para melhorar a
qualidade do meio ambiente e
para nutrir os valores sionistas,
em nome do povo judeu.
Através do "Mealheiro Azul" nos lares
judaicos de todo o mundo,
por intermédio da ajuda proveniente de Israel e
dos seus amigos,
o K.K.L tem partilhado a sua visão para a converter
em realidade.
Ao longo dos anos, o K.K.L tem transformado ladeiras
nuas, pântanos e desertos em campos férteis,
em bosques frondosos e em sítios para o desenvolvimento
comunitário e industrial, estabelecendo
praticamente os alicerces para o crescimento
do país:
O K.K.L criou diversas estações de investigação
agrícola, fomentando assim a
pesquisa sobre terras áridas e
melhorando as tecnologias do
deserto. Tem contribuído e
difundido com os seus
conhecimentos, sendo um
líder reconhecido nesta
área. Ao entrar no século
XXI, o K.K.L continua a liderar a
luta em prol de um meio ambiente
melhor e mais saudável, com
grandes espaços abertos, verdes florestas
e áreas recreativas, a fim de promover
o respeito e o apreço por este legado natural
e singular de Israel. Os progressos do homem
e da tecnologia sobre o meio ambiente fazem que
o papel do K.K.L como protector da Terra de Israel,
seja ainda mais crucial.
Adquiriu quase 260 mil hectares para assentamentos
rurais.
Preparou a infra-estrutura para mais de mil estabelecimentos
rurais em todo o território de
Israel.
Plantou mais de 220 milhões de árvores numa
superfície superior a 90 mil hectares e continua
plantando perto de 3 mil hectares de árvores
anualmente.
Reabilita córregos poluídos, devolvendo-os à
vida e transforma-os em sítios de recreação e
lazer.
Contribui para a economia israelita construindo
represas e açudes.
Contribui para o melhoramento do Meio
Ambiente em todo o território do país,
trava o processo de desertificação, desenvolvendo
espaços verdes e sombreados junto
às bases militares e dentro de espaços
habitados em todo o país.
Preparou terrenos para a construção de
dezenas de milhares de unidades habitacionais
para os habitantes do país, tanto
nativos como novos imigrantes, desde
Eilat, Ofakim e Beer-Sheva no Sul, até
Carmiel, Nazareth e Maalot no Norte.
Abriu mais de 6 mil quilómetros de caminhos
rurais e florestais.
Incentiva a relação entre as novas gerações
em Israel e na Diáspora com a ancestral Terra
de Israel, mediante o seu labor educacional e
informativo, contribuindo para uma rápida e
melhor integração social dos novos imigrantes,
através dos seus Centros de Veraneio.
Através de programas tais como a preparação
de reservatórios, reciclagem de águas e
restauração do leito dos rios, o KKL trabalha
para assegurar que Israel nunca se veja privado
da sua principal fonte natural.
O KKL é bem conhecido pela sua tarefa de
florestação em Israel. Mas, esta é só uma das
facetas do seu programa, já que além de
ter plantado mas de 220 milhões de árvores,
preserva o equilíbrio ecológico, prevendo
incêndios, reclamando terras, desenvolvendo
a infra-estrutura agrícola e
conservando o solo.
K.K.L - BREVE HISTÓRICO
KEREN KAYEMET LE'ISRAEL - OS FACTOS
10 Tikvá 62 • Janeiro/Fevereiro Tikvá 62 • Janeiro/Fevereiro 11
Um público recorde de quase 200 pessoas estiveram
presentes no imponente espaço do auditório
do Fórum Lisboa, no passado dia 17 de Dezembro para
celebrar e participar em mais uma tradicional Festa
de Chanuká da CIL. A tarde fria de Inverno não se
conseguiu impor ao calor de mais esta alegre comemoração
e momento de congregação entre membros
das diversas gerações da nossa CIL. A festa foi mais
uma vez marcada pela bela manifestação artística do
nosso querido Grupo Guil Hazaav e pelos mais de 50
jovens e crianças do Movimento Juvenil Dor Chadash
presentes e que juntos através do teatro, da música e
da dança folclórica israelita, lindamente apresentada
pela Lehakat Hammacabi (grupo de danças do Clube
Maccabi dirigido pela Lilian Prist), conseguiram mais
uma vez transmitir a beleza do significado e da história
desta tão importante festa de nosso calendário judaico.
Momento inédito e importante do programa foi
a participação dos alunos da turma de hebraico para
iniciantes do recém-criado Departamento de Ensino
Judaico da CIL, coordenado pelo nosso Moré Laércio
Pintchovski. Com grande esforço e dedicação as
crianças participaram num jogral alusivo a Chanuka e
após apenas 3 meses passados desde o início dos cursos,
conseguiram lindamente realizar a leitura do texto
totalmente em hebraico, momento este de grande
orgulho e alegria entre os presentes. Realizou-se
também o tradicional acendimento das velas de Chanuka
e as mensagens dirigidas pelo Embaixador de
Israel Aaron Ram e pelo Presidente da Cil - Sr. José
Oulman Carp . Depois do programa artístico, outra
agradável surpresa foi a exposição dos trabalhos manuais
desenvolvidos pelas crianças, expostos de forma
criativa sob o efeito de luz negra num chamado
"Cheder Choshech" (sala escura). Para fechar a festa
todos os convidados puderam mais uma vez saborear
as comidas típicas desta festa e apreciar algumas das
obras do artista israelita Ilan Hasson, dando-se por
terminado mais este marcante evento.
(mais fotos em http://www.cilisboa.org/activities.htm).
Festa de
Chanuká
5767 na CIL
O Grão Rabino de Israel
inaugura Mikvé no Porto
Durante a sua viagem de visita a vários
sítios na península ibérica, o Grão
Rabino Ashquenaze de Israel, o Rabino
Iona Metzger esteve no Porto no passado
dia 23 de Janeiro por ocasião da
inauguração da Mikvé da Sinagoga Mekor
Chaim. O dinheiro para a reconstrução da Mikvé foi
oferecido pela Instituição Shavei Israel para o retorno
dos Marranos portugueses ao judaísmo oficial, e por Aaron
Abecassis, um filantropo americano de origem marroquina,
em memória da sua tia Luna Azancot Abecassis
Z'l. Estiveram presentes nesta data o Embaixador de Israel
Aaaron Ram e em representação da CIL - José Oulman
Carp e Esther Mucznik, respectivamente Presidente
e Vice-Presidente, assim como Alain Hayat, coordenador
da Sinagoga Shaaré Tikvá de Lisboa. O Grão-Rabino
inaugurou também um centro de estudos judaicos em
Palma de Maiorca, para os "Chuetas", descendentes dos
Anussim da Catalunha. O centro de estudos foi também
estabelecido pelo Shavei Israel, que já fala em organizar
um centro similar no Porto num futuro próximo.
Comunidade do Porto
comemora novas conversões
Foi com grande alegria que a comunidade local comunicou
que no início do mês de Janeiro 15 pessoas
do Porto foram convertidas ao Judaísmo por intermédio
da Instituição Shavei Israel. O processo ocorreu
num Bet Din (tribunal rabínico) em Jerusalém. Entre
estas 15 pessoas havia alguns casais que aproveitaram
a ocasião para também celebrarem os seus respectivos
casamentos judaicos de acordo com a Halachá.
Estes 15 novos judeus vão definitivamente possibilitar
a existência de um "Minian" e contribuir para
o florescimento da comunidade judaica do Porto.
Primeiro vinho do Porto Kosher
Um grupo empresarial belga prepara-se para lançar
no mercado internacional um vinho do Porto "kosher",
produzido no Douro segundo as tradições judaicas,
divulgou recentemente o presidente da associação
Ladina, Manuel Lopes Azevedo. A observância das regras
judaicas , a qualidade e pureza do vinho serão
supervisionadas por um rabino
Fonte : LUSA
A"Casa dos Leões", que é um clube para residentes
sénior onde moram três senhoras nossas
correligionárias, teve a gentileza de convidar o nosso
grupo coral Guil Hazaav a actuar na sua festa de Natal,
que desta vez coincidiu com a nossa festa de
Chanucá. As senhoras componentes do grupo e o seu
"maestro", Marcos Prist, aceitaram o convite com
prazer e a sua costumada alegria e boa disposição e,
no dia 20 de Dezembro, deslocaram-se ao Clube.
Nesse dia calhou o acendimento da 6ª vela, o que foi
feito após uma explicação, dada pelo nosso Marcos
Prist, sobre o significado de Chanucá e os acontecimentos
que originaram esta festa. Foi emocionante
ver a nossa Chanukiá brilhando com as suas velas
multicores ao lado da árvore de Natal com os seus
enfeites. O nosso coro cantou com harmonia as tradicionais
canções de Chanuká e foi muito aplaudido,
estou certa que com convicção e agrado, pelos cerca
de 70/80 assistentes. Depois exibiram-se os "Jograis",
senhoras que declamaram agradavelmente
poesias relativas ao Natal e que também foram muito
ovacionadas. Seguiu-se um apetitoso lanche, onde
não faltaram as nossas bolas de Berlim e as suas filhoses.
Apesar de não querer fazer considerações de
ordem religiosa, salientarei apenas que com este encontro
se demonstrou que, havendo boa vontade, é
possível todos os povos confraternizarem com alegria,
amizade e carinho. Foi o que aconteceu.
Emilia Ettner
Umas horas
bem passadas
ESPECIAL - COMUNIDADE JUDAICA DO PORTO
A C O N T E C E U N A C I L
12 Tikvá 62 • Janeiro/Fevereiro Tikvá 62 • Janeiro/Fevereiro 13
A C O N T E C E U N A C I L
A Religião nos
manuais escolares
Foi publicado pela Comissão de
Liberdade Religiosa um estudo
da autoria de Esther Mucznik,
descrevendo os erros, os preconceitos
e as omissões de
carácter religioso nos manuais
escolares. No que respeita ao
judaísmo, o panorama é negro.
A título de exemplo, divulgam-
se duas citações extraídas
dos manuais consultados:
"O Cristianismo conservou do
judaísmo uma característica
fundamental: a sua intolerância"
e o "sentido totalitário da
sua doutrina que defendia o
Deus único"; "Ser judeu na
Idade Média europeia era tão
incómodo como ser partidário
de Yasser Arafat no Israel dos
nossos dias". Opiniões deste
calibre abundam nos manuais
reforçando os preconceitos.
Este estudo será enviado pela
Comissão de Liberdade Religiosa
ao Ministério da Educação
para alteração dos respectivos
manuais. Em Março o
estudo estará disponível na
nossa secretaria.
Por iniciativa e sugestão do actual
responsável pela Hevra Kadisha e
há muitos anos pela manutenção do
nosso cemitério israelita, o nosso dedicado
activista André
Levy - está a
ser desenvolvido
um projecto de
criação de um memorial
a ser instalado
no muro da
parte baixa do cemitério.
Através
deste projecto poder-se-á homenagear
entes saudosos através da colocação
de placas de mármore, nos
moldes do memorial já existente na
nossa Sinagoga Shaaré Tikvá. O espaço
já foi inaugurado pelo próprio
André Levy que prestou uma homenagem
ao seu saudoso avô materno -
Dr. Nissim Hodara. A tabela de preços
será proporcional ao tamanho da placa
desejada e as receitas serão aplicadas
na manutenção e desenvolvimento
dos nosso cemitério israelita, um
dos poucos no mundo que não recebe
contribuições obrigatórias das famílias
e que necessita sempre de ser melhorado.
Com muito esforço e dedicação
tem sido mantido até hoje com toda a
dignidade e respeito que lhe é devido.
Contribua com este projecto e ajude a
manter o nosso cemitério. Mais informações
podem ser obtidas através da
nossa secretaria.
Projecto de Memorial
no nosso cemitério Judaico
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I S R A E L E M F O C O
Aaron Ram, de 59 anos, assumiu as funções de embaixador
de Israel em Portugal em Dezembro de
2004. Diplomata de carreira, formou-se em Relações
Internacionais e História Judaica pela Universidade Hebraica
de Jerusalém, ingressando na carreira diplomática
em 1977. Exerceu diversas funções, quer na Chancelaria
quer em postos no estrangeiro, nomeadamente
na África do Sul, Nepal e Austrália.·
Defendendo a legitimidade de Israel em bombardear o
Líbano, o embaixador de Israel em Portugal remete para
toda a Comunidade Internacional a garantia de
estabilidade do regime de Sin iora.
JN|Foi proporcional a resposta militar de Israel
ao Hezbollah, entre Julho e Agosto, que resultou
em mil baixas civis libanesas?
Aaron Ram| Claro que foi. Primeiro, é demasiado grave matar
e raptar soldados de outro país, e o que fizemos foi perseguir
os homens que violaram as nossas fronteiras e tentar
resgatar os soldados. O Hezbollah reagiu bombardeando
as nossas cidades com mísseis. Ora, não respondemos
na mesma proporção; de acordo com o Direito Internacional,
a proporção está relacionada com os danos que se tenta
evitar, e o que fizemos no Líbano foi avisar com antecedência
os cidadãos das zonas onde se acoitavam os terroristas
que deveriam abandoná-las porque seriam bombardeadas.
Houve um milhão de refugiados a deslocaremse
do Sul para o Norte do país, o que significa que o povo
estava alertado. Por nós. Assim, aqueles que morreram foram
os que quiseram ficar, ou aqueles que o Hezbollah não
deixou sair para usá-los como escudos humanos, por saber
que os media ocidentais seriam sensíveis a baixas civis.
O Hezbollah tenta derrubar o Governo de Siniora
para capitalizar a popularidade que granjeou no
conflito. Se tiver êxito e for preponderante no
Executivo, como é que Israel irá gerir a nova
frente inimiga a norte?
O Hezbollah actua sob influência e orientação da Síria - e
do Irão - para tentar mudar o Governo libanês e poder recusar
as investigações do Tribunal Penal Internacional da
ONU sobre os assassinos de Hariri e agora de Gemayel.
Como Hezbollah e Hamas perfilham a mesma ideologia -
acham que o Estado de Israel não tem direito a existir no
Médio Oriente -, temos de apoiar os regimes moderados,
como o de Siniora. Ainda bem que o Exército libanês tomou
conta da área e que o Ocidente mandou soldados
para impedir que o Hezbollah regresse ao Sul.
Definitivamente, não queremos um regime Hezbollah a
substituir Siniora, cujo Executivo deve estabilizar para
conseguir desarmar os terroristas, o que não será bom
para a Síria nem para o Irão. Por isso as democracias têm
de estar muito determinadas para manter o Líbano livre e
democrático. Com o terrorismo não se pode mostrar falta
de determinação, porque os terroristas são muito rápidos
a identificar e a explorar as hesitações, as fraquezas.
Destacados membros do Governo e até o presidente
da República de Israel estão a ser objecto de
acusações, desde corrupção a assédio sexual, que
podem levá-los ao tribunal. Isso não é sinal de fraqueza
da classe dirigente, cuja acção no Líbano foi
muito contestada pelos próprios israelitas?
O que chama de fraqueza é antes a força da sociedade
israelita que, apesar das dificuldades, se mantém democrática,
com liberdade de expressão e a certeza de
que ninguém está acima da lei. Se houver algo que tenha
de ser investigado, sê-lo-á até às últimas consequências.
Depois, Israel é uma sociedade que faz perguntas
e todas as actividades desenvolvidas, mesmo
àquelas que correm muito bem para que, na próxima
vez, corram ainda melhor. Na Guerra de 1973, em que,
após a surpresa total, houve uma boa campanha militar,
ocorreram manifestações contra o Governo por todo
o país. Não somos uma sociedade de negação das
realidades. Se os extremistas julgam somos fracos
porque discutimos as opções, cometem um erro.·
Por que é que Israel não admite que o Irão se
converta numa potência nuclear para fins exclusivamente
civis?
O Irão não é um problema exclusivo de Israel, mas de
todo o mundo livre. Ninguém é ingénuo, toda a gente
sabe que Teerão quer a bomba nuclear. O problema
está nas intenções dos iranianos quando alegam que o
nuclear visa objectivos pacíficos e desenvolvem, ao
mesmo tempo, mísseis de longo alcance, há motivo para
acreditar que não seja para fins civis. O conselho de
Segurança da ONU está agora a debater o relatório da
Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) e terá
de tomar uma decisão. Já há sanções, mas o processo
terá de ser acelerado para haver uma solução pacífica.
Acredita na possibilidade paz no Médio Oriente
entre o Estado de Israel e um Estado da Palestina?
Sim, não há outra alternativa. Teremos que alcançar a paz
estabelecendo compromissos. Estamos, até, dispostos a
compromissos muito dolorosos. Já o tentámos várias vezes
antes e sem êxito, mas julgo que o conseguiremos.
Entrevista com Embaixador de Israel
por Elmano Madail publicada no Jornal de Noticias 11-12-06
"Democracias têm
de ser determinadas para
manter o Líbano livre"
Já se passaram mais de
seis meses, desde que Eldad
Regev e Ehud Goldwasser
foram sequestrados, do
lado israelita da fronteira
com o Líbano, numa acção
que precipitou o confronto
entre Israel e o Hezbollah,
uma organização terrorista
baseada no Líbano. Até a
presente data, não há notícias
dos soldados presos, e
nem as suas famílias nem o
governo de Israel têm ideia
do seu paradeiro ou do seu
actual estado de saúde.
Duas semanas antes de seu
sequestro, outro soldado,
Gilad Shalit, também foi sequestrado,
desta vez do lado
israelita da fronteira com
Gaza. A sua família também
aguarda ansiosamente por
notícias suas. Especialmente
grave é o facto destes sequestros
terem ocorrido em
território israelita soberano.
Tirados das suas famílias há
seis meses, esses soldados
presos vêm negados os direitos
humanos mais básicos,
como consta da Convenção
de Genebra. Numa total quebra
da Resolução no.1701,
das Nações Unidas, as organizações
terroristas que realizaram
estes sequestros, como
também a Síria e o Irão
que as apoiam, negam-se até
a transmitir mensagens das
famílias aos soldados presos.
Órgãos internacionais que se
encontraram com esses familiares,
também tentaram
enviar mensagens e cartas,
mas receberam uma recusa
também.
O Ministério das Relações
Exteriores de Israel esforçase
a todos os níveis para
conseguir a sua libertação:
a Ministra das Relações Exteriores,
Tzipi Livni e os seus
colegas Ministros, junto com
o Primeiro Ministro Ehud Olmert,
levantam sistematicamente
essa questão nos
seus encontros diplomáticos
de alto nível, em Israel e no
exterior, como também o fazem
o Director-geral do Ministério
das Relações Exteriores
e outros altos funcionários.
O Ministério
também assiste as famílias
dos soldados sequestrados
nos seus encontros, tanto no
exterior, ou em Israel com
dignatários estrangeiro,
num esforço supremo para
manter a causa dos soldados
sequestrados na agenda pública
internacional.
As embaixadas de Israel no
exterior, também fazem parte
desse esforço, com ênfase no
aspecto humanitário: as
famílias aguardam um sinal
claro que seus filhos estão vivos
e bem. Aqueles que têm
influência, directa ou indirectamente,
na Síria e no Irão,
estão sendo solicitados a
exercer influência nesses
países. Sendo assim, esperase
que tanto a Síria como o
Irão, que apadrinham as organizações
terroristas que
mantêm os soldados presos,
sejam forçados pela crescente
pressão internacional a
exercer a sua influência para
obter as tão desejadas notícias
da eventual libertação
dos soldados. Nem Israel,
nem nenhum outro país civilizado,
cumpridor das leis, pode
aceitar esta situação. Apelamos
a um esforço colectivo
capaz de trazer os nossos soldados
para casa.
Fonte: Departamento de Imprensa
- Embaixada de Israel
14 Tikvá 62 • Janeiro/Fevereiro Tikvá 20 • Agosto/Setembro 11
I S R A E L E M F O C O
Faleceu na manhã do dia 2 de Janeiro
de 2007, o ex-Presidente da
Câmara de Jerusalém, Theodore
(Teddy) Kollek, aos 95 anos de idade.
Nascido em 1911, perto de Budapeste,
então Austro-húngara, cresceu em
Viena e imigrou com sua família para o
então Mandato Britânico da Palestina,
em 1935. Durante a II Guerra Mundial,
Kollek representou os interesses
judaicos na Europa como membro da
Haganá. Mais tarde, procedeu à compra
clandestina de armamentos para a
guerra que iria ser travada entre Israel
e os países árabes que juravam
aniquilá-lo.
Após o estabelecimento
do Estado de Israel, Kollek
tornou-se um aliado
próximo de David Ben-
Gurion, o primeiro homem
a ocupar o cargo de Primeiro-
ministro de Israel.
Desempenhou funções como
enviado oficial a Washington,
e mais tarde foi
nomeado Director-Geral do
Gabinete do Primeiro-ministro.
Foi eleito Presidente da Câmara de Jerusalém
em 1965, e cumpriu seis
mandatos nesta função, até 1993. Ele
é considerado como o responsável
pela reunificação e modernização de
Jerusalém após a Guerra dos Seis
Dias, em 1967. Durante quase três
décadas, devido ao seu forte carácter,
impulsionou a transição de Jerusalém,
de uma cidade antiga com um passado
glorioso, para uma capital mundial
de cultura e política. Durante os 28
anos do seu mandato, a cidade desenvolveu-
se económica, cultural e
socialmente, digna do seu estatuto de
moderna capital de Israel.
Durante a sua gestão, foram
construídos modernos edifícios em
Jerusalém, incluindo o Museu de Israel,
do qual ele era um dos fundadores,
o Teatro de Jerusalém, a Cinemateca
de Jerusalém, o Estádio
"Teddy" (dedicado a ele), a Praça Safra,
entre muitos outros.
Numa cidade conhecida pelas suas
tensões, Kollek, um homem de paz,
era uma ponte entre as aspirações
nacionais israelitas e palestinianas,
como também entre grupos rivais religiosos
e étnicos de ambas as comunidades.
Ele defendia justiça para a
população árabe da cidade, e lutou
pelo desenvolvimento da parte judaica
e da parte árabe da cidade.
Em 1988, Kollek recebeu a maior
condecoração civil de Israel, o "Prémio
Israel", pela sua contribuição para a
construção da moderna Jerusalém.
Num tributo a Kollek, Ruth Chesin,
presidente da "Fundação Jerusalém",
fundada por Kollek como meio para
obtenção de fundos para o desenvolvimento
da cidade, referiu-se a ele como
"um homem único e especial, que via
todos os habitantes da cidade,
cristãos, judeus e muçulmanos,
como parceiros
iguais. Ele lutou para tornar a
cidade num farol de esperança
para todos os seus residentes".
O Primeiro-ministro Ehud
Olmert, elogiando o ex-Presidente
da Câmara, declarou:
"Teddy Kollek foi um
dos construtores da nova
Jerusalém, após a Guerra dos
Seis Dias, em 1967.
Quando foi eleito (em 1965), Jerusalém
era uma cidade dividida que não fazia
jus à sua real posição. Quando ele
deixou a Câmara, em 1993, Jerusalém
era uma cidade grandiosa, moderna e
unida. Teddy Kollek elogiava Jerusalém
em todo o mundo. Ele influenciou o
modo de vida da cidade, assim como a
sua cultura e instituições, além do relacionamento
entre os seus habitantes. O
seu nome será sempre uma parte inseparável
da glória de Jerusalém.
Teddy Kollek era activo não somente
em Jerusalém. Antes da sua eleição
como Presidente da Câmara, ele foi um
homem próximo de David Ben-Gurion
e também contribuiu muito para os esforços
diplomáticos e militares que levaram
à Independência do Estado de
Israel, em 1948. Foi Director-Geral do
Gabinete do Primeiro-ministro durante
mais de dez anos. O Governo e o povo
de Israel saúdam, com grande pesar,
um dos grandes pais fundadores do
Estado de Israel, e compartilham do
luto da sua esposa, Tamar, e de toda a
família Kollek".
Fonte: Departamento de Imprensa
- Embaixada de Israel
Israel: um árabe
muçulmano nomeado
ministro
O gabinete do Primeiro-Ministro
de Israel, Ehud Olmert anunciou
a nomeação, pela primeira vez
em Israel, de um árabe israelita
muçulmano - Ghaleb Majadleh -
para o governo de Israel, como
ministro sem pasta.
Cirurgiões de Israel
corrigem corações de
jovens Palestinianos
A competência médica de Israel é
reconhecida ao redor do mundo,
mas a extensão do seu programa
de tratamento médico é menos
famosa. Não obstante, ele está a
acontecer para aproximadamente
1.000 palestinianos por mês
que recebem tratamento médico
em Israel, acima dos 600 em
anos recentes. Um programa em
particular está a ter influência directa,
não só nas vidas de
crianças palestinianas, mas nas
de centenas de outras crianças
da região, incluindo um número
crescente de Iraquianos. Sob o
comando do reservado programa
"Salve o Coração de uma
Criança", doutores do Wolfson
Hospital perto de Tel Aviv corrigem
defeitos congénitos do coração
de crianças dos territórios
palestinianos, Iraque, Jordânia e
África.
Fonte JTA
Presidente de Israel
afasta-se do cargo
Uma comissão do parlamento israelita
aprovou no passado dia 25
de Janeiro o pedido do presidente
Moshé Katzav - indiciado por estupro
e assédio sexual - de se retirar
temporariamente durante
três meses, em vez de renunciar.
Durante este período, ele não poderá
exercer as suas funções e
prerrogativas. O presidente tem
imunidade enquanto estiver no
cargo e só perderá este benefício
se renunciar ou for destituído por
90 dos 120 parlamentares. Se for
considerado culpado, poderá ter
de cumprir de 3 a 16 anos de
prisão. Katzav,
por sua vez,
clama por inocência:
"Sou a
vítima de uma
r e p u g n a n t e
campanha de
calúnias, e não
se pode deixar
que o linchamento
empreendido
pelos
média prejudique
as investigações
em
andamento. Pretendo lutar até o
fim para provar minha inocência".
Nascido no Irão em 1945 de
uma família de oito filhos, ele
chegou a Israel pouco depois da
criação deste Estado e viveu
num dos acampamentos reservados
aos novos imigrantes em Kiryat
Malachi, ao sul de Tel-Aviv.
Fonte: Alef
Ajude-nos a traze-los de volta !
Uma coligação de organizações judaicas, programas e escolas
estão envolvidas no âmbito internacional a favor dos
soldados israelitas sequestrados. A meta é assegurar um
milhão de assinaturas numa carta ao novo Secretário-geral
da ONU em meados de Fevereiro, num evento importante
envolvendo as famílias dos soldados, onde será
apresentada a campanha de assinaturas.
Conheça mais detalhes através do site :
http://www.freethesoldiers.org
Una-se ao nosso esforço em trazer a atenção internacional
adicionando o seu nome à petição no website acima mencionado.
Ajude-nos a assegurar que as suas famílias sintam
que não estão sozinhas nesta luta por trazer os seus
filhos, irmãos e maridos de volta a casa.
Homenagem a
Teddy Kollek Z´L
Aulas de guitarra a domicilio
Ian Mucznik
Tel. 962467822
Formação musical e prática de instrumento.
Para jovens dos 10 aos 70.
6 Meses longe do Lar
ELDAD REGEV
Nascido em 1980, filho
de Tova (já falecida)
e Zvi Regev.
Irmão de Benny,
Ofer e Eyal. Após 3
anos de serviço militar
na brigada de infantaria
Givati, entrou
no curso preparatório
para a Faculdade
de Direito da
Universidade Bar
Ilan. Uma das suas
maiores qualidades é
a gentileza, nunca
hesitando em oferecer
ajuda a todos que
precisam. Após o
serviço militar, viajou
pela Ásia. Entre os
seus hobbies, está o
futebol (fez um curso
de árbitro). Eldad
acompanhou com
grande interesse a
Copa do Mundo.
Também gosta de
música e literatura.
EHUD (UDI)
GOLDWASSER
Nascido em Nahariya,
em 1975, filho
de Miki e Shlomo, e
irmão mais velho de
Yair e Gadi. Casouse
com Karnit. Udi e
Karnit partilham um
grande amor e um
relacionamento
muito especial. Ele
formou-se em Ciências,
na cidade de
Nahariya. Após o
serviço militar, passou
6 meses na
Austrália, viajando
de motocicleta. Começou
a estudar
engenharia ambiental.
Udi é uma pessoa
gentil e muito
querida, divertido e
sempre disposto a
ajudar.
GILAD SHALIT
Nascido em Naharyia,
em 1986, filho
de Aviva e Noam
Schalit, de Mitzpe
Hilla na Galiléia, e
irmão de Yoel e Hadas.
Formou-se com
distinção na classe
de ciências, na escola
secundária. Gosta
muito de matemática
e desportos. Jovem,
educado, quieto
e introvertido,
está sempre com
um sorriso no rosto
e pronto a ajudar o
próximo. Mesmo
nos seus curtos
períodos de folga do
exército, ajudava os
pais na sua pousada.
Desde o ataque
na aldeia de Kerem
Shalom, no domingo,
25 de Junho de
2006, Gilad está
preso pelos terroristas
do Hamas, na
Faixa de Gaza.
Tikvá 59 • 16 Tikvá 62 • Janeiro/Fevereiro Junho/Julho 13
Com a atenção mundial
voltada para ausência
de Fidel Castro das celebrações
cubanas pelos seus
80 anos, os judeus de Cuba
festejaram recentemente o
centésimo aniversário de sua comunidade,
com serviços religiosos,
música, danças e discursos.
As festividades se iniciaram no
Museu Nacional de Belas Artes e
se estenderam para o Hotel Raquel
no centro histórico de Havana.
A companhia de dança Emuna
se apresenta na cidade de Santa
Clara, no centro da Ilha e artistas
se apresentam na sinagoga Hatikva
onde está sendo lançado o
livro "História dos Judeus Cubanos
em Mapas". Caridad Diego,
chefe dos assuntos religiosos do
Partido Comunista Cubano, participou
das celebrações junto com a
comunidade judaica. Antes de
adoecer, Fidel estava agendado
para comparecer às festividades.
Dados oficiais declaram haver
1.500 judeus em Cuba, 85%
deles vivendo em Havana. Fontes
americanas apontam para um número
menor, entre 600 e 800
pessoas, além de uma aliá de 700
judeus cubanos, que foram para
Israel nos últimos 10 anos, e quase
a metade abandonou, também
Israel, preferindo se estabelecer
em Miami. Desde a
chegada dos colonizadores
espanhóis, judeus estiveram
presentes em Cuba durante
vários períodos, mas sem estabelecimento
contínuo. Apenas em
1906, 11 judeus americanos se
estabeleceram em Havana abrindo
uma sinagoga reformista, a
Congregação Hebraica Unida. Em
1959, antes do golpe de Castro,
havia 15.000 judeus em Cuba,
onde hoje há três sinagogas em
funcionamento regular além de
grupos menores que praticam o
shabat comunitário em residências
particulares.
Fonte - FIERJ DIGITAL
Realizou-se a posse solene
de Celso Lafer como
académico imortal na
Academia Brasileira de Letras,
na cadeira cujo antecessor
foi seu amigo o jurista
Miguel Reale. Celso
Lafer foi Chanceler e Ministro
da Industria e é professor
titular da Faculdade de
Direito da USP. Sua actuação
foi fundamental no
julgamento do nazi-brasileiro Siegfried Ellwanger,
quando elaborou um memorial entregue aos ministros
do STF, por solicitação da CONIB. O plenário estava
lotado e Lafer fez um discurso erudito em que
homenageou seu amigo pessoal, o jurista Reale. Seu
judaísmo aflorou quando relatou episódios que passou
com seus primos, os irmãos Klabin, e finalizou
de forma emocionada ao lembrar de seu bisavô, um
judeu imigrante que chegou ao Brasil na década de
20, e foi o esteio do que hoje é um complexo industrial
de múltiplas facetas. Terminou citando um ensinamento
judaico, dando a fonte, a " Ética dos País"
o Pirquei Avot , que ensina que as raízes são mais
importantes do que as folhas. Recebeu efusivos
aplausos dos presentes, por vários minutos.
Fotos: Raul Moreira/CONIB- Fonte: Osias Wurman - Jornalismo
A C O N T E C E U N O M U N D O
Papa Bento XVI
recebe liderança judaica
Recentemente, o Papa Bento XVI recebeu representantes do
B´nai B´rith Internacional - algumas semanas após o histórico
encontro com outros grupos religiosos na Turquia, e alguns
dias depois da visita do primeiro-ministro de Israel ao
Vaticano. Durante a audiência privativa - em Chanucá, e uma
semana antes do Natal - os lideres do B´nai B´rith, a mais
antiga organização judaica de defesa e acção humanitária e
social, celebraram o recente e significativo aprofundamento
das relações Católico-Judaicas. Os representantes da B´nai
B´rith saudaram o Papa Bento XVI pela abertura do diálogo
em relação aos muçulmanos moderados, que tem trazido
acções positivas, incluindo agora o seu apoio pessoal à admissão
da Turquia na União Europeia. Ao mesmo tempo, a
B´nai B´rith solicitou ao Pontífice, "uma resposta moral" decisiva
e urgente aos extremistas globais, tais como o presidente
iraniano Mahmoud Ahmadinejad, que continua a
ameaçar Israel de destruição, e patrocinou abertamente uma
conferência anti-semita, dedicada a questionar e banalizar o
Holocausto. Enquanto isso, o regime iraniano apoia activamente
os maiores grupos terroristas - em particular o Hezbollah
- e persiste no seu objectivo ilícito de desenvolvimento
nuclear. Continuando a tradição de audiências com lideres
espirituais da Igreja Católica Romana - incluindo João XXIII
em 1963, Paulo VI em 1966, e João Paulo II em 1998 - a delegação
renovou formalmente o compromisso de compartilhar
os valores da fé e da paz.
Fonte: Pletz.com - extractos
A França homenageia
os seus Justos
No passado dia 18 de Janeiro, o Presidente da República
Francesa homenageou, em Paris, os Justos de França numa
cerimónia pública decorrida no Panteão Nacional.
Esta cerimónia foi co-organizada pela Presidência Francesa,
pelo Ministério da Cultura Francês, pelo Yad Vashem e pela
Fundação da Memória da Shoah. A partir de agora, todos os
indivíduos anónimos, nomeadamente, camponeses, padeiros,
porteiros, polícias e gendarmes, etc, que foram nomeados
como "Justos entre as Nações" terão o seu nome inscrito
no Panteão Nacional. Este monumento alberga, desde
1885, os túmulos de todos aqueles que foram reconhecidos
pelos seus serviços à Nação Francesa. Victor Hugo, Voltaire,
Diderot, Alexandre Dumas ou, mais recentemente, André
Malraux, encontram-se aí sepultados.
Esta homenagem foi prestada a todos aqueles que, em tempos
difíceis, deram um exemplo para as gerações futuras de
como se deve a recusar a indiferença e a ignomínia. Como
disse o Presidente Chirac, "mais do que nunca deveremos ouvir
esta mensagem e empenharmo-nos pela luta contra o anti-
semitismo, a discriminação e o racismo". Todos os anos
centenas de indivíduos franceses são nomeados como "Justos
entre as Nações" pelo Museu Yad Vashem, nomeadamente
nas regiões fronteiriças com a Suíça, Itália e Espanha
Comunidade judaica
de Cuba faz 100 anos
A Posse de Celso Lafer na ABL
Número de judeus americanos
supera o dos Israelitas
Uma nova e revolucionária pesquisa acaba de ser
publicada no Anuário Judaico Americano, patrocinado
pela poderosa AJC-American Jewish Committee,
revelando a existência de 6,4 milhões de
judeus residindo nos Estados Unidos da América,
superando em cerca de 1 milhão o número de judeus
que moram em Israel.
Estes dados são surpreendentes pois ultrapassam
em 1,2 milhões os judeus americanos encontrados
na pesquisa realizada em 2000/2001.
A diferença está nos métodos mais acurados
agora utilizados.
As Universidades de Miami e Connecticut participaram
neste novo estudo que calcula em 2,2 % a população
judaica nos EUA. As maiores concentrações
encontram-se em Nova Iorque com 1.618.000, Califórnia
1.194.000, Florida 653.000 e Nova Jersey
480.000. Estes quatro estados concentram 60 %
dos judeus.Segundo o Gabinete Central de Estatísticas
Israelitas, em 2006, o total da população em
Israel era de 7.077.000, sendo 5.368.000 judeus.
Jornal do Brasil proíbe nas suas
páginas a utilização do verbo "judiar"
O Prof. Israel Blajberg enviou uma carta ao JB -
Jornal do Brasil a criticar o jornal pela utilização
do termo "judiar" na reportagem que teve o título
"O que fazer quando o fuso horário judia do
corpo e da
mente?" Imediatamente,
os
editores do jornal
se pronunciaram,
garantindo
que "baseado nas ponderações dos leitores,
o JB decidiu vetar o uso do verbo "judiar". Para
Blajberg, "trata-se de uma importante contribuição
do JB à cidadania, pois alimentar o ideal de
construir um país de cidadãos igualitários passa
pelo combate a toda e qualquer discriminação,
seja de raça, religião ou qualquer outra".
Yom Kipur passa a constar
do Calendário Oficial de São Paulo
Por proposta do vereador William Woo (PSDB/SP),
o Yom Kipur (Dia do Perdão) passou a fazer parte
do Calendário Oficial do Município de São Paulo. A
informação foi fornecida, através de ofício, pelo
secretário de Governo Municipal,
Aloysio Nunes Ferreira
Filho. No seu requerimento,
o vereador William Woo alega
que: "muito nos alegra
podermos assim homenagear
a comunidade judaica
de São Paulo, que tanto
contribui para nossa cidade". A inclusão no Calendário
Oficial respeitará as variações do Calendário
Judaico. A oficialização da data fortalece a
possibilidade de defender o respeito das datas em
caso de coincidência com grandes eventos cívicos.
Celso Lafer discursa para uma plateia que
lotou a ABL
Tikvá 62 • 18 Tikvá 62 • Janeiro/Fevereiro Janeiro/Fevereiro 19
Foi grande a repulsa ao
gesto de fraternidade
entre um pequeno grupo de
judeus religiosos e o presidente
do Irão - Mahmoud
Ahmadinejad , um notório
inimigo do Estado de Israel e
do povo judeu , no recente
evento negacionista sobre o
Holocausto. Cumpre identificar
os presentes e seu líder,
Israel Hirsch, para evitar que estereótipos
maculem a imagem dos
judeus ortodoxos como um todo.
Hirsch é um fundamentalista antisionista
que acredita ser o Estado
de Israel uma realidade a ser aceite
somente após a vinda do Messias
de ISRAEL. Já em Setembro, o
seu grupo beijou Ahmadinejad na
ONU, por ocasião da abertura da
Assembleia Geral. Este mesmo
grupo compareceu ao funeral
de Yasser Arafat em Ramallah.
Hirsch recebeu ajuda
financeira de Arafat , comprovada
pelos serviços secretos
de Israel , num valor superior
a 50 mil dólares. Os documentos
que comprovam pagamentos
de 25 e mais 30 mil
dólares ao grupo de ortodoxos
foram apreendidos durante
a operação "Defense Shield" em
Jenin no ano de 2002.
Osias Wurman
O"Rabino" Aryeh Cohen, da
comunidade dos Naturei
Karta de Manchester, que se "distinguiu"
ao participar no
Congresso Negacionista de
Teerão e que se deixou fotografar
apertando a mão a Ahmadinejad,
nunca mais poderá ser um anónimo
na sua cidade. Todas as comunidades
judaicas da cidade se
demarcaram publicamente da
sua atitude inaceitável e insultuosa.
Relembremos que diversos
representantes da comunidade
dos Naturei Karta participaram
neste Congresso, cujo único objectivo
era o de negar o Holocausto,
onde foram calorosamente
recebidos pelo Presidente do
Irão e pelos seus anfitriões antisemitas.
Aryeh Cohen conseguiu
reunir contra ele religiosos e nãopraticantes
que se manifestaram
diante da sua residência, estes
últimos cantando o hino de Israel,
Hatikvah, e "brandindo bandeiras
do Estado Judaico para o
expulsar da comunidade".
"A comunidade não lhe perdoa e
não tem qualquer intenção de ficar
em silêncio. Ele não pode viajar
assim, voltar e fazer o que lhe
apetece com os inimigos de Israel,
imaginando agir correctamente",
afirmou um membro da comunidade
judaica de Manchester.
"Não poderá aparecer na Sinagoga,
chegou a tentar no último
Sábado mas foi expulso" conta
David Sharon, de 37 anos, membro
de um grupo de Israelitas
criado há um ano com o objectivo
de reagir às manifestações anti-
Israel. " A Hevrah Kadishah já lhe
devolveu o seu dinheiro e ele não
poderá sequer beneficiar de um
enterro judaico normal, apenas
atrás da barreira", disse ainda
Sharon. Segundo ele, os Grão-
Rabinos de Manchester deram
instruções às lojas Kasher para
não lhe vender mais alimentação.
"Quem violar a excomunhão será
também objecto de anátema"
Em 15 de Dezembro, o Grão-Rabino
Ashkenazi, Yonah Metzger,
fez um apelo à excomunhão dos
ortodoxos que participaram na
Conferência de Negação da Shoah.
O Rabino Metzger disse ao jornalista
Ouzi Barouch do Aroutz 7, que
"há que boicotar os judeus que
participaram nesta conferência. É
um insulto a D'us e aos santos que
caíram durante a Shoah". O Grão-
Rabino apelou a que todos os rabinos
que tivessem pessoas deste tipo
nas suas comunidades, não
lhes permitirem entrar na Sinagoga
ou a participar em quaisquer
actos; não os deixar fazer parte do
Minian nem subir à Torah. Há
igualmente que pedir ao Estado de
Israel para encontrar uma forma
de os impedir de entrar no país. No
mesmo momento, os fiéis do movimento
Hassídico Satmar tinham
publicado uma proclamação de
condenação dos membros da comunidade
Naturei Karta que se
deslocaram a Teerão.
A C O N T E C E U N O M U N D O
Saiba quem são os judeus
que beijaram Ahmadinejad
Aryeh Cohen não poderá beneficiar de um funeral judaico
E S P A Ç O A B E R T O
bTeatro Schouwburg situa-se
no Plantage. Esta nova artéria
urbana de Amesterdão começou
a desenvolver-se nos
finais século XIX, tornando-se rapidamente num
novo centro judaico da cidade. Durante a primeira
metade do século XX, o Schouwburg era um
dos muitos teatros ídiche em Amesterdão, mas
com a ocupação nazi, em 1940, tornou-se num
local de detenção de Judeus. O final da 2.ª Guerra
levou à remodelação do Teatro tendo, desde
então, se tornado num local de exposição permanente,
e gratuita, sobre a detenção e envio
para os campos de extermínio nazis dos Judeus
Holandeses.
No passado mês de Novembro, e sem prejuízo
de encerramento da exposição permanente, foi
inaugurada uma exposição dedicada à arte espoliada
pelos nazis na Holanda. Durante a 2.ª
Guerra Mundial, dezenas de milhares de obras
de arte, que pertenciam a famílias judaicas, acabaram
por ir parar à Alemanha. Com o fim da
guerra, muitas obras foram recuperadas, tendo
regressado à Holanda com o intuito de serem devolvidas
aos seus anteriores proprietários. Nos
casos em que a devolução foi impossível os objectos
ficaram à guarda do Reino da Holanda.
Nos anos noventa, por pressão dos meios de comunicação
social e do público em geral, o Governo
Holandês estabeleceu
uma comissão
investigadora
que permitisse
entregar os objectos,
que ainda se encontravam
ao seu
cuidado, aos verdadeiros
proprietários.
Em1998, a Comissão
Ekkart elaborou
um estudo onde
divulgou ser possível
estabelecer uma ligação entre as obras e os proprietários
originais. Depois de muitos esforços,
quinhentas obras de arte regressaram aos seus
anteriores proprietários. Mas muitas ainda estavam
na posse do Estado.
Esta exposição contem uma amostra de cinquenta
quadros e outras obras de arte que não
recuperaram o seu verdadeiro proprietário. Até
aos finais de Fevereiro estas obras encontrar-seão
em exposição para que os herdeiros dos proprietários
originais possam reconhecê-las e reclamá-
las. Alguns dirão que será impossível. Mas
ao pesquisar nas fotografias de festas e reuniões
de família, poderemos encontrar um quadro ou
um busto que hoje está à espera de regressar a
casa. E assim se fará alguma justiça!
Nuno Wahnon Martins
Hollandesche Schouwburg Plantage Midddenlaan 24 -
1018 Amsterdam
Tel.: 0031205310340
www.hollandscheschouwburg.nl
Arte espoliada
mas de quem?
Tikvá 62 • 20 Tikvá 62 • Janeiro/Fevereiro Janeiro/Fevereiro 21
Muito já foi escrito sobre como melhor educar um filho.
Que melhor fonte para procurar orientação nesse assunto
que a Torá, cuja própria definição e propósito é
"ensinamento". Vemos que a Torá compara o homem
a "uma árvore no campo" (Devarim 20:19). Há muitos
motivos dados para essa relação. Vamos explorar a
conexão como um paradigma para a educação.
Educar um filho é semelhante a cultivar uma árvore.
Em ambos os casos, o objectivo é fornecer-lhe aquilo
que precisa para incentivar o potencial que possui.
Quando se pára para pensar, uma criança precisa das
mesmas coisas que a árvore precisa para crescer:
Terra. Água. Sol. Ar.
Cada um desses quatro elementos representa um
componente básico necessário para proporcionar a
uma criança aquilo que ela precisa para crescer e desenvolver-
se adequadamente.
Terra
A terra fornece os nutrientes à árvore. Aplicada à educação
de um filho, representa tanto os valores que desejamos
que ele absorva quanto a ligação que desejamos
que ele sinta. Um filho não é um cogumelo; ele
tem raízes profundas que o conectam a um solo rico
em nutrição. Quanto mais forte a conexão com essa
fonte, mais forte ele será quando crescer.
A terra também representa estabilidade, imobilidade.
Um filho deve sentir-se seguro sabendo que há valores
e regras que são invioláveis. Ele não está a receber
valores descartáveis, na moda, valores que "hoje
estão aqui, amanhã estarão ultrapassados".
Num dos seus artigos sobre educação, Rabi Yaakov
Lieder cita um fazendeiro que descreve o comportamento
do gado cada vez que o levava a novas pastagens.
Primeiro os animais conferiam a cerca para assegurar
que não havia brechas. Então começavam a
pastar. Ele explicou assim o fenómeno: quando eles
viam que os limites que os fechavam eram invioláveis,
podiam pastar confortavelmente. Não se distraíam
com a possibilidade de escapar.
A aplicação desse conceito à educação é muito poderosa.
Para que nossos filhos sejam felizes e bem-sucedidos,
eles devem sentir-se seguros e confiar nas
regras e limites estabelecidos pelos pais. Há muitas
decisões sobre o bem-estar e futuro de uma criança
com os quais ela não deveria ter de se preocupar, certamente
não a esta altura da vida.
Água
A água é crucial para o crescimento de uma planta.
Entre outras coisas, ajuda a dissolver os nutrientes
para que sejam absorvidos pela planta. A água
também assegura que as raízes não sequem para que
continuem a funcionar bem. O solo mais rico em nutrientes
se torna inútil se a planta carece da capacidade
de absorvê-los.
Nas obras do Chassidismo, a água representa a humildade.
A humildade é uma qualidade indispensável quando
se trata de estar aberto a absorver novas informações.
Os nossos filhos devem ter humildade para aprender; se
eles acharem que já sabem tudo, não aprenderão.
Da mesma forma, nós como professores e pais devemos
ter humildade para ensinar. Ao ensinar os nossos filhos,
devemos aceitar humildemente e "abaixar" até o nível
deles. Devemos traduzir aquilo que queremos dizer numa
linguagem que eles possam entender bem e absorver.
Este é um dos motivos pelos quais a sabedoria é comparada
à água. Água, como a sabedoria, fica mais confortável
num recipiente mais baixo (i.e., mais humilde).
Conta-se a história de um chassid que foi consultar
Rabi Shneur Zalman de Liadi sobre problemas que tinha
com a educação dos seus filhos.
Ao chegar à porta da casa de Rabi Shneur Zalman, ele
viu pela janela que o seu Rebe estava a brincar com o neto.
Rabi Shneur Zalman rastejava no chão com o neto às
costas, como se o menino estivesse a cavalgar um pónei.
O chassid foi embora e voltou um pouco mais tarde para
falar com Rabi Shneur Zalman. Depois que o chassid
descreveu o seu problema, Rabi Shneur Zalman
disse: "É uma pena você não ter vindo um pouco
antes, quando eu estava a brincar com meu neto. Você
teria visto como é necessário abaixar-se ao nível de
outra pessoa para conseguir comunicar com sucesso…"
A água também representa transparência e pureza.
Quando alguém deseja produzir maçãs, por exemplo,
precisa de irrigar uma semente de maçã com água;
não é possível produzir maçãs irrigando sementes de
laranja com suco de maçã. A água pura faz surgir o
potencial específico de cada semente. Para fazer aflorar
o potencial particular de cada filho, ele deve receber
água pura, as verdades inalteráveis da Torá.
Então crescerá e desenvolverá a sua maneira particular
e dará a sua contribuição especial ao povo judeu.
Sol
Uma árvore precisa da luz e do calor irradiados pelo sol.
Luz
Não devemos simplesmente dizer aos nossos filhos o
que fazer; devemos mostrar-lhes a beleza e a riqueza
daquilo que é certo. Encontramos a expressão (Talmud,
Yevamot 114a, citada em Rashi sobre Vayicrá
21:1) "lehazhir gedolim al haktanim", que significa que
a Torá adverte os adultos de que eles são responsáveis
pelo comportamento dos seus filhos. O Rebe enfatiza
que a expressão lehazhir - literalmente, "advertir" ou
"instruir" - também pode ser traduzida como "fazer
brilhar". Os pais não devem apenas instruir os seus filhos
sobre o que fazer; devem iluminar o mundo dos filhos.
Devem transmitir um Judaísmo brilhante.
Nas palavras do Livro dos Provérbios (Mishlê) "Torah
or", "a Torá é luz". O ensinamento da Torá ilumina,
mostra o que é certo e errado, não o impõe, apenas.
Calor
Devemos prover nossos filhos com amor incondicional.
O nosso amor por eles deve ser tão previsível como
o nascer do sol. Eles jamais devem sentir que o
nosso amor por eles é condicional. Eles devem saber
que mesmo quando ficamos irados, ainda os amamos.
Este amor incondicional instila neles a auto-estima e a
segurança, que lhes permitem enfrentar os desafios
da vida com confiança.
Ar
Sugere duas coisas: espaço e atmosfera.
Espaço
Assim como uma árvore precisa de espaço para crescer,
também uma criança precisa da própria identidade
e do "espaço" dentro do qual a desenvolve. Precisa
passar tempo, algum tempo pessoal, com os pais. Talvez
possua talentos ou passatempos só seus que precisam
de ser desenvolvidos. A privacidade da criança
deve ser respeitada e protegida. Isso inclui não divulgar
algo que foi contado em confiança por ela. O Rebe
de Lubavitch abria pessoalmente cada carta que recebia
para proteger a privacidade do remetente. Ele não
permitia que ninguém entrasse no "espaço" daquela
pessoa sem permissão.
Atmosfera
É muito importante ter consciência do ambiente que
cerca o seu filho e da "qualidade do ar" que ele respira,
tanto no lar como fora dali. O que vê o nosso filho
em casa? Ele presencia respeito mútuo e amor entre os
pais? Ele vê-os felizes e seguros consigo mesmos e
com aquilo que fazem? O que vê os pais a fazer? O que
os ouve dizer? Quem são os seus amigos? Sobre o que
conversam em casa? Quais são as suas atitudes?
A atmosfera é determinada não tanto pelo que é dito,
mas pelo que é feito.
Lembro-me de ter conversado com um casal que explicou
que não podiam ir à sinagoga nas noites de sexta-
feira porque "temos um jogo semanal de bridge
com amigos". Pouco depois queixaram-se que o filho
não lhes obedecia. "Dissemo-lhe muitas vezes que este
comportamento seria inaceitável para nós. Como
vira ele simplesmente as costas à educação que lhe
demos?" perguntaram eles.
"Ele não os ignora", respondi. "Vocês foram muito
bem-sucedidos na educação dele. Vocês ensinaramno
que a pessoa faz o que deseja, e não necessariamente
o que deve… O facto de aquilo que ele quer diferir
do que vocês querem é apenas um detalhe. A
principal lição foi aprendida por ele."
Aquilo que seu filho "respira" na atmosfera onde cresce
é mais importante do que aquilo que escuta.
O mais importante de tudo é lembrar que ser pai/jardineiro
é um trabalho a tempo inteiro. Devemos ser consistentes
e persistir nos cuidados com o nosso jardim, vigiar
constantemente os problemas que possam aparecer e
"exterminá-los no início", antes que saiam do controle.
Lembre-se
As árvores nunca reclamam. Da mesma forma, as
crianças muitas vezes não expressam adequadamente
aquilo que precisam e quando precisam. Com frequência,
sofrem em silêncio. É nosso dever cuidar da preciosa
semente que foi entregue aos nossos cuidados.
Eliezer Shemtov
CURSOS 2006/2007
Bar e Bat Mitzvá
Curso preparatório para Bar- Mitzvá
Pedagógico e cerimónia
2ª Feira das 17h30 às 18h20
Local: Sede da CIL - Rua Monte Olivete
Curso preparatório para Bat- Mitzvá
Pedagógico e cerimónia
3ª Feira das 17h30 às 18h20
Local: Sede da CIL - Rua Monte Olivete
Hebraico
Língua Hebraica - Ivrit 1
Crianças Iniciantes - 6 a 9 anos
4ª Feira das 17h30 às 18h20
Local: Sede da CIL - Rua Monte Olivete
Língua Hebraica - Ivrit 2
Crianças Iniciantes - 10 a 14 anos
5ª Feira das 17h30 às 18h20
Local: Sede da CIL - Rua Monte Olivete
Língua Hebraica - Ivrit 3 - Adultos Iniciantes
3ª Feira das 19h30 às 20h30
Local: Biblioteca Dr. Elias Baruel - Sinagoga
Língua Hebraica - Ivrit 4 - Adultos adiantados
5ª Feira das 19h30 às 20h30
Local: Biblioteca Dr. Elias Baruel - Sinagoga
Língua Hebraica - Ivrit 5 - Curso Livre - Iniciantes
2ª Feira das 19h30 às 20h20
(para não membros da CIL)
Local: Biblioteca Dr. Elias Baruel - Sinagoga
Judaísmo e Religião
Conceitos Básicos do Judaísmo Módulos I e II
4ª Feira das 19h30 às 20h30
(somente para membros da CIL)
Local: Biblioteca Dr. Elias Baruel - Sinagoga
Curso Livre de Conceitos Básicos
do Judaísmo Módulos
2ª Feira das 20h30 às 21h30
(para não membros da CIL)
Local: Biblioteca Dr. Elias Baruel - Sinagoga
D E P A R T A M E N T O D E E N S I N O J U D A I C O
Seu filho, sua Árvore
O nosso mais sincero
agradecimento a:
Joseph Lustigman
Vitor Serruya
Ralph G. Bernfeld
Irene Shomberg
Michael Binder
Jewish Linha Club
que já contribuíram para o
Fundo de Restauro
dos Objectos Religiosos
da Sinagoga Shaaré Tikvá !
Colabore com a
CAMPANHA DE RESTAURO DOS OBJECTOS RELIGIOSOS
da nossa Sinagoga Shaare Tikvá
Favor enviar a sua generosa contribuição para:
Comunidade Israelita de Lisboa
Rua do Monte Olivete, 16R/C - 1200-280 - Lisboa - Portugal
Se preferir, pode enviar a sua contribuição
através de transferência bancária para:
BANCO BES - NIB: 0007 0006 0000 5570009 02
Em ambos os casos, favor especificar: Fundo Sinagoga
Para mais informações contacte:Secretaria: administrativo@cilisboa.org - Telf + 351 21 393 1130/ Fax: 21 3931139
Purim 5767 na CIL Horários dos serviços religiosos
Taanit Esther (Jejum) - Dia 1/3 - 5ª Feira - Das 5h51 às 18h55 - Serviço de Shacharit - 8h00
Erev Purim - Dia 3/3 - Sábado - Serviço de Arbit 19h20 - Leitura da Meguilá - 19h40
Purim - Dia 4/3 - Domingo - Serviço de Shacharit com leitura da Meguilá - 9h00
Portugal
e os Judeus
Volumes I, II, III
Jorge Martins
Editora Vega
Agora já pode comprar os três volumes que
compõem o conjunto da obra que abranje a
história dos judeus em Portugal dos primórdios
da nacionalidade até aos dias de hoje.
A Bíblia Hebraica e a divisão
entre Judeus e Cristãos
George Steiner
Relógio d'Água
Janus 2007
Anuário de Relações Exteriores
Público & Universidade Autónoma de Lisboa
Contém três artigos de Esther
Mucznik:
- Sionismo político, sionismo religioso
no Estado de Israel
- Os judeus entre a exclusão e a
integração
- O lobby judaico-americano: mito
e realidade
Éclats de Torá
Alain Hayat
Textes et Prétextes
"Le propos des pages qui suivent
est d'apporter une certaine vision
personnelle à partir de quelques
passages de la Torá."
R E L I G I Ã O
22 Tikvá 62 • Janeiro/Fevereiro
A CIL NA TV
RTP 2
4 de Fevereiro - Domingo - 9h00
Programa Caminhos
António José da Silva,
"O Judeu"
1 de Março - 5º Feira - 18h30
Programa Fé dos Homens
Purim, comemoração
da sobrevivência
2 de Abril - 2ª Feira - 18h30
Programa Fé dos Homens
Yom Hashoah,
memória e transmissão
Eventual mudança no horário da emissão
é de total responsabilidade da emissora.
Quer estudar Talmud ou saber mais
sobre esta obra fundamental da nossa Torá?
Venha saber mais sobre ciclo mundial DAF YOMI
De 2ª a 5ª feira - às 08h30 na nossa Sinagoga.
Grupo de Estudos sobre a Parashá da semana
Todas as 6ªs feiras às 18h00 na Sinagoga. Aberto a todos.
Coordenação: Alain Hayat
Tikvá 62 • Janeiro/Fevereiro 23
Participe nos Serviços Religiosos da nossa Comunidade
6ªs feiras às 19h00 Sábados às 9h00
Venha e traga toda a sua família !
Livros Judaicos em
Portugal !
É com imensa alegria que comunicamos
a chegada da EURONIGMA a
Portugal, empresa que irá representar
e vender livros e vários outros
produtos judaicos da conhecida
Editora Sefer de São Paulo - Brasil.
Entre em contacto para saber mais
e aguarde mais novidades! Descontos
e promoções muito especiais
para os membros da CIL
A S N O S S A S S U G E S T Õ E S
Revisão dos Sifrei Thorá
No final do mês de Janeiro estiveram presentes
em Lisboa dois rabinos especialistas
na revisão de Sifrei (Livros) Torá da
OT Organization de Israel que efectuaram
uma fundamental e minuciosa análise de
21 sefarim da nossa Sinagoga Shaaré
Tikvá. Cada um destes sefarim terá o seu
diagnóstico específico para que se possa
constatar quais deles estão aptos para utilização de acordo com as
exigências haláchicas, se necessitam de reparação ou se já não podem
mais ser utilizados ou recuperados.
3ª Edição do Bazar
Mais visitas, mais artigos, o maior sucesso!
Este ano, o já tradicional Bazar do Maccabi aconteceu no dia 26 de Novembro
e esteve ainda melhor. O número de participantes - tanto a vender como
a comprar - aumentou. Em meio à venda de roupas, perfumes, produtos de
beleza, etc, muita conversa, animação e descontracção, fazendo com que o
clube ganhasse o verdadeiro ambiente de um shuk. Ano que vem há mais!
"A Fórmula de Deus"
Recentemente, José Rodrigues dos Santos lançou o livro "A fórmula de Deus" e
no dia 3 de Dezembro esteve no Maccabi para abordar o assunto central do livro.
O autor iniciou a palestra explicando que o "velhinho de barbas" ainda não foi visto,
mas cientistas já conseguiram provar através da física a existência de um poder
superior,
em outras
palavras,
Deus.
A tarde terminou
com
uma sessão
de autógrafos.
Delicioso Oneg Shabat com Fondue
Foi com grande animação que
ocorreu no dia 19 de Janeiro o primeiro
Oneg Shabat do ano. Um
delicioso Fondue de Queijo ao que
se seguiu ao de Chocolate para
delícia das cerca de 40 pessoas
presentes, dentre as quais a
presença da Sra. Adrianne
O'Neill - ilustre representante da
Embaixada dos Estados Unidos.
As fotos falam por si.
Becky Griffin no Maccabi
No passado dia 26 de Janeiro
foi realizado um Cabalat
Shabat especial
quando tivemos a satisfação
de receber a bela e
famosa actriz e apresentadora
israelita Rebecca
Griffin , que simpaticamente
contou aos presentes
um pouco da sua
história de vida, da sua
carreira e das artes cénicas e a música actual
na nossa querida Medinat Israel.
Actividades Sociais e Culturais
Movimento Juvenil Dor Chadash de Lisboa - Ano V
A cada semana um novo participante! Mais de 80 jovens já participam. Agora só falta você !
Actividades todos os domingos, das 15h00 às 18h00 no Maccabi Country Club
Jovens e crianças a partir dos 3 anos | Participação: 5 € por semana
Descontos especiais na compra de senhas antecipadas
Coral Etz Chaim - Ano IV Coral Musical representativo da CIL
Para adultos entre os 20 e os 60 anos
Encontros semanais - às 3 ª e 5ª feiras, das 19h00 às 20h30 - Monte Olivete
UPEJ - União Portuguesa de Estudantes Judeus
Super actividades mensais para jovens entre os 18 e 30 anos
DANÇA ISRAELITA NO MACCABI
Sempre com novas danças e coreografias do folclore israelita!
TODOS OS DOMINGOS NO MACCABI
DAS 12H30 ÀS 13H30 - HARKADÁ
CURSO LIVRE DE DANÇA FOLCLÓRICA ISRAELITA PARA TODAS AS IDADES A PARTIR DOS 7 ANOS
DAS 18H30 ÁS 19H30 - LEHAKAT HAMACCABI | GRUPO DE DANÇAS - COREOGRAFIAS
PARA JOVENS DOS 12 AOS 25 ANOS
DIRECÇÃO: LILIAN PRIST
ATENÇÃO ! NÃO SÓCIOS DO CLUBE PAGAM UMA TAXA ESPECIAL DE PARTICIPAÇÃO !
Mais informações e inscrições através da nossa secretaria.
Participe nas actividades e eventos da nossa Comunidade, pois a nossa Comunidade é você.
A S N O S S A S A C T I V I D A D E S
24 Tikvá 62 • Janeiro/Fevereiro
Grupo Guil Hazaav - Ano IV (Idade de Ouro)
Não perca mais tempo ! Venha participar connosco !
Actividades Especiais Permanentes (música, ginástica, palestras, passeios ...)
Para adultos a partir dos 60 anos | Encontros semanais às 4ªs feiras, das 15h30 às 17h00
Sede no Monte Olivete | Participação: 5,00 €
MACCABI COUNTRY CLUB
3ª a 6ª Feira - Das 9h00 às 17h00
Tel: 21 9111188 - Tratar com Rosina | maccabi@netcabo.pt
Tratar com Rosina
Agenda
16 de Fevereiro
Valentine Shabat
Em Fevereiro, o amor está
no ar e vai estar também
no Maccabi. Venha
comemorar o Valentine´s
day com chalá e vinho,
num Shabat especial.
Faça já a sua reserva!
25 de Março
Super Palestra
com Jairo Fridlin
O dono da Editora Sefer
de São Paulo, uma das
únicas livrarias e editoras
judaicas do Brasil
-vai estar connosco para
realizar uma actividade interessante
sobre a Hagadá
de Pessach e também falar
do inédito projecto da
1ª tradução em português
do Tanach (bíblia judaica)!
A não perder!
30 de Março
Shabat Hagadol
Como "manda a tradição"
um Cabalat Shabat
Especial que antecede
a Festa de Pessach.
Para além do também
tradicional momento
de congregação, será lida
uma parte da Hagadá
de Pessach.
Informações: 21 911 11 88
O Maccabi
é a sua casa!
Tikvá 62 • Janeiro/Fevereiro 25
H O M E N A G E N S A G E N D A
Participe nestas homenagens. Actualize os seus registos junto da nossa secretaria através do tel. 21 393 1130
de 2ª a 5ª feira - das 14h00 às 17h00 | administrativo@cilisboa.org
26 Tikvá 62 • Janeiro/Fevereiro
27 JANEIRO Regina Rosenthal 8
Jaime Bensimon 8
Meir Abraam Bensusan 8
Dário Taranto 10
Esther Sequerra Levy 11
Isaac Sequerra 11
Colombo T.Stern 11
Jacob Obadia 12
Moisés Assayag 12
Simy Esaguy 12
Lídia Buzaglo Vieira de Castro 12
Judith Levy 13
Ester Henriques de Sousa 13
03 FEVEREIRO Fortunato G. Seruya 14
Judith Benarus 14
Donna Benoliel Levy 15
Margarida Wirth 15
Martin Sain 16
Estrella Israel 16
Salomão Holly 17
Toni Cassuto 17
Augusto Toledano Esaguy 17
Samuel Piatok 17
Moloczkowicski 17
Sara Teller 18
Herbert August 18
Ha-Rav Yitzchac Mayer Unterman 19
(Ben Ha-Rav Israel Unterman)
Hans Anatol krakawer 19
Solica Sónia Luis 19
Beatriz Asaria Levy 20
Fortunato Levy 21
10 FEVEREIRO René Leon Aberlé 22
Oscar Haas 22
Shoshana Broder 23
Esther S.Marques 25
Rubin Burstin 25
Jaime Buzaglo 26
Joshua Benoliel 27
Rachel Rosa Abdelá 27
ADAR
17 FEVEREIRO Raquel Marques Cohen Dos Santos 1
Jacob Levy Azancot 1
Salomão M.Seruya 3
Fortunata Roffe 4
Desidério Davidofe 4
Caroline e Salomão Benoliel 4
Thea Sequerra 4
Herman Levin 5
VEADAR
24 FEVEREIRO Esther Vera Seruya 7
Alegria Baruel 7
Chana Malka Rosenfeld 7 VEADAR
Jacques Romano 7 VEADAR
Leopold Abolnik 8 VEADAR
Abraham M. Esaguy 8
Aron Assor 8
Alexandre Albagli 9
Salomão Azavey Azancot 10
David Tuati 10
Sara Benodis 10
Rosy Cassuto 10
Peter Joseph Frankel 11 VEADAR
03 MARÇO Mazaltob Laredo Sequerra 13
Abraham Laredo 13
Semtob Sequerra 13
Josef Assor 13
Olga Draiblate 13 VEADAR
Leonor Esayag 14
Ruben Bendrao Ayash 14
Alegra Cohen 14
Abraham Setou 14
Salomão Benoliel 16
Carolina Benoliel 16
Tony Cassuto 17
Marcos Augusto Esaguy 17
Esther Moskovitz 17
Salomão Querub 17 VEADAR
Moisés Benazra 18
Maks Azriel 18
Erich Neumann Efraim Bar Isaac 18 VEADAR
Isaac Joshua Levy 19
10 MARÇO Esther Marques 20
Haim Lev Ben Michael 22
Abraham Levy 22
Isaac Hayat 23
António Azancot 23
Paul Beldock 23
Krysla Broder 23 VEADAR
David Querub 25
Alexander Krausz 25 VEADAR
Lydia Segre Basola 26
Sophia Busaglo de Paiva Raposo 26
17 MARÇO Jacob Assor 27
Marcos Levy Ayash 28
Rafael Marques 28
Simy Wartenberg 28
Luna Esaguy 28 VEADAR
NISSAN
Ursel August 1
Luna Cardona Sta Ana Leite 2
Hannah Sequerra 3
Jaime Issan Bendrao 3
Salomão Benoliel 4
Szayndla Burtin 4
24 MARÇO Samuel Liebermann 5
Leonardo Araújo 5
Jacob Wainsteim 5
Jaime Sabat Azancot 6
Isaac Assor 6
Leon Sorin 7
Golda Katzan 8
Haim Levy 8
Pacifico Esaguy 8
Asha Marques 9
Deborah Mª de Lurdes Ayash 9
Mercedes Benodis 9
Isaac Holly 10
Elias Azancot 11
Salomé Blumberg 11
31 MARÇO Rev. Abraham Castel 12
David Kolinski 13
Isaac José Benoliel 13
Judah Leão Pimenta 14
Samuel Tiano 14
Esther S.Sequerra 14
Josef Friman 16
Alfred Feist 16
Mazaltob Assor 16
Rebeca Benoliel 16
Henry Karro 18
Mazal Tov !!
Os nossos parabéns e os votos
de muitas felicidades a todos !
ANIVERSÁRIOS
FEVEREIRO
Dov Goldrajch 04
Rivka Grozovinski 06
David Bernfeld 07
Marcia Horn Albuquerque 08
Ester Benezra Alcântara 09
Igor Catran 09
Lian Lederer 09
Isak Jafe Azriel 14
Yvete Davidofe 16
Danielle Rozemberg 17
Avinoam Rosenberg 18
David Botelho 18
Mery Ruah 19
Zina Lieberman 20
Dany Prist 21
Jona Joanes 24
Marcos Prist 24
Maria Antonieta Santos 25
Ana Bekerman 26
Miriam Glasberg 28
Jaime Samuel Joanes 28
MARÇO
Ester Ruah 1
Zeev Grozovinski 2
Sheley Anne Porton 2
Clara Ruah 2
Eva Israel 4
Isaac Bitton 4
Manuel Joaquim de Jesus 4
Isaac Chazan 4
Sonia Bernfeld 4
Michael Steinhardt 4
Rosy Rosenthal 12
Vivian Bernfeld 13
Elie Alain Hayat 14
Pedro Banon de Jesus 14
Tommy Lederer 16
Daniela Schliesser 17
Sara Mucznik 18
Lívia Catran 19
Rafael Arié 19
Erich Brodheim 21
Lucia Catran 22
Dylan Lederer 23
Lici Botbol 23
Daniel Bento Schwartz 25
Isaac Sabah Luís 25
Ana Morgado Anahory 28
Miriam Brodheim 31
ABRIL
Liat Schliesser 01
John Kahn 04
Estrella Assayag 08
Maya Koshét 12
Noy Koshét 12
Lucia Amram 16
Diana Kolinski 17
Ruth Kahana Geyer 17
Moritz Abolnik 24
Ruth Arons 26
Joana Sequerra Amram 27
As nossas boas vindas ao novo membro da CIL
Bernardo (Binyamin) Abecasis
O nosso kol hakavod e toda rabá ao querido Inácio Steinhardt
pelos seus 11 anos de dedicação como Presidente da Liga de
Amizade Israel-Portugal e os votos de pleno êxito e muito sucesso
ao Abraham Peer-Plocker o seu novo presidente .
Be atslachá rabá !
N A H A L O T
TIKVÁ
Envie os seus textos e sugestões para TIKVÁ até ao dia 30 de cada mês.
Rua do Monte Olivete, 16 r/c. esq. 1200-280 Lisboa | e-mail:tikvá@cilisboa.org
A quem se dirigir
Horário de funcionamento da Secretaria
Segunda a Quinta-feira, das 9h00 às 17h30
Sexta-feira e vésperas de festas judaicas, das 9h00 às 13h00
Horário de almoço
das 13h00 às 14h00
Atendimento ao público
Segunda a Quinta-feira, das 13h00 às 17h30
Os espaços para reuniões devem ser agendados
com aviso prévio, mínimo de 48 horas
Secretária
Estrella Assayag
administrativo@cilisboa.org
Tesouraria
Maria João Geraldes
tesouraria@cilisboa.org
Telf. 213 931 134
Atendimento de Segunda a Quinta-feira, das 10h00 às 13h00
Telf. 213 931 130 | Fax 213 931 139
Director Executivo
Marcos Prist
director@cilisboa.org
Departamento de Ensino Judaico
Moré Laercio Hillel Pintchovski
more@cilisboa.org
Movimento Juvenil Dor Chadash
dorchadash@cilisboa.org
Visite o nosso site: www.cilisboa.org
Direcção
Presidente Jose Oulman Carp
Vice-Presidente Esther Mucznik
Vice-Presidente Ronald Brodheim
Tesoureiro José Salomão Ruah
Secretário Eva Ettner
Vogal efectivo Clara K. Cassuto
Vogal efectivo Charles Arie
Vogal efectivo Sonia Bernfeld
Vogal efectivo Arnaldo Grossman
Vogal Suplente Salomão Kolinski
Vogal Suplente Vera G. Ferreira
Mesa da Assembleia Geral
Presidente Moisés Bendrao Ayash
Vice-Presidente Mordechai Atsmon
1º Secretário Nuno Wahnon Martins
2º Secretário Diana Ettner
Conselho Fiscal
Presidente Samuel Tuati
Vogal Efectivo David Bentes Ruah
Vogal Suplente Guilherme Grossman
Presidente Honorário Dr. Samuel Ruah